CAPÍTULO 03
Alexander Caruso“Merda! Mil vezes merda! Eu só precisava ter esperado até amanhã, mas não... perdi a paciência e entreguei o jogo, hoje!“ — Meti chutes naquela porta para ir atrás dela, não me lembrava que havia deixado tudo tão fortificado aqui, levei alguns segundos a mais do que planejei para colocar a baixo, então vi meu primo Peter chegando assim que derrubei. — Não me diga que deixou ela escapar? — logo perguntou de olhos arregalados. — Como iria imaginar que essa maledetta era tão boa, nisso? Se no dia que a sequestrei ela parecia uma gatinha com medo? — respondi enquanto abri o cofre do quarto e peguei outra arma. — Claro, demos medicação para ela dormir, ninguém reage com aquilo! — ele disse enquanto saíamos andando por toda a casa atrás dela. Fiquei em silêncio, pois sei melhor que ninguém, de tudo o que havia acontecido naquele sequestro quando estávamos de casamento arranjado, onde os Russos foram apenas usados como laranjas, e usei aquilo para conseguir pontos e me casar com ela. — Que merda você fez? O combinado não era levar a farsa até amanhã? Você disse que queria um filho ou uma maneira de mantê-la mais vulnerável. Sem contar que um casamento consumado não pode ser desfeito. — Peter perguntou e abriu mais uma das portas em que procuramos. — Eu não aguentei! Não sou de ferro, não suporto olhar pra ela e lembrar que mesmo noiva de mim, me traía com outro! Vou tomar o que é meu de qualquer maneira! — chutei uma mesinha de centro para longe. O pior de tudo é que desejo ter a Laura pra mim, sentir o meu pau dentro dela e sufocá-la para que grite muito, ou que talvez nem consiga gritar, para ajudar a controlar esse demônio que existe dentro de mim por culpa dela. — Você precisa focar mais nas coisas, desse jeito não vai conseguir! Pelo que vejo, nem lembra o motivo de porque tudo começou, apenas que ela te traía com um cara que até hoje só descobriu o primeiro nome! — apontei a arma para o Peter, enquanto soquei seu corpo contra a parede. — Se voltar a repetir isso, estouro os seus miolos, maledetto! Ninguém pode saber disso, não até que eu decida que pode! — ele se contraiu. — Claro... — suavizei a expressão, o soltei e continuei a procurar, fui até a saída, mas vi que havia muitos homens lá. — A minha esposa passou por aqui? — Não senhor! Eu garanto que não... — Saiam todos! Vão procurá-la, ela deve estar aqui dentro! — abaixei a arma quando vi que todos se moveram para encontrar a Laura, então fiz o mesmo, ainda quero vê-la chorar antes de amanhecer. Laura Strondda (Momento da fuga) — Laura, já verifiquei a sua localização! Encontre uma maneira de subir no telhado, só precisa ser pela parte mais baixa, pois tem vários seguranças no portão! Você vai sair por cima, vai pular para o telhado vizinho e te ajudo descer aqui, é coisa simples, nem precisa de cinto de segurança! — falou o Luigi e não pensei duas vezes, confio nele o suficiente pra isso. — Estou indo, me dê dois minutos! — falei e desliguei. Rapidamente andei por alguns quartos, um deles havia uma abertura para o forro, subi com facilidade e depois tirei algumas telhas, como sou magra, isso foi bem fácil. Andei abaixada pelo telhado, e pulei no local mais indicado, com poucos saltos eu já estava do outro lado da quadra. Assim que avistei o carro preto parado, já sabia que era do meu amigo, então entrei. — Nem deram dois minutos... — brincou, olhando no relógio de pulso. — Eu não acredito que você viajou atrás de mim! — eu disse ao abraçá-lo. — Eu não pude comparecer no casamento, é claro que viria na lua de mel, sabe que não confio naquele cara com quem casou, mas pelo visto eu tinha razão, não é? — ele segurou a minha mão e em seguida começou a dirigir. — Poderia ter ido como o segurança... afinal, para a minha família o Luigi nem existe, só te chamam de El Chapo, por ser estrategista como ele! — Deixe pra lá! Me diga o que aconteceu. — Você tinha razão, ele enganou a todos... — comecei a contar o pouco do que eu sabia, e também sobre os meus pais na mira daquele louco, e Luigi ouviu tudo com atenção. Ele era o estrategista do meu pai e agora é do meu irmão. Lidera os soldados que atacam, não os que defendem e protegem a nossa família, pelo contrário, matam a escória, aqueles a quem o conselho decidiu que devem morrer. — Precisamos investigar mais, Laura! Faremos de forma fria, você precisa se manter firme e agir como se estivesse trabalhando em uma das missões secretas pra mim! Não vai mudar nada, só precisa ser fria, seus pais estão em perigo, mandarei homens vigiarem. — parou o carro. — Eu já estava acostumada com a ideia de parar de trabalhar, tanto nas missões como... bom, não quero falar disso, preciso