POV EvangelineSer deixada para trás já é ruim o bastante, mas Rafael o fez apenas para corres atrás daquela loba imprestável. Voltei para nossa casa depois dele ter praticamente me enxotado. Arranquei minhas roupas, vendo as marcas e hematomas que ele havia deixado pelo meu corpo durante o sexo da noite anterior. Rafael apenas sentia prazer, causando dor e eu tolerava tudo para manter minha posição, mas logo nem suportar seus fetiches bizarros seria o suficiente. Eu não conseguia engravidar, não importasse quantas vezes por dia dormíamos juntos, nada acontecia.Já havia me rebaixado indo a clínicas e médicos, certa de que o problema fosse comigo, mas todos os meus exames constataram que eu era saudável. Resolvi fazer um último exame, e também agendei uma coleta de óvulos. Em último caso, eu tinha um plano B preparado.Alguém bateu na porta e de imediato me cobri com o roupão. No segundo em que terminei de amarrá-lo, minha mãe entrou no quarto, batendo seus saltos contra o piso enquan
POV AbigailTodos permaneceram em silêncio. Dominic olhava para mim confuso enquanto Esmeralda puxava um papel de dentro de sua pequena bolsa de mão, o entregando para Dominic. O alfa olhou para a luna viúva sério, toda aquela animação com a qual ele havia nos recebido desapareceu em um instante.― O isso significa, Luna viúva? ― Dominic questionou, sacudindo o papel no ar. Seu tom sério era cortante, me fazendo baixar a cabeça diante de sua autoridade.― É exatamente o que parece, um pedido formal para ajudar Abigail. ― Dominic riu, olhando novamente para o papel.― Pedido de ajuda? Isso me parece outra coisa.― Alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? ― Gritei, frustrada e cansada de ser usada como uma bola de Ping-pong. Rapidamente, Esmeralda segurou meu pulso, me levando para longe de Dominic. O alfa tentou nos seguir, mas Rubens se colocou em seu caminho, o irritando. Paramos quando não era mais possível ouvirmos a discussão entre os lobos. Esmeralda me olhou de mane
POV AbigailNão queria voltar com Esmeralda e o convite do alfa Bloodmoon surgiu como um presente dos céus. Segurei em seu braço, sorrindo docemente para ele e o puxando para longe da Luna viúva. Sem qualquer despedida ou consideração, nos afastamos de Esmeralda, indo para o carro elegante que pertencia ao alfa. Dando um último olhar para a loba, vi sua máscara desaparecendo lentamente, a raiva a consumindo por completo enquanto suas mãos em punhos tremiam.Já dentro do carro, senti como se pudesse respirar novamente, relaxando conforme nos afastamos cada vez mais. Os olhos do alfa me analisavam, seu sorriso sempre presente.― Sabe, desde o interrogatório, estou muito curioso sobre você, senhorita. ― Ele disse, apoiando a cabeça na mão enquanto olhava diretamente para mim. ― Uma loba com o seu passado deveria ser mais frágil e sensível, mas você não é nada disso.― Um dia, um lobo estúpido me disse que eu não deveria ser uma vítima e focar minha raiva e força. ― Sorri ao lembrar daque
POV FelixSempre que viajava para Idaho, voltava com uma sensação de peso em minhas costas, mas naquele dia estava muito pior. O fato de ser obrigado a deixar Abigail para trás, a pedido dela mesma, estava me corroendo por dentro. Estava irritado além do normal e sem nenhuma paciência para lidar com os problemas que apareciam. Desde coisas triviais, como os filhotes de Georgina correndo descontrolados pela alcateia, até errantes tentando entrar no território para roubar suprimentos. Henrique não ajudava também. Desde que viu naquela lobinha sua predestinada, vivia com a distraído ou suspirando pelos cantos.― Se vai ficar assim, é melhor voltar lá e aceitá-la como companheira. ― Rosnei furioso.― Sabe que não é assim. ― Ele respondeu, lançando mais um documento sobre a minha mesa.― Então pare com essa merda. ― Rugi, batendo os papéis em seu peito e indo até a janela. ― E quanto aquele lobo da Umbra, já veio com os relatórios?― Ainda não, está dois dias atrasado. ― Sorri vendo naqui
