Bordel da Madame Iza...
Isfahan subiu a escadaria da mansão Leonel onde era aguardado por madame Iza uma das maiores cortesãs de Nara.
O minotauro fizera uma pequena pesquisa sobre o lugar assim que descobria que era ali que ele seria levado para sua iniciação por isso sabia que madame Iza pertencia a uma família rica cujo marido perderá tudo que tinha em jogos e apostas, com medo da prisão ele acabara por tirar a própria vida com um tiro na boca.
Na época fora um escândalo terrível. A viúva, no entanto conseguira usar seu charme para renegociar ás dividas com os credores e tornar-se uma das maiores anfitriãs da noite.
Havia muitas suposições sobre o tipo de garantia que lady Iza fornecera aos credores mais o fato era que de uma hora pra outra ela conseguira investidores dispostos a ajudá-la em seu projeto.
Estava a
Bordel da Madame Iza...Iza guiou Isfahan até o interior de uma luxuosa alcova, a sala enorme continha em seu centro uma cama capaz de caber umas quatro pessoas com folga ponderou Isfahan. A cama estava cercada por véus que davam um ar de fantasia ao ambiente. Na parede direita ficava uma penteadeira enorme coberta de vidros de perfumes e outros adornos femininos. Mais foi para esquerda em direção á uma esplêndida cristaleira que Iza se dirigiu;Os pés de Isfahan afundaram no tapete macio que recobria todo o quarto, enquanto seus olhos eram atraídos pelo lustre que pendia do teto, o quarto era bastante arejado, pois possuía duas janelas que davam para um pomar provavelmente no fundo da mansão.-Espero que minhas meninas não o tenham assustado,Isfahan -disse a mulher servindo uma bebida em dois copos.-Confesso que elas me intimidaram um pouco- disse Isfahan
Cidade de Nara — Castelo Caarano, 934 D. G. M.Durga moveu-se entre os convidados com um sorriso forçado no rosto, sua querida mãe resolverá dar um almoço de comemoração ao seu aniversário e com certeza convidará metade da sociedade Nariana.Ele sabia que sua mãe era exagerada, mas parecia que com a idade sua estupidez se tornava maior. A última coisa que Durga queria no dia do seu aniversário era se confraternizar com aquela gente hipócrita e invejosa.Sabia que não era bem-visto pelo círculo íntimo de seu pai, mas isso não o preocupava, afinal de contas ele era o único herdeiro do trono de Nara, quer aqueles insetos gostassem ou não.Ergueu a mão, cumprimentando alguns nobres a distâncias e afastou-se rumo ao jardim íntimo, que era reservado à família e aos amigos mais próximos. Ali também estava tomado de estranhos, constatou aborrecido.Forçou-se a ser gentil com algumas senhoras que vieram ao seu encontro desejando-lhe um feliz aniversário, mas não se deteve, estava procurando po
Virgínia recostou-se contra a porta de seu quarto, havia corrido até os aposentos de Isfahan para certificar-se de que tudo que Durga dissera fora apenas mentira com o objetivo de provocá-la. Mas para sua surpresa, o guarda que ficava de prontidão na entrada do antigo calabouço avisou-lhe que Isfahan havia saído e ainda não voltará.Incapaz de encarar novamente o irmão, Virgínia fugira para o seu santuário, onde poderia dar vazão a suas dúvidas sem chamar a atenção de ninguém.Será que o que Durga dissera era verdade? Será que Isfahan realmente foi visitar uma cortesã? E se isso fosse verdade, por que ela se sentia tão angustiada?Não era aquilo algo bom para o jovem Minotauro? Virgínia queria que Isfahan fosse feliz, queria que ele tivesse uma vida plena junto aos humanos e claro que aquilo não se
(Reino Espiritual, A.G.M*) A deusa Nara adentrou o imenso jardim criado por sua irmã Minerva, era um local de beleza estonteante: flores exóticas, pássaros de plumagens deslumbrantes. Um clima suave e agradável enchia o ambiente e o som de uma música serena tornava tudo perfeito. No centro do jardim um lago de águas cristalinas refletia a luz do sol, sentada no galho de uma árvore exuberante estava Minerva, sua irmã e sua algoz. Há muito tempo quando fora forçada a fugir do seu planeta natal para preservar sua vida, Nara era pouco mais que uma criança, com poderes divinos, mas apenas uma criança sem ninguém a quem recorrer. Sozinha teve que amadurecer rápido, tornou-se forte como precisava ser para sobreviver num deserto maldito. Tornara trevas em luz, dera brilho e vida aquele mundo morto, o transformara num lugar de extrema beleza repleto de vida vegetal e animal. Apesar de todos os seus esforços não fora, contudo