da sua ajuda! — Luigi me olhou por um tempo, estava pensando. — Você precisa voltar! Volte por onde saiu para não ser anunciada, faça como nas nossas buscas, mantenha o seu marido ocupado, sem permitir que te machuque ou te toque, sei que consegue! — Mas, e depois? — engoli seco. — Estou Legalmente casada com esse idiota, jamais poderei me separar... — Calma... deixe que eu vou descobrir tudo, e só me ligue se estiver em perigo, porque se eu voltar a ver o seu rosto aqui na tela, eu entro com a nossa equipe e destruo tudo, mato o maledetto e entrego a cabeça a famiglia como traidor, o Don ficará a nosso favor! — assenti. — Não sei como vou distraí-lo tanto assim, pode levar dias ou até meses até que descubra algo... — Então me ajude! Seja fria, seduza-o, descubra o que ele quer, para depois vingarmo-nos! Quando eu te ligar é por que já temos as respostas! — ele disse e abriu o porta-luvas me entregando algemas. — Se precisar, use! — me deu um beijo na testa, ele é um ótimo amigo. — Obrigada! Luigi me levou de volta, fiz rapidamente o mesmo percurso, e senti o meu corpo mudar de temperatura quando dei de cara com o Alex pelado, cheio de espumas, em baixo do chuveiro. Ele demorou para me notar, fiquei parada olhando seu corpo e por um momento vacilei, precisei segurar melhor a arma e fechar a boca. Ele é grande, cheio de gominhos discretos, com braços levemente malhados, a cintura bem desenhada, e... Uau... o que é aquilo? Aliás, que tamanho é esse? — Laura? — me espertei quando ouvi o meu nome.CAPÍTULO 4 Alexander Caruso Horas se passaram e ninguém a encontrou. Deixei a equipe em alerta e fui tomar um banho, a minha mente estava uma bagunça, viajando para diversos momentos da minha vida, quando me enxaguei e estremeci ao ver a Laura pelo reflexo do espelho, estava dentro do banheiro, ainda com o meu sobretudo e com a minha arma, que outra vez, estava apontada pra mim. Parei tudo o que eu fazia e abri a porta do box a chamando. Ele capturou o meu olhar, porém não se manifestou. — Está atrasada! Onde esteve, querida esposa? — ela me olhou por inteiro e nisso fiquei excitado. — É uma merda você ter um corpo tão atraente... o que acha de uma trégua, hoje? — sem demonstrar medo, virei a cabeça para trás, deixando a água do chuveiro cair sobre o meu rosto, permitindo que a Laura olhasse melhor para o meu corpo. Ela nunca me viu sem roupa, quem sabe eu não consigo pegar ela hoje, então amanhã o meu desprezo será ainda maior, sei que não é imune aos meus
CAPÍTULO 05 Laura Strondda Me senti humilhada da forma como saí daquele quarto. Por mais que eu não o queira, e não iria ceder a nada que esse homem quisesse, me senti um nada, uma mulher qualquer na vida do homem que pensei que pelo menos gostasse um pouco de mim. “O que estou pensando?“ Não posso ficar pensando isso, sou uma mulher forte, não a coitada que ele pensa que casou sei lá pra quê, embora coisa boa, com certeza não seja. Caminhei com a mala toda torta, as roupas bagunçadas, tentando entender qual daqueles seria o meu quarto. Dei um passo de cada vez, meu orgulho jamais permitiria que eu chorasse ou lamentasse, até porque sempre fui treinada e trabalho para resolver assuntos, e jamais para lamentar... vou resolver isso. Entrei num quarto que vi a luz apagada, assim que entrei aquela mulher que vi quando cheguei, apareceu do nada, parecia um fantasma, credo! — Esse quarto a senhora não pode ficar! — a mulher disse e olhei para os lados e não
CAPÍTULO 6 Laura Strondda Atordoada, demorei para levantar da cama. Arrumei as minhas roupas no pequeno guarda-roupas vazio e vesti uma das roupas que comprei para a lua de mel. Tinha um espelho laranja na parede, muito pequeno..., mas dava para ver o corte que ele, fez ao me morder, e ardia um pouco. Fui procurar comida, havia uma mesa imensa, maior que a da casa dos meus pais, e havia comida. Estava bem arrumada, embora não precisaria perguntar, é claro que ele não comeria comigo. O meu dia foi um tédio. Fiquei procurando algo pela casa, perguntei aos empregados, mas ninguém me disse nada que pudesse responder o mínimo das minhas perguntas. Olhei no escritório, e por último voltei ao quarto da tal “Anita”, que estava tão bem perfumado que cheguei a fazer o sinal da cruz, certamente a coitada era uma defunta. “Que Deus a tenha!“ — Resmunguei e dei um pulo ao sair de lá e ouvir uma voz que parecia ter vindo do além. — Quem? A senhorita Anita? Do que está falando? — era a tal Ma
