CAPÍTULO 13 (Atenção! Este capítulo contém cenas de ficção, fortes de tortura. Se você não se sente bem, pode pular para o próximo.) Laura Strondda — Agora a conversa é com você! — a olhei fixamente. — Não adianta fazer essa cara de coitada, agora! Fui escolhida por Luigi, justamente porque não tenho pena do alvo! — Eu não sei quem é Luigi, mas me deixe fugir! Faço o que quiser, o que mais precisa que eu faça? Por favor... — fui bem perto dela e olhando meti um belo tapa na sua cara, chegou a cortar o seu rosto. — Isso foi apenas para começar! Por ter sido fofoqueira e ter ligado para a prima! Você é do tipo falsa, traiçoeira, merece a morte! — dei outro tapa. — AIIII! EU NÃO FALEI NADA! — começou a chorar... odeio gente fraca e mentirosa! Soltei um braço dela, e depois outro. Vi um pequeno sorriso no seu rosto, que tentou esconder, mas não me passou despercebido. É claro que contou que me comoveu com aquelas lágrimas de crocodilo. — V
CAPÍTULO 14 Alexander Caruso — Laura não é nada parecida com o que imaginei. Quando estávamos noivos ela era outra... — coloquei o copo de whisky na mesa. — E, você? Não era outro? — respirei pesadamente. — Você conhece muito bem os meus motivos, Peter! Num dia o pai dela discute com meu pai por não querer que se case comigo... como se “eu”, quisesse! E, no outro eles são os únicos que encontro por lá quando ouvimos os disparos. Foram eles, cara! O pior foi ter visto a Laura no carro, ela compactuou com isso, pode até ter sido ela a atirar, agora eu já não duvido nada. Aquela mulher atira com qualquer arma! — me abaixei irritado, tentando tirar o meu sapato, meu pé havia inchado com aquele chumbinho maledetto durante a noite. — O que não bate é que as imagens foram danificadas! Como conseguiram matá-lo e ainda sumirem com as imagens? Nós chegamos logo depois. — São muito bem treinados, Peter! — Eu acho que você só vai sofrer mais por ter casado co
CAPÍTULO 15 Laura Strondda Alex está estranho demais. É uma droga não conseguir identificar o que ele está tramando. O seu jeito idiota quando chegamos, acabou me confundindo. Eu não sei explicar como é isso, talvez seja porquê ainda tenho gravado comigo, tantos momentos bons que vivemos no noivado, e não consigo acreditar que tudo aquilo foi mentira, fragmentos do que passei e senti, voltam na minha mente de vez em quando, e me fazem ficar perdida, sem saber quem é esse homem que está dirigindo aqui do meu lado. Reparei que depois que me viu de vermelho, ficou calado, sério, e fica me olhando de canto de olho, como se eu não notasse. — Deve ter gostado do vestido, até ficou com ciúmes! — falei ao olhar pela janela, sem encará-lo. — Não tenho ciúmes. Eu falei que gostei mais do preto, só estava indecente demais. Aqui na Sicília é pior que Roma, uma senhora casada não pode ser vulgar! — Então não gostou desse? — É horrível! — falou irritado,
CAPÍTULO 16 Alexander Caruso O meu sangue bombava quente pelo meu corpo. Uma sensação de impotência, misturada com o tesão que essa mulher me causou. Eu não iria vir nesse restaurante, é muito popular. Mas, devido a situação em que ficamos, preferi não causar alvoroço e a convidei para entrar. Ainda não sei como vou conseguir jantar, com essa mulher me encarando, assim. Sentei de frente com ela, na última mesa do local, para que nenhum idiota se atravesse a ficar olhando, porquê hoje estou com os nervos à flor da pele. A maledetta sabe provocar. O jeito como mexe os lábios e a forma como me olha intensamente, levando um brilho no olhar. Ou talvez seja quando mexe as pernas, colocando uma sobre a outra; lembrar que arranquei a sua calcinha, isso me deixa sem controle. Pedi uma bebida forte antes do jantar, observando a sua pele corada, mostrando que seu corpo também estava quente, assim como o meu. — Alex! — ouvi o meu nome logo atrás de mim, e
