Capítulo Dezesseis
A noite estava silenciosa. Apenas o som da caneta deslizando contra o papel preenchia o pequeno apartamento.

Era um hábito que eu nunca consegui abandonar.

Escrever para você, Gabriel.

Talvez fosse minha maneira de segurar algo que já não existia. Ou talvez fosse uma forma de me libertar, mesmo que, no fundo, eu nunca quisesse realmente deixar você ir.

Meus dedos apertaram a caneta com mais força. Fechei os olhos por um instante, sentindo o peito apertar.

Então, comecei.

***

Gabriel,

Hoje foi um daqueles dias difíceis. Um daqueles dias em que tudo parece apertar dentro do peito e que até respirar se torna um esforço.

Seu pai apareceu. Ele me esperou na porta do meu prédio e despejou sobre mim todas as palavras que eu mais temia ouvir.

Que eu segui em frente rápido demais. Que eu não fui à sua homenagem. Que… que foi minha culpa.

E eu sei que não deveria me importar. Eu sei que, no fundo, nada do que ele diz pode mudar o passado. Mas, Gabriel, doeu. Deus, como doeu.

Porque uma parte de
MW Killa

Muito obrigada por ler! Até a próxima!

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