LCDesde que aquela peste da Rayla apareceu no baile, minha vida tá um inferno. Rebeca não aceitou conversar comigo, tô a ponto de fazer um loucura, ela tem que me ouvir.Na moral? Tô muito afim de meter uma bala na cabeça da Rayla, se eu tivesse feito isso na hora que ela chegou no baile me procurando, teria evitando muita dor de cabeça.É início da noite e estamos dando uma geral pelo morro pra ver se tá tudo tranquilo, o turno virou a pouco, eu não faço mais plantão noturno como fazia na época em que eu era vapor, mas eu comando a segurança, então gosto de dar uma circulada, tudo tem que tá no esquema como o Carioca quer. Paramos na pracinha e lá tá a ruiva com os amigos dela, de hoje não passa, vou falar com ela, ela querendo ou não.Fiquei um tempo aqui trocando uma ideia com os parças até que resolvi ir até ela, f*da-se que os amigos dela tão perto, tá cheia de marra, mas vai ter que me ouvir, depois se ela não quiser mais nada comigo, aí eu paro com essa paumolisse e volto pra
Fernanda— Tava? Não tá mais? — ele perguntou me olhando com aquela cara de safado e então nos beijamos.Após alguns minutos de beijo, mordidinhas na boca, no pescoço e mão boba por todas as partes do meu corpo, o clima esquentou ainda mais. Ele tirou o fuzil do peito e a arma da cintura, colocou em cima da mesa, sentou no sofá, me puxou pra cima dele, tirando minha roupa me fazendo cavalgar nele e transamos ali mesmo no sofá, sem nos importarmos com nada.Isso pra ele deve ser muito comum, mas pra mim é muito diferente, o Felipe faz com que eu fique fora de mim e faça essas loucuras que confesso, estou adorando.CariocaEssa minha morena tá terrível ou melhor, tá sensacional. Hoje apareceu de surpresa no escritório da boca, isso aqui não é lugar pra uma princesa como ela, mas foi bom pra caralh* ela chegar assim do nada, os caras tudo babando nela que eu vi, mas ela é minha, todinha minha e já que veio aqui na boca pra me ver, aproveitei e dei um trato nela.Quando conheci, era toda q
Carioca— Felipe não começa não, hein? Eu gosto do meu trabalho e não quero homem me bancando não, já deixei isso claro e...Não deixei ela falar mais.— Tá bom dona marrenta, já entendi! Agora vem aqui, vem! — não deixei ela falar mais e já fui agarrando porque vou ficar dias sem ela, tenho que aproveitar.— Olha, hein? Falei que acordo cedo amanhã. — ela falou passando o nariz no meu enquanto abraçava meu pescoço.— Acordo cedo amanhã também, vou botar logo o pé na pista, nossa noite vai ser de leve... — falei.— De leve, sei...E foi uma noite com algumas rodadas de sex*...Pela manhã cedinho, Japah e eu botamos o carro no asfalto abarrotado de armamento pesado e logo atrás, um carro com os homens que fazem nossa segurança. Toda vez que tenho que ir de uma favela a outra, temos a cobertura do Borges, o policial que eu molho a mão todo mês pra me passar informações e nessas situações, ele avisa onde os fardas estão, que daí pegamos outro caminho. Essa vida é assim, os caras precisam
JapahQue semana complicada essa, na VK tá tudo errado, uma bagunça total, os números não fecham, desde o dia que chegamos estamos revisando tudo, um pente fino total e ao que tudo indica, o frente tá metendo a mão no dinheiro do faturamento, mau sabe ele que vai rodar legal e o Carioca não tem pena de traíra. Mas ele tem paciência, tá comendo pelas beiradas sem o cara perceber, fazendo ele achar que é só uma conferência normal, Carioca vai massacrar ele.A mulherada vem pra cima mesmo, sem cerimônia, não podem ver um bandid*, os chefes então? Ficam loucas, dei um trato numa ou outra, sex* e dinheiro não recuso, mas não curto muito ficar aqui, meu lar é a Penha mesmo. A Dani foi visitar o coroa dela, ele não gosta que ela more em favela e nem sonha que ela se relaciona com traficante, senão é capaz de arrastar ela pra morar de volta na pista, mas fazer o que, a vida tem dessas, não foi planejado, a gente foi se envolvendo aos poucos, nada sério, afinal, eu sou livre e gosto de ser. E