CAPÍTULO 17 Alexander Caruso Abri o local onde deixei Magnólia e fiquei pasmo quando vi a situação em que ela estava. Não que eu fosse deixar uma traidora viver, mas Laura fez algo que “eu” iria fazer. Na mesma hora voltei para o corredor puxando a maledetta pelo braço, então a joguei contra a parede. — Que porra é aquela? — completamente calma, ela respondeu: — Sinto muito que eu não fui a única que não conhecia o meu marido... você já deve ter percebido que também não me conhece! Acha mesmo que eu ficaria feito uma idiota? Parada aqui nesse lugar, como se fosse uma criança, de castigo? — gargalhou. — É muito lerdo se pensou assim! Magnólia precisava pagar, e eu sei torturar e tirar informações, então deveria me agradecer! — bufei e dei uma pancada na parede. — Cale-se! Aqui sou eu quem dá as ordens, você apenas obedece! Ou também é lerda e não percebeu que não significa nada pra mim? — agora parece que chamei a sua atenção, pois Laura se calou. — Você vai lá
CAPÍTULO 18 Laura Strondda O dia foi exaustivo, entrei naquela casa louca para me jogar na cama e dormir. Tirei aquele vestido que me apertava, joguei os sapatos num canto, e soltei o meu cabelo. Vesti uma camisola na cor pérola, e quando fui pegar a escova de cabelo, senti aquela mão quente e grande sobre a minha. — O que está fazendo?Não iria jantar? — virei parcialmente para ele. — Depois eu como, se tiver fome. Deixe que eu penteie... — E, você sabe? Porque quer pentear meu cabelo? — ele forçou um pouco, tentando puxar a escova, até que soltei. — Não vai conseguir nada com isso, estou morrendo de sono. — Alex ficou em silêncio e começou a pentear devagar, tinha experiência nisso. — Eu sempre penteei o cabelo de Anita... — me afastei puxando meu cabelo, e tomei a escova. Era só o que faltava, agora ficar me comparando ou lembrando o que fazia com aquela mulher. — Não vai falar daquela mulher na minha frente, é uma falsa! — bati a escova na pentea
CAPÍTULO 19 Laura Strondda — Chefe? Seu pai sabe disso? — levei a mão até o pescoço, massageando enquanto recuperava meu ar e pensava no que eu diria. — Não sabe... ninguém sabe! Mas, isso não significa que eu tenho qualquer tipo de relacionamento com ele, apenas me ensinou muitas coisas e trabalho de vez em quando, em algumas execuções da máfia italiana! — eu não diria que quando estava em Roma, ia todas as noites escondida para a boate que também faz parte da nossa corporação e é de responsabilidade de Luigi, ou melhor, El Chapo, como o chamam. — Eu não acredito em você! — falou ainda sentado, parecia pensar. Olhava para o chão, levemente apoiava a cabeça, mexendo nos cabelos. — Problema seu! Só pare de perguntar dele, porque nunca se aproximou de mim, é um homem respeitoso! — me afastei um pouco. — Quando voltarmos quero conhecê-lo! Tenho alguns assuntos para acertar com ele. Com certeza deseja manter seu segredo, então me levará até lá sem reclam
CAPÍTULO 20 Alexander Caruso Aquela maledetta ainda vai me enlouquecer. Ela diz coisas sem sentido, mente o tempo todo e não perde aquela pose que tem. Fiquei sem celular, deixei Anita falando sozinha, machucou o meu rosto, sem contar que ainda tenho o pé inchado pelo chumbinho que me atirou. As suas palavras são como flechas sobre mim. A cada desaforo que ouço me sinto ainda mais irritado e aquele sentimento de desejo se mistura com ódio. Passei uma raiva absurda ao tentar fazer aquela mulher sentir algo por mim durante a noite, eu não possuiria um corpo que não me quisesse, ou que parecesse um cadáver de tão frio, então suei muito e fiquei muito irritado. Mas depois de ouvir tudo que ouvi naquela sala pela manhã, fui atrás dela. — Vem dizer isso na minha cara! — praticamente corri, mas a maledetta entrou no quarto e pulou a janela. Fui atrás dela e vi quando apertou o alarme do Mustang preto, e numa estrela seguida de uma ponte com