CAPÍTULO 10 Laura Strondda Eu não deixaria aquele maledetto babaca me fazer de boneca sexual, antes o mataria. Como ainda não posso, preciso controlar o safado. — MALEDETTA! VOCÊ PERFUROU UM CHUMBINHO NO MEU PÉ! — gritou e saiu pulando de um pé só, enquanto eu ainda brincava com a espingarda. Até que é um brinquedo divertido, virei de ponta cabeça, olhei como é bem novinha. — Fui boazinha, te dei uma chance! Na próxima, sabe lá Deus onde terei vontade de atirar? — mirei calmamente a espingarda no seu pau, e ver a cara dele de espanto e de ódio foi a melhor cena, gargalhei. De repente ouvimos batidas fortes, era aquela maledetta porta do quarto, que mal estava encostada. Fiz o favor de ir atender, já que o meu marido estava um pouco ocupado, tentando alcançar o pé, ainda ao redor da cama, parecendo um idiota. Quando abri, me irritei de ver Magnólia, é claro que levantei a espingarda nela. — Dios mio... o que a senhora fez com o patrão? — a encarei alisando o cano, estava meio em
CAPÍTULO 11 Laura Strondda Desfilei na frente da puttana, e fui para o outro lado da cama, não gosto de ficar longe da minha Taurus nesses momentos. Sentei ao lado do Alex que deu um pulo puxando o edredom para cobrir o pau completamente exposto anteriormente por mim, “que esperaria o momento certo de agir”, não sou do tipo impulsiva, darei alguns minutos a ela. A Anita começou a falar e me deu até sono, comecei a olhar as unhas enquanto ouvia aquela voz de mosca morta. — Eu só vim pra ver se você estava bem, porquê fiquei sabendo de barulhos de tiros aqui, ontem a noite. Nunca imaginei te encontrar em estado de... — o olhou por baixo, tive vontade de furar aqueles olhos com as unhas. — Anita, não é o que você está pensando! — virei o rosto completamente para o maledetto que falou aquilo. — E, o que ela estaria pensando? — perguntei ao puxar minha Taurus e me levantar. — Porquê eu não sei o que mais ela poderia pensar, já que você é um homem casado... — dei um tapa nele, fui o
CAPÍTULO 12 Laura Strondda Respiro fundo antes de apertar a campainha. Sou a dona da casa, a partir de agora entrarei e sairei pelo portão. Quero ver quem vai me impedir. Fui andando pelo jardim e procurando o carro que Luigi falou. Pelo modelo do carro e a placa, logo de cara o encontrei na grande garagem de casa, quando cheguei. — De quem é esse carro? — perguntei a um segurança que se aproximou. — Não sei dizer, senhora! Já vi a Magnólia o dirigindo, mas não sei se é dela! — balancei a cabeça. — Ok... — me dirigi para a frente da casa e encontrei um Alex enfurecido na porta, me esperando. Estava lindo, com aquele cabelo curto, caído na testa, vestia uma camisa branca com botões que brilhavam no sol de quase meio-dia. Ele usava uma calça azul clara, de um jeans discreto, destacando a sua pele bronzeada pelo sol. — Onde esteve? — seus dentes serrados e sua mão apertando o batente, demonstravam que a brincadeira ficaria interessante, o meu marido gato, estava furioso. — Fui t
CAPÍTULO 13 (Atenção! Este capítulo contém cenas de ficção, fortes de tortura. Se você não se sente bem, pode pular para o próximo.) Laura Strondda — Agora a conversa é com você! — a olhei fixamente. — Não adianta fazer essa cara de coitada, agora! Fui escolhida por Luigi, justamente porque não tenho pena do alvo! — Eu não sei quem é Luigi, mas me deixe fugir! Faço o que quiser, o que mais precisa que eu faça? Por favor... — fui bem perto dela e olhando meti um belo tapa na sua cara, chegou a cortar o seu rosto. — Isso foi apenas para começar! Por ter sido fofoqueira e ter ligado para a prima! Você é do tipo falsa, traiçoeira, merece a morte! — dei outro tapa. — AIIII! EU NÃO FALEI NADA! — começou a chorar... odeio gente fraca e mentirosa! Soltei um braço dela, e depois outro. Vi um pequeno sorriso no seu rosto, que tentou esconder, mas não me passou despercebido. É claro que contou que me comoveu com aquelas lágrimas de crocodilo. — V
