Durga sentiu os músculos retesarem-se sobre o impacto da força violenta do minotauro.
-Ponha - me no chão, monstro - ordenou com dificuldade.
Isfahan o erguera do chão e o mantinha imprensado contra a parede.
-Solte - me, eu ordeno - gritou Durga.
-Você não me dá ordens, seu verme covarde, eu não sou uma mulher indefesa.
-Indefesa, ora não me faça rir, essa vadia já seduziu você da mesma forma que fez comigo? - satisfeito com a incredulidade vista no rosto de Isfahan, Durga continuou destilando seu veneno - É isso mesmo, a vagabunda é minha amante, e na minha ausência resolveu se divertir com você.
- É mentira! - Isfahan e Virgínia gritaram em unissom
- É verdade, eu já deitei com a vagabunda.
-Peça desculpas ou juro que vou matar você - ordenou Isfahan.
O minotauro apertava
Cidade de Nara, periferia das terras do clã Caarano, Isfahan olhava admirado sua obra, a estrutura de tijolos caiados parecia forte e acolhedora, depois de quase dois meses de trabalho duro finalmente havia terminado.A pequena escola era composta de duas salas de aulas, um refeitório, dois banheiros, uma sala de professores com uma secretaria conjugada a diretoria e um pátio para a realização dos eventos, o piso era de cimento cru, mesmo assim a escola era um sonho comunitário que se tornava realidade.A escola fora construída numa região pobre que ficava próxima área nobre da cidade de Nara, os moradores eram em sua maioria criados e agricultores independente, pessoas pobre de mais para pagar educação para seus filhos.A maioria deles não sabia ler e nem sequer assinar o próprio nome, viviam uma situação de incrível penúria não tinham muitas vezes sequer o que comer.Isfahan escolhera aquele lugar por que sabia o quanto Virgínia sonhava com a igualdade de condições de ensino para
Castelo-Caarano...Isfahan se viu diante de uma grande decisão, algo que poderia mudar sua maneira de ver o mundo, embora tivesse perdido sua memória no naufrágio que o conduzirá até Minerva, ainda conseguia se lembrar de alguns fatos.Lembrava que vivia sua vida num pequeno clã de agricultores, que produziam entre outras coisas: café, cevada e soja.Lembrava-se que uma vez por ano os homens deixavam as fêmeas e as crianças na aldeia e partiam de barco para vender sua colheita nas cidades vizinhas.Quando um minotauro alcançava a adolescência era autorizado a acompanhar os machos, aquela fora a primeira vez de Isfahan. Ele não conseguia lembrar se seu barco fora o único a zarpar naquele dia nem quantas fêmeas ou crianças haviam sido deixadas na aldeia, não sabia se elas tinham como sobreviver sem os machos.O pior de tudo no
Cidade de Nara, Bordel da Madame Iza...O bordel de Madame Iza era uma das mais populares casas de prazeres em Nara. Embora vista com maus olhos pela maioria das famílias Narianas, esses ambientes eram legalizados na cidade.Muitos lordes enviavam seus filhos para descobrirem os prazeres da carne com as profissionais do amor. Isso no entanto era feito de forma discreta pois ser visto nesse tipo de ambiente podia manchar a reputação de uma pessoa.As mulheres que se dedicavam a esse tipo de serviço eram em sua maioria crianças órfãs que não contavam com a proteção de ninguém ou mulheres desonradas que envergonharam o nome da família e foram abandonadas a própria sorte.Por muitas vezes os regentes tentaram acabar com aquele tipo de ambiente mais não foram bem sucedidos uma vez que os mesmos eram fr
Bordel da Madame Iza...Isfahan subiu a escadaria da mansão Leonel onde era aguardado por madame Iza uma das maiores cortesãs de Nara.O minotauro fizera uma pequena pesquisa sobre o lugar assim que descobria que era ali que ele seria levado para sua iniciação por isso sabia que madame Iza pertencia a uma família rica cujo marido perderá tudo que tinha em jogos e apostas, com medo da prisão ele acabara por tirar a própria vida com um tiro na boca.Na época fora um escândalo terrível. A viúva, no entanto conseguira usar seu charme para renegociar ás dividas com os credores e tornar-se uma das maiores anfitriãs da noite.Havia muitas suposições sobre o tipo de garantia que lady Iza fornecera aos credores mais o fato era que de uma hora pra outra ela conseguira investidores dispostos a ajudá-la em seu projeto.Estava a
Bordel da Madame Iza...Iza guiou Isfahan até o interior de uma luxuosa alcova, a sala enorme continha em seu centro uma cama capaz de caber umas quatro pessoas com folga ponderou Isfahan. A cama estava cercada por véus que davam um ar de fantasia ao ambiente. Na parede direita ficava uma penteadeira enorme coberta de vidros de perfumes e outros adornos femininos. Mais foi para esquerda em direção á uma esplêndida cristaleira que Iza se dirigiu;Os pés de Isfahan afundaram no tapete macio que recobria todo o quarto, enquanto seus olhos eram atraídos pelo lustre que pendia do teto, o quarto era bastante arejado, pois possuía duas janelas que davam para um pomar provavelmente no fundo da mansão.-Espero que minhas meninas não o tenham assustado,Isfahan -disse a mulher servindo uma bebida em dois copos.-Confesso que elas me intimidaram um pouco- disse Isfahan
(Reino Espiritual, A.G.M*) A deusa Nara adentrou o imenso jardim criado por sua irmã Minerva, era um local de beleza estonteante: flores exóticas, pássaros de plumagens deslumbrantes. Um clima suave e agradável enchia o ambiente e o som de uma música serena tornava tudo perfeito. No centro do jardim um lago de águas cristalinas refletia a luz do sol, sentada no galho de uma árvore exuberante estava Minerva, sua irmã e sua algoz. Há muito tempo quando fora forçada a fugir do seu planeta natal para preservar sua vida, Nara era pouco mais que uma criança, com poderes divinos, mas apenas uma criança sem ninguém a quem recorrer. Sozinha teve que amadurecer rápido, tornou-se forte como precisava ser para sobreviver num deserto maldito. Tornara trevas em luz, dera brilho e vida aquele mundo morto, o transformara num lugar de extrema beleza repleto de vida vegetal e animal. Apesar de todos os seus esforços não fora, contudo
(Cidade Minerva, 934 D.G.M* ) Litoral de Minerva... Seus olhos queimavam devido ao brilho intenso, a areia sufocava sua respiração, o som das águas batendo nos rochedos à frente confundia os seus sentidos, seu corpo caído ao chão negava-se a obedecê-lo. Reunindo as últimas forças que tinha conseguiu sentar-se na praia. Pelos deuses que lugar era aquele? A geografia era diferente de tudo o que já vira. Tentava lembrar seu nome, de onde viera? O que estava fazendo ali? Mas sua mente parecia uma folha em branco. Olhou ao longe e percebeu que além das folhagens erguiam-se imensas muralhas de pedras. Aquela visão encheu seu peito de esperança, onde quer que ele estivesse não estava sozinho. Poderia conseguir ajuda. Tentou gritar, mas assustado percebeu que sua voz se tornara um grito gutural diferente de tudo que se pudesse imaginar, chegando a causa-lhe arrepios. A vegetação ao longe se moveu e a praia inteira foi tomada por seres humano
Praça central de Minerva... Mousame Castlen desceu da carruagem que o conduzira até a praça central de Minerva, estava ali porque recebera uma mensagem de Orlock chefe da guarda da cidade comunicando-lhe que naquela manhã uma terrível fera fora aprisionada no litoral da cidade. Orlock sempre fora um tanto exagerado, mas era também um militar extraordinário o que justificava sua importantíssima posição. Assim que fora avisado sobre o invasor, ele reunira seus homens e o perseguira pela praia até prendê-lo, depois enviara uma mensagem para lorde Castlen e outra para ordem sacerdotal de Minerva pedindo instruções. Mousame Castlen era o lorde soberano do reino de Minerva, sua família datava dos sobreviventes do massacre imposto pelos deuses ao mundo, há mais de novecentos anos atrás. Eles haviam recebido da própria Minerva, deusa da humanidade, a missão de salvar os humanos da ira de sua irmã Nara, a deusa da natureza e governar sobre eles. Ambas as missões