FernandaA noite está muito agradável, o pessoal da loja comentou que nunca tinha vindo neste barzinho e nós todos achamos incrível aqui, a conversa está ótima, muitas risadas, música boa e eu adoro a companhia do Pedro, estar com ele é leve e divertido. O pessoal fez muitas fotos, mas também apagamos várias, pois nós, as meninas, não gostamos de como saímos em algumas.Algum tempo depois, meu celular está vibrando, olho e na tela aparece o nome dele, pelo jeito lembrou da minha existência, até parece que advinha que estou me divertindo. Penso em não atender, mas peço licença para sair da mesa mostrando o celular a todos, para entenderem que é uma ligação, ali com o barulho da música, eu não iria conseguir ouvir nada.Vou até uma área reservada próxima aos banheiros e atendo, mas ele nem me deixou falar. Disse para eu apagar, sei lá o que e disse pra eu ir pra casa e desligou na minha cara.Apagar o que gente? E como ele sabia onde eu estava?Volto irritada pra mesa, ele consegue me
CariocaQuando ela entrou no quarto, eu tinha vontade de quebrar ela toda, mas o que eu sinto por ela não me deixa fazer isso e só de imaginar outro cara tocando nela, eu já viro o bicho e ela também não é fácil, quer exclusividade, isso é novo pra mim, nunca fui de uma mulher só, mas ela mexe pra caralh* comigo, nem eu sei o que tá acontecendo, minha única certeza é que tô fudid*. Ela quis que eu saísse da casa dela e se eu ficasse, talvez fizesse uma bobagem.Assim que saio, vejo o LC vindo na casa da Fernanda, o Japah já deve ter avisado que eu voltei, porque não cuidam da vidas deles nessa porr*?Mas até que foi bom ele estar ali, bolou um baseado pra mim, ficamos conversando um pouco e eu me acalmei, somos amigos desde moleque, ele me conhece muito bem e ajudou a me tranquilizar. Enquanto tô falando com ele, recebi uma mensagem da Fernanda.“Eu posso ir até a sua casa pra gente conversar?”“Conversar o quê?”— respondi bolado, mas gostei dela ter mandado a mensagem.Nesse momento
FernandaDepois da última briga com o Felipe que no final acabou sendo mais uma noite incrível ao lado dele, estamos bem, muito bem eu acho.Ele tinha saído da minha casa na madrugada de sábado para domingo, e já na noite de domingo ele veio de carro me ver, ligou e ficou me aguardando. Fui até lá e ficamos cheios de desejo que nem parecia que estávamos algumas horas antes juntos. Como minha rua é um beco sem saída, quase sem iluminação e o carro dele tem película escura nos vidros, não tivemos problemas em fazer um sex* delicioso e rapidinho ali mesmo, e depois ficamos conversando e trocando carinhos.Combinamos que quando não nos vermos, nos falaremos nem que seja por mensagem, “não tem caô” como ele diz, se um não fizer contato, o outro fará e está dando certo assim.Está sendo uma semana tranquila no trabalho, estou vendendo super bem, acho que quando o coração tá bem, o resto todo está também. Hoje mais um dia chegando em casa depois do trabalho e tive uma surpresa, um lindo buquê
Japah— Decidi ontem aceitar a proposta dele, Eduardo! E quanto a terminar... Terminar o quê? A gente fica de vez em quando, não vai mudar nada, sigo vindo aqui pra gente se ver como eu fazia quando eu vinha nos bailes.— Ah, quando você era de menor e vinha escondida do seu pai né? Porque ele não permitiria, e que papo é esse de ficar de vez em quando? — falei dando um sorriso sarcástico. — Tem o que uns três, quatro anos essa porr*? E você dizendo que a gente fica de vez em quando? Imagina se fosse sempre então... — continuei falando.— Mais de quatro anos e tá, a gente fica muito, fica direto, desde antes de eu mudar pra cá, mas você come todas essas put*s por aí, acha que eu não eu fico sabendo? Eu nunca te cobrei nada porque sabia que você não queria nada sério comigo, mas não tinha como eu não me apegar depois de tantos anos, né? E ultimamente tá muito difícil pra mim, porque a minha vida é de alguém comprometida e a sua é de solteiro. E quer saber? Eu cansei disso, Eduardo, eu g