(Cidade Minerva, 934 D.G.M* ) Litoral de Minerva... Seus olhos queimavam devido ao brilho intenso, a areia sufocava sua respiração, o som das águas batendo nos rochedos à frente confundia os seus sentidos, seu corpo caído ao chão negava-se a obedecê-lo. Reunindo as últimas forças que tinha conseguiu sentar-se na praia. Pelos deuses que lugar era aquele? A geografia era diferente de tudo o que já vira. Tentava lembrar seu nome, de onde viera? O que estava fazendo ali? Mas sua mente parecia uma folha em branco. Olhou ao longe e percebeu que além das folhagens erguiam-se imensas muralhas de pedras. Aquela visão encheu seu peito de esperança, onde quer que ele estivesse não estava sozinho. Poderia conseguir ajuda. Tentou gritar, mas assustado percebeu que sua voz se tornara um grito gutural diferente de tudo que se pudesse imaginar, chegando a causa-lhe arrepios. A vegetação ao longe se moveu e a praia inteira foi tomada por seres humano
Praça central de Minerva... Mousame Castlen desceu da carruagem que o conduzira até a praça central de Minerva, estava ali porque recebera uma mensagem de Orlock chefe da guarda da cidade comunicando-lhe que naquela manhã uma terrível fera fora aprisionada no litoral da cidade. Orlock sempre fora um tanto exagerado, mas era também um militar extraordinário o que justificava sua importantíssima posição. Assim que fora avisado sobre o invasor, ele reunira seus homens e o perseguira pela praia até prendê-lo, depois enviara uma mensagem para lorde Castlen e outra para ordem sacerdotal de Minerva pedindo instruções. Mousame Castlen era o lorde soberano do reino de Minerva, sua família datava dos sobreviventes do massacre imposto pelos deuses ao mundo, há mais de novecentos anos atrás. Eles haviam recebido da própria Minerva, deusa da humanidade, a missão de salvar os humanos da ira de sua irmã Nara, a deusa da natureza e governar sobre eles. Ambas as missões
Centro de Minerva... Dentro dos muros de Minerva, havia uma capela oferecida à deusa Nara, esta política de disponibilizar um pequeno santuário a deusa da cidade vizinha surgiu aproximadamente cem anos depois da grande ruptura. Há mais de quatro séculos quando algumas famílias vassalas da família Castlen, revoltadas com a política de escravidão e os constantes sacrifícios humanos à deusa Minerva resolveram lançar-se ao mar para encontrar outro lugar onde pudessem viver conforme seus ditames. Certos de que eles não teriam outra opção senão voltar, o lorde regente de Minerva não se opôs a sua partida. Após dias à deriva em alto mar, já contando a morte como certa, deu-se uma tempestade que arremessou os barcos contra as costas de outra ilha salvando quase todos os que saíram de Minerva. Os sobreviventes vagaram durante uma semana por uma ilha devastada e deserta, até que encontraram uma imensa rocha de cristal transparente e dentro de
Masmorras da ordem sacerdotal de Minerva... A noite findava envolta num frio intimidante, dois guardas protegiam a entrada das catacumbas do pasto comunal. O pasto era uma imensa propriedade territorial que pertencia a ordem sacerdotal de Minerva e que era também onde ficavam as masmorras da cidade. Essas enormes grutas haviam sido transformadas em prisões onde costumavam colocar os criminosos condenados pela deusa. As masmorras eram protegidas pela guarda sacerdotal, um grupo de guerreiros de elite que serviam aos sumo-sacerdotes. Naquela noite, eles deveriam se revezar na guarda da infame criatura que seria sacrificada no outro dia. Os guardas na verdade estavam tranquilos pois julgavam impossível que alguém tivesse coragem de invadir o pasto comunal, ainda mais para resgatar um monstro. Estavam conversando distraidamente e não viram quando duas sombras se aproximaram no horizonte. Eram dois homens, vestidos de roupa sacer