FernandaEstou jogada no sofá assistindo um filme. Na realidade não estou prestando muita atenção, apenas a televisão está ligada, dou uma olhada no meu Facebo*k e vez ou outra respondo alguma mensagem no Whatsa*p, hoje é noite que o pessoal tá curtindo por aí.Confesso que gostaria de estar no baile me divertindo um pouco, mas é melhor assim, eu não iria aguentar ver o Felipe com mais uma mulher, dói muito.Entro no Whatsa*p novamente, olho alguns status, incluindo do Pedro que está numa festa também e assim que saio, chega uma mensagem do Felipe:“Tá onde?”Meu coração dispara, sinto que estou suando frio, parece que tenho borboletas no estômago, um misto de sensações junto e misturado. Como pode uma mensagem de apenas duas palavras me desestabilizar tanto?Penso um pouco e respondo que estou em casa, com certeza ele está no baile e percebeu que eu não fui. Pouco depois nova mensagem:“Quero falar com você”Ler isso mexeu demais comigo, aliás, ele tem esse poder de sempre mexer comig
LCTô de boas no baile curtindo tudo na maior tranquilidade quando Vitinho vem me avisar que a Rayla tá lá fora querendo falar comigo. De onde essa praga saiu? Put* que pariu tava bom demais pra ser verdade.Eu e a Rayla namoramos por uns dois anos na época que eu ainda era só um vapor, eu curtia ela pra caramba, a mãe dela é mó gente boa, trabalhadora honesta, criou ela sozinha e um dia o pai dela apareceu do nada, cheio da grana e o olho dela cresceu, abandonou tudo e foi embora com ele.Eu fiquei o maior tempão atrás dela e ela simplesmente desapareceu, não atendia minhas ligações e nem respondia as minhas mensagens, provou que era uma grande interesseira e agora que eu nem lembrava da existência dela, ela reaparece, só pode tá de brincadeira com a minha cara.— Caralho Rayla! Qual parte tu ainda não entendeu? Acabou! E acabou a mil anos atrás essa parada.Depois de um tempo que estamos conversando num corredor escuro e reservado, comecei a ficar estressado porque ela se fazia que
CariocaAssim que chegamos na minha casa, preparei uma bebida pra gente, conversamos um pouco. Reparo na tensão dela, ela falou que se apaixonou por mim, a verdade é que eu acho que me apaixonei também, mas não posso me explanar assim, isso é novo pra mim, nem sei como agir, nunca fiquei só com uma mulher, mas sei que quero ela pra mim. Quando tô perto dela não consigo resistir e em poucos minutos já estou na minha cama tirando a roupa dela. O cheiro dela, a pele, o gosto, tudo me atrai, ela é um pacote completo que me enlouquece.Depois de muito sex* em várias posições, terminamos cansados e desci na cozinha pra tomar algo, minha garganta tava seca, peguei um energético pra mim e pra morena, um suco de laranja que tava na geladeira que a dona Josefa deixou pronto. Ela é a senhora que cuida de tudo por aqui, trabalha com a gente desde que eu e o Eduardo éramos crianças. Quando tô saindo da cozinha com o suco na mão, Japah chega.— Ué, tá em casa? Que novidade é essa? Deu um perdido e
LCDesde que aquela peste da Rayla apareceu no baile, minha vida tá um inferno. Rebeca não aceitou conversar comigo, tô a ponto de fazer um loucura, ela tem que me ouvir.Na moral? Tô muito afim de meter uma bala na cabeça da Rayla, se eu tivesse feito isso na hora que ela chegou no baile me procurando, teria evitando muita dor de cabeça.É início da noite e estamos dando uma geral pelo morro pra ver se tá tudo tranquilo, o turno virou a pouco, eu não faço mais plantão noturno como fazia na época em que eu era vapor, mas eu comando a segurança, então gosto de dar uma circulada, tudo tem que tá no esquema como o Carioca quer. Paramos na pracinha e lá tá a ruiva com os amigos dela, de hoje não passa, vou falar com ela, ela querendo ou não.Fiquei um tempo aqui trocando uma ideia com os parças até que resolvi ir até ela, f*da-se que os amigos dela tão perto, tá cheia de marra, mas vai ter que me ouvir, depois se ela não quiser mais nada comigo, aí eu paro com essa paumolisse e volto pra
