Medo

Era um plano arriscado, e elas sabiam disso. Isabela caminhava de um lado para o outro no quarto, o celular preso firmemente na mão. A cada passo, ela batia o aparelho contra a outra palma, como se o ritmo pudesse ajudá-la a encontrar coragem. Seus olhos fitavam a tela sem foco, enquanto as palavras da mensagem que deveria enviar se repetiam em sua mente como um mantra.

Na sala, Samanta já estava em plena ação, cercada por uma pilha de anotações e o brilho azulado de telas. Ela trabalhava rapidamente, ligando para os números que havia hackeado do telefone de Humilha — um apelido que William definitivamente tinha feito por merecer. No fundo, sabia que estava pisando em território ético duvidoso, mas o peso da culpa era abafado por uma sensação perigosa de adrenalina e propósito. O que William havia feito com Isabela — e com tantas outras mulheres — era cruel, injustificável. Isso não era vingança, dizia a si mesma. Era apenas um jogo. Ninguém sairia realmente machucado.

Samanta mordia
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