CAPÍTULO 194 Débora Andrade Eu não fazia ideia de que havia outra caixa daquela, e muito menos que fosse tão bonita quanto é a dourada. — É tão recente, Luigi... faz pouco tempo que nos conhecemos. — falei, e ele chegou bem perto, tocou de novo no meu cabelo, me olhando nos olhos. — E, você precisa de mais tempo para saber que sou eu, o homem que vai passar o resto da vida ao seu lado? — sorri. — Não, não preciso... — Então responde, Débora... — Eu aceito. Essas alianças eram ainda mais lindas, fiquei impressionada ao olhar pra elas, ver o cuidado com que Luigi as segurou, a forma como colocou no meu dedo, como olhava pra mim e para as alianças, então fiz questão de segurar a outra e colocar nele também. — Você promete que não vai mudar quando estivermos casados? Que vai achar que assinei uma procuração onde você é dono da minha vida? Promete pra mim que ainda será o mesmo, e que mesmo rude, ainda será o mesmo Luigi por quem me apaixonei
CAPÍTULO 195 Débora Andrade (1 mês depois, na despedida de solteira da Débora) — DÉBORA! EMPACOU, FOI? — pelo berro da Rebeca, pensei que a parede fosse trincar. — Já tô indo, credo! Isso tudo é pressa? — reclamei enquanto descia as escadas da casa da Laura, ainda colocando os brincos. — Ah minha filha, Enzo está com as crianças, quero é aproveitar a sua despedida de solteira com grande estilo! — gargalhei ao ver os carros do lado de fora, tantas mulheres juntas, abalaria aquela boate, hoje. — Então, eu vou no Mustang da Laura? — perguntei sorridente, a Katy mostrou a chave do seu Rolls-Royce Droptail. — O meu é novo, ou pode preferir o Pagani Codalunga da Rebeca! — katy falou e eu gargalhei, então todas caíram na risada. — Quero ver é quem vai voltar dirigindo, isso sim! — lembrei, e Laura deu um giro na arma e guardou com estilo. — Minha filha, eu bebo a noite toda e ainda volto pra casa dando zeros nos asfalto! — Laura contou sorr
CAPÍTULO 196 Laura Strondda Eu fico ótima quando preciso intervir em assuntos como esse. Assumi a posição, olhei para todos os lados, e o pior é que não vi a Fabiana. — ESPALHAM-SE! — vi que todas as mulheres assumiram posturas diferentes e em questão de segundos abri um compartimento secreto, jogando armas de grande calibre e pistolas mais simples. — Sério que isso foi acontecer justo na minha despedida de solteira? — Débora reclamou, mas a animei: — Essa será a parte mais divertida da noite! Aproveita pra treinar, já que Luigi te ensinou! — ela olhou para a arma na sua mão e assentiu, assumindo postura de mafiosa. — Eu não vou esperar que entrem, estão demorando demais! — Rebeca reclamou, saiu correndo na frente, com uma arma em cada mão, e lhe dei cobertura, com certeza cobrirá a entrada e a saída. Quando fui atrás dela, vi que todas as mulheres vieram na sequência, e ao ver um homem que não era um gogoboy atravessando de um corredor para outro
CAPÍTULO 197 Débora Andrade — Alex parece tranquilo, bem diferente do Luigi que ficou me olhando feio... — comentei com a Laura, quando entramos no carro. — Amiga, eles veem tudo, sabem que não fizemos nada demais. Agora vamos apenas dançar e beber, os gogoboys já foram, fica tranquila. Sem contar que o Alex sabe que depois vou querer agradá-lo... — Laura falou com o olhar diferente, nem perguntei qual era a forma. A mulherada estava animada em voltar. Logo a música foi ligada e a festa voltou ao normal, precisei de uma bebida para relaxar. Vi que a Laura entrou em uma das portas e fiquei curiosa, fui atrás para saber se haviam notícias da Elinete. Bati na porta, e como não abriu, eu mesma abri. Laura estava no celular, esperei que terminasse e parecia já saber o que eu esperava. — Alex já capturou aquela idiota! — Nossa, Luigi pegou a Gleice, mas Elinete havia sumido do mapa. Ele já tinha me dito que ela apareceria, só não pensei que seria