POV AbigailSaímos do restaurante, minha cabeça tomada de dúvidas e receios sobre o que poderia me esperar daquele momento em diante, afinal Esmeralda vinha se mostrando cada vez mais imprevisível. Havia dado muita sorte desde que coloquei meus pés em Idaho. A loba que me serve poderia ter sido outra ao invés de Lena, alguém fiel a Luna viúva. Assim como a personalidade de Dominic ser tão tranquila e ele não ser manipulável, como Esmeralda deve ter acreditado que fosse, já que dificilmente ele se comunicava entre os demais membros da alcateia.Tudo era um grande mistério aquele momento, o que me fazia acreditar que precisaria agir com um pouco mais de prudência e paciência, mas rápido. Não havia como saber qual seria o passo seguinte da Luna viúva. ― Sabe… ― Dominic disse, chamando minha atenção; ― Olhando bem, você não é parecida apenas fisicamente com Lucian. ― Não sabia como levar aquele comentário. Apenas olhei séria para o alfa, que continuava sorrindo.― Não sei como responder
POV AbigailNão fazia ideia de onde encontrar as provas que precisava. Enquanto eu ficava parada, Esmeralda planejava algo novo para tentar me afastar ou me manipular. Pensei um pouco mais. Buscando inspiração nas palavras de Dominic, tentei imaginar onde eu colocaria documentos importantes de fosse Lucian. De repente, eu compreendi o óbvio. Me levantei do sofá com um pulo, corri para o andar de cima e peguei o livro, descendo novamente. Lena observava meus movimentos, enquanto eu procurava uma lupa ou qualquer outra coisa que pudesse usar para identificar uma pequena numeração em baixo-relevo na capa. Achei que poderia ser um número de série ou da edição do livro, mas se o fosse estaria na folha destinada para quela informação, e não escondida. Por fim, encontrei em uma gaveta do aparador do corredor e voltei para a sala.― O que está fazendo, senhorita? ― Lena se aproximou, olhando sobre meu ombro para os números que eu também via.― O alfa Bloodmoon disse que sou muito mais pareci
POV Abigail.A chuva não estava dando trégua naquele dia, meu pelo estava encharcado e os resíduos que eu deveria descartar pareciam ainda mais pesados enquanto eu os arrastava pela terra lamacenta. Escorreguei várias vezes, caindo de lado no chão gelado da floresta de Nemadji, ao sul de Duluth. Nunca tive permissão de ir até a cidade, como outros jovens lobos da minha idade, o alfa jamais permitiria se eu pedisse. Como uma simples ômega, não recebi nenhum tipo de instrução, não sabia assumir minha forma humana e todos me viam apenas como um peso para a alcateia Umbra. Tudo o que eu conhecia vinha de ouvir as conversas enquanto eu passava despercebida e o que eu observava do topo das colinas.Parei por um momento, tomando algumas respirações e permitindo um momento de descanso para os meus músculos doloridos. Estava fraca pela falta de alimentos. Fazia dias que eu não conseguia me alimentar, pois a alcateia vinha passando por uma séria escassez de alimentos enquanto nosso alfa estava
POV Abigail.A alcateia Umbra há dias andava bem agitada. Marcus fazia rondas constantes enquanto Benjamin era visto com alguns anciões. Jason estava sempre ao lado de Rafael e todos os lobos pareciam preocupados. Como eu vivia mais afastada, não tinha ideia do que estava acontecendo, mas ao que parecia, era algo muito sério.Consegui encontrar um pequeno coelho e estava me alimentando quando o alarme soou. Um som que fez meu corpo inteiro tremer. A última vez que a alcateia foi convocada, foi para a execução da minha mãe diante de todos. Com relutância, me limpei e voltei para a alcateia. Todos estavam em suas formas lupinas para ouvir as palavras do alfa. Pensando bem, já tinha um bom tempo que ninguém via o alfa, desde que ele tinha partido em campanha para alfa supremo.Os cochichos estavam espalhados entre os vários grupos que aguardavam ansiosos pelas notícias. No toco do grande carvalho, bem no centro da alcateia, Rafael e Jason surgiram, ambos tinham um ar de autoridade enquan