CAPÍTULO 14 Alexander Caruso — Laura não é nada parecida com o que imaginei. Quando estávamos noivos ela era outra... — coloquei o copo de whisky na mesa. — E, você? Não era outro? — respirei pesadamente. — Você conhece muito bem os meus motivos, Peter! Num dia o pai dela discute com meu pai por não querer que se case comigo... como se “eu”, quisesse! E, no outro eles são os únicos que encontro por lá quando ouvimos os disparos. Foram eles, cara! O pior foi ter visto a Laura no carro, ela compactuou com isso, pode até ter sido ela a atirar, agora eu já não duvido nada. Aquela mulher atira com qualquer arma! — me abaixei irritado, tentando tirar o meu sapato, meu pé havia inchado com aquele chumbinho maledetto durante a noite. — O que não bate é que as imagens foram danificadas! Como conseguiram matá-lo e ainda sumirem com as imagens? Nós chegamos logo depois. — São muito bem treinados, Peter! — Eu acho que você só vai sofrer mais por ter casado co
CAPÍTULO 15 Laura Strondda Alex está estranho demais. É uma droga não conseguir identificar o que ele está tramando. O seu jeito idiota quando chegamos, acabou me confundindo. Eu não sei explicar como é isso, talvez seja porquê ainda tenho gravado comigo, tantos momentos bons que vivemos no noivado, e não consigo acreditar que tudo aquilo foi mentira, fragmentos do que passei e senti, voltam na minha mente de vez em quando, e me fazem ficar perdida, sem saber quem é esse homem que está dirigindo aqui do meu lado. Reparei que depois que me viu de vermelho, ficou calado, sério, e fica me olhando de canto de olho, como se eu não notasse. — Deve ter gostado do vestido, até ficou com ciúmes! — falei ao olhar pela janela, sem encará-lo. — Não tenho ciúmes. Eu falei que gostei mais do preto, só estava indecente demais. Aqui na Sicília é pior que Roma, uma senhora casada não pode ser vulgar! — Então não gostou desse? — É horrível! — falou irritado,
CAPÍTULO 16 Alexander Caruso O meu sangue bombava quente pelo meu corpo. Uma sensação de impotência, misturada com o tesão que essa mulher me causou. Eu não iria vir nesse restaurante, é muito popular. Mas, devido a situação em que ficamos, preferi não causar alvoroço e a convidei para entrar. Ainda não sei como vou conseguir jantar, com essa mulher me encarando, assim. Sentei de frente com ela, na última mesa do local, para que nenhum idiota se atravesse a ficar olhando, porquê hoje estou com os nervos à flor da pele. A maledetta sabe provocar. O jeito como mexe os lábios e a forma como me olha intensamente, levando um brilho no olhar. Ou talvez seja quando mexe as pernas, colocando uma sobre a outra; lembrar que arranquei a sua calcinha, isso me deixa sem controle. Pedi uma bebida forte antes do jantar, observando a sua pele corada, mostrando que seu corpo também estava quente, assim como o meu. — Alex! — ouvi o meu nome logo atrás de mim, e
CAPÍTULO 17 Alexander Caruso Abri o local onde deixei Magnólia e fiquei pasmo quando vi a situação em que ela estava. Não que eu fosse deixar uma traidora viver, mas Laura fez algo que “eu” iria fazer. Na mesma hora voltei para o corredor puxando a maledetta pelo braço, então a joguei contra a parede. — Que porra é aquela? — completamente calma, ela respondeu: — Sinto muito que eu não fui a única que não conhecia o meu marido... você já deve ter percebido que também não me conhece! Acha mesmo que eu ficaria feito uma idiota? Parada aqui nesse lugar, como se fosse uma criança, de castigo? — gargalhou. — É muito lerdo se pensou assim! Magnólia precisava pagar, e eu sei torturar e tirar informações, então deveria me agradecer! — bufei e dei uma pancada na parede. — Cale-se! Aqui sou eu quem dá as ordens, você apenas obedece! Ou também é lerda e não percebeu que não significa nada pra mim? — agora parece que chamei a sua atenção, pois Laura se calou. — Você vai lá