CAPÍTULO 198 Luigi / El Chapo Eu guardei a minha vingança para a lua de mel, Débora não perde por esperar. Depois da festa de casamento, onde me emocionei por estar casando com alguém tão especial quanto ela, era o nosso momento, meu momento de liberar a raiva que passei, vendo-a naquela cadeira, e aqueles dois gogoboys tão perto. — Pra onde vamos? — É surpresa, xuxuzinho! — olhou animada, e lhe dei um sorriso torto. Escolhi um dos hotéis mais bonitos de Roma, inclusive o mais discreto. Logo na entrada, tirei uma venda do bolso, e com um sorriso safado, exigi: — Precisa tapar os olhos! — Nossa... assim fico mais curiosa! — coloquei a venda nela e amarrei bem, antes de levá-la até o elevador. Meus homens trouxeram as malas, e assim que deixaram no quarto, tranquei a porta. — Já posso tirar? — colocou as mãos, mas segurei. — Nem pensar! Hoje você vai me deixar tirar o vestido e vai deitar na cama. — O que está apr
CAPÍTULO 199 Narrativa da autora O tempo passou para nossos personagens, e podemos dizer que hoje, é um dia muito importante para Peter Marino... a inauguração da: Fundação Helen Marino - Projeto de apoio à mulher. Peter passou por muitos processos, a maioria deles, dolorosos, mas conseguiu superar. Ele teve o apoio incondicional da Katy, que se entregou de corpo e alma nesse relacionamento, e apostou todas as cartas nele. A terapia com a doutora Márcia, também lhe trouxe muitas vitórias, o ajudaram a ver as coisas como deveriam ser vistas, e principalmente, superar traumas e dores que ele guardava, apelidando de “demônios”, que na verdade, eram apenas feridas, que precisavam cicatrizar. . — Katy, a sua barriga cresceu, está tão linda! — Peter abraçou a esposa com carinho, momentos antes de abrirem as portas da Fundação. — Está sim... já está preparado para saber o sexo? Também é hoje, estou ansiosa para saber. — Não sei se estou mais
CAPÍTULO 200 Epílogo Eu como autora dessa obra, fico muito feliz com o rumo que cada romance tomou. É sempre difícil pra mim, encerrar um livro, porque vivo as alegrias, sofro as derrotas e amo as descobertas. Porém, assim como começou, precisava ter um final, e estou aqui hoje para lhes contar como ficaram os nossos personagens, depois de tudo o que relatei. Pessoas sofreram, mas conseguiram evoluir, mas tivemos pessoas que erraram, e sem mudanças, morreram no erro. Laura e Alex, encontraram o caminho da sua felicidade, cada um do seu jeito, conseguiram encontrar no outro, uma forma linda de ser feliz. Sei que deixei o livro longo, mas não consegui não contar as histórias secundárias. Katy foi uma personagem que surgiu na história e que achei bastante interessante. É uma leitora minha, do meu grupo de leitura que amou o Alex incondicionalmente desde que a história começou. Enquanto todas o crucificaram por ser tão lerdo, ela era louca por ele. Coloquei ela na história
CAPÍTULO 1 Laura Strondda — Pronta? — ouço aquela voz vindo do meu lado direito e sorrio para minha cunhada, Fabiana. — Eu não tenho medo! No fundo, meu pai e meu irmão, me deixaram dar a palavra final, e aceitei com boa vontade esse acordo. Alexander Caruso é um bom homem, vem de família muito honrada que segue melhor do que a gente, muitos princípios. A máfia da Sicília tem regras rígidas. — me expressei, apertando os dedos e estralando para acalmar os nervos. — Isso na teoria, né? — Rebeca, irmã da Fabiana mencionou enquanto verificava as unhas. — Vamos, é melhor não atrasar! — Fabiana gargalhou ao dizer, então apenas sorri e segui com ela até o carro. Jamais quis um casamento arranjado, mas Alexander é tão prestativo e bom, que me fez pensar que isso não seria tão complicado como dizem. Quando chegamos, a igreja já estava lotada. Alex estava no altar me esperando, e senti um frio na espinha ao perceber que ele estava muito mais sério do que o norm