o espião
Já tinha-se passado muito tempo. Na verdade, o tempo, mesmo passando rápido ou devagar, era difícil de medir naquele espaço apertado, sufocante. Isabela encarava a porta à sua frente como se ela fosse o único vínculo entre ela e a realidade. A luz que emanava pelas frestas parecia zombar de sua situação, trazendo ecos distantes de vozes acaloradas do lado de fora. O tom subia e descia em discussões que pareciam intermináveis. E, entre tudo isso, havia a figura hesitante do homem que entrava para levar água ou guiá-la até o banheiro.

Ele tremia. Sempre. Não era algo que Isabela precisava de muito esforço para perceber. Os movimentos rápidos e as mãos inquietas dele revelavam mais do que ele provavelmente gostaria. Dominique era o tipo de homem que não queria estar ali. Não queria fazer parte de nada daquilo. Mas ainda assim, lá estava ele, com uma tensão quase palpável no ar ao redor dele, como se a qualquer momento pudesse desabar.

Do lado de fora, as vozes continuavam. Natália falav
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