CAPÍTULO 07 Laura Strondda Alex estava sentado no piso enquanto a água caía sobre ele, parecia enjoado. Ele tocou nas minhas pernas, fiquei parada na sua frente e ele olhando pra mim, quando entrei no box. — Porquê está me provocando, assim? Nunca vi ninguém entrar no banho de lingerie, só pode estar tentando me deixar louco! — falou meio embolado. — Não meu amor... eu só vim cuidar de você! Não sou a sua esposa? Hum? Vi que não está bem e vim te ajudar! — ele correu do meu olhar, soltou as minhas pernas, apoiou as mãos no chão. Fiquei observando, esse maledetto vai me contar o que está tramando, preciso descobrir. — Então me lave! — falou ríspido, nem bêbado perde a oportunidade de ser grosseiro. Peguei a esponja, passei o sabonete e comecei pelos ombros. Apertei um pouco, não serei carinhosa com esse idiota, não mesmo... — Então... nunca gostou de mim, porquê me escolheu? — questionei apertando o seu ombro com a esponja, e o maledetto garga
CAPÍTULO 08 Laura Strondda Não posso matá-lo! Que merda, é covardia matar um marido bêbado, e também tem a questão da minha família... a minha cabeça vai explodir! Tentei me afastar dele, o maledetto estava mole, tentava me tocar como me tocava no noivado, não usava força, “espera aí... ele está sendo carinhoso?“ “Maledetto, ele ama a outra, a maledetta prima, que terei que matar!“ Ah, essa eu mato! Saí do seu abraço, ele me puxou de costas. Me deu muita raiva, sentir as suas mãos suaves sobre mim, mas saber que só está assim por que pensa que sou ela. Preciso ver a foto dessa mulher, saber quem é, e o que realmente aconteceu. Os lábios dele estavam suaves no meu pescoço, por mais que eu tentasse me afastar, a sua ternura me fazia ficar, e por dentro eu queria morrer por ficar ali e não ter metido um soco na cara dele. Nunca que ele me tocou assim, no noivado era algo sexual, agora vejo que é diferente e isso está me remoendo. — Vem... vou te levar até o seu quarto! — tentou me
CAPÍTULO 09 Alexander Caruso Não acredito que estou fazendo isso! De qualquer forma, o conselho não pode saber do que já existiu entre eu e a Anita, isso deixaria meus pais completamente decepcionados no túmulo, e ainda prezo pela nossa reputação. Peguei naquele pano com raiva, depois disso, Laura não poderia dizer nada, pelo menos eu enfim, teria uma mulher na minha cama, já estou cansado de me aliviar sozinho, pelo menos o meu esforço serviria para alguma coisa. Tive que tomar um cuidado absurdo, haviam cacos espalhados por todo o quarto. Procurei pelo frasco de perfume, estranhamente não encontrei. Fui juntando tudo o que eu vi e jogando num saco de lixo reforçado, depois a Magnólia lidaria com isso. Senti o cheiro de Anita vindo da Janela, e depois de se levantar do chão, fui até lá e vi dois homens lá fora. — Sua senhora atirou num frasco de vidro ainda no ar! Se eu fosse você, tomaria cuidado, Alexander! — Peter falou e só pelo meu olhar el
CAPÍTULO 10 Laura Strondda Eu não deixaria aquele maledetto babaca me fazer de boneca sexual, antes o mataria. Como ainda não posso, preciso controlar o safado. — MALEDETTA! VOCÊ PERFUROU UM CHUMBINHO NO MEU PÉ! — gritou e saiu pulando de um pé só, enquanto eu ainda brincava com a espingarda. Até que é um brinquedo divertido, virei de ponta cabeça, olhei como é bem novinha. — Fui boazinha, te dei uma chance! Na próxima, sabe lá Deus onde terei vontade de atirar? — mirei calmamente a espingarda no seu pau, e ver a cara dele de espanto e de ódio foi a melhor cena, gargalhei. De repente ouvimos batidas fortes, era aquela maledetta porta do quarto, que mal estava encostada. Fiz o favor de ir atender, já que o meu marido estava um pouco ocupado, tentando alcançar o pé, ainda ao redor da cama, parecendo um idiota. Quando abri, me irritei de ver Magnólia, é claro que levantei a espingarda nela. — Dios mio... o que a senhora fez com o patrão? — a encarei alisando o cano, estava meio em
CAPÍTULO 11 Laura Strondda Desfilei na frente da puttana, e fui para o outro lado da cama, não gosto de ficar longe da minha Taurus nesses momentos. Sentei ao lado do Alex que deu um pulo puxando o edredom para cobrir o pau completamente exposto anteriormente por mim, “que esperaria o momento certo de agir”, não sou do tipo impulsiva, darei alguns minutos a ela. A Anita começou a falar e me deu até sono, comecei a olhar as unhas enquanto ouvia aquela voz de mosca morta. — Eu só vim pra ver se você estava bem, porquê fiquei sabendo de barulhos de tiros aqui, ontem a noite. Nunca imaginei te encontrar em estado de... — o olhou por baixo, tive vontade de furar aqueles olhos com as unhas. — Anita, não é o que você está pensando! — virei o rosto completamente para o maledetto que falou aquilo. — E, o que ela estaria pensando? — perguntei ao puxar minha Taurus e me levantar. — Porquê eu não sei o que mais ela poderia pensar, já que você é um homem casado... — dei um tapa nele, fui o