Fernanda— Tava? Não tá mais? — ele perguntou me olhando com aquela cara de safado e então nos beijamos.Após alguns minutos de beijo, mordidinhas na boca, no pescoço e mão boba por todas as partes do meu corpo, o clima esquentou ainda mais. Ele tirou o fuzil do peito e a arma da cintura, colocou em cima da mesa, sentou no sofá, me puxou pra cima dele, tirando minha roupa me fazendo cavalgar nele e transamos ali mesmo no sofá, sem nos importarmos com nada.Isso pra ele deve ser muito comum, mas pra mim é muito diferente, o Felipe faz com que eu fique fora de mim e faça essas loucuras que confesso, estou adorando.CariocaEssa minha morena tá terrível ou melhor, tá sensacional. Hoje apareceu de surpresa no escritório da boca, isso aqui não é lugar pra uma princesa como ela, mas foi bom pra caralh* ela chegar assim do nada, os caras tudo babando nela que eu vi, mas ela é minha, todinha minha e já que veio aqui na boca pra me ver, aproveitei e dei um trato nela.Quando conheci, era toda q
Carioca— Felipe não começa não, hein? Eu gosto do meu trabalho e não quero homem me bancando não, já deixei isso claro e...Não deixei ela falar mais.— Tá bom dona marrenta, já entendi! Agora vem aqui, vem! — não deixei ela falar mais e já fui agarrando porque vou ficar dias sem ela, tenho que aproveitar.— Olha, hein? Falei que acordo cedo amanhã. — ela falou passando o nariz no meu enquanto abraçava meu pescoço.— Acordo cedo amanhã também, vou botar logo o pé na pista, nossa noite vai ser de leve... — falei.— De leve, sei...E foi uma noite com algumas rodadas de sex*...Pela manhã cedinho, Japah e eu botamos o carro no asfalto abarrotado de armamento pesado e logo atrás, um carro com os homens que fazem nossa segurança. Toda vez que tenho que ir de uma favela a outra, temos a cobertura do Borges, o policial que eu molho a mão todo mês pra me passar informações e nessas situações, ele avisa onde os fardas estão, que daí pegamos outro caminho. Essa vida é assim, os caras precisam
JapahQue semana complicada essa, na VK tá tudo errado, uma bagunça total, os números não fecham, desde o dia que chegamos estamos revisando tudo, um pente fino total e ao que tudo indica, o frente tá metendo a mão no dinheiro do faturamento, mau sabe ele que vai rodar legal e o Carioca não tem pena de traíra. Mas ele tem paciência, tá comendo pelas beiradas sem o cara perceber, fazendo ele achar que é só uma conferência normal, Carioca vai massacrar ele.A mulherada vem pra cima mesmo, sem cerimônia, não podem ver um bandid*, os chefes então? Ficam loucas, dei um trato numa ou outra, sex* e dinheiro não recuso, mas não curto muito ficar aqui, meu lar é a Penha mesmo. A Dani foi visitar o coroa dela, ele não gosta que ela more em favela e nem sonha que ela se relaciona com traficante, senão é capaz de arrastar ela pra morar de volta na pista, mas fazer o que, a vida tem dessas, não foi planejado, a gente foi se envolvendo aos poucos, nada sério, afinal, eu sou livre e gosto de ser. E
FernandaA noite está muito agradável, o pessoal da loja comentou que nunca tinha vindo neste barzinho e nós todos achamos incrível aqui, a conversa está ótima, muitas risadas, música boa e eu adoro a companhia do Pedro, estar com ele é leve e divertido. O pessoal fez muitas fotos, mas também apagamos várias, pois nós, as meninas, não gostamos de como saímos em algumas.Algum tempo depois, meu celular está vibrando, olho e na tela aparece o nome dele, pelo jeito lembrou da minha existência, até parece que advinha que estou me divertindo. Penso em não atender, mas peço licença para sair da mesa mostrando o celular a todos, para entenderem que é uma ligação, ali com o barulho da música, eu não iria conseguir ouvir nada.Vou até uma área reservada próxima aos banheiros e atendo, mas ele nem me deixou falar. Disse para eu apagar, sei lá o que e disse pra eu ir pra casa e desligou na minha cara.Apagar o que gente? E como ele sabia onde eu estava?Volto irritada pra mesa, ele consegue me