Reta final do livro 1. Me sigam nas redes sociais e fiquem por dentro das novidades.
ATENÇÃO: Nesse capítulo contém um pouco de tortura.CariocaApós um tempo minha mãe me liga.— Fala mãe! Como tá minha mulher?— A cirurgia correu dentro do esperado, a bala entrou abaixo da costela e não perfurou nenhum órgão vital, ela está na sala do pós cirúrgico agora, na medida do possível está tudo bem. Respiro aliviado.— Mãe... O carinha lá falou algo sobre eu ter que salvar meu filho, mas o Gabriel tá bem e tá em casa.— Então, meu filho! A Fernanda estava grávida...Eu imaginei essa possibilidade depois do que ele disse.— Como assim, estava?Segundos de silêncio.— Era muito no comecinho, Felipe! Muito frágil ainda.Nessa hora, meus olhos encheram de lágrimas e eu baixei o celular com uma mão e com a outra pressionei meus olhos. Não consegui conter a raiva e o choro ao ouvir isso.Segundos depois voltei a falar com minha mãe.— Você está aí ainda, meu filho?— Tô mãe, pode falar!— Então, o médico que operou a Fernanda, me explicou que o projetil não pegou órgãos vitais, e
CariocaO dia está quase amanhecendo e eu tô cansado pra car@lho, vou pra uma das minhas casas, preciso de um banho e de algumas horas de sono. O Gabriel está na casa do Japah com a mulher dele, amanhã eu volto pra Penha e busco ele.Assim que entro no banheiro, me olho no espelho, meu rosto e meus braços sujos de sangue, assim como minha camisa que tiro e jogo no lixo. Aliás, minhas mãos e minha alma sempre serão manchadas de sangue por conta de todas as pessoas que já matei.Fico ali encarando minha imagem durante um tempo e pensando que fiz o que tinha que fazer. Mas e agora?Como ficaria meu relacionamento com a Fernanda?Mais uma vez ela sofreu por minha causa e quem estava lá com ela não era eu.Esse ciúme fodido que eu sinto dela é o que acaba comigo, mesmo numa situação dessas, minha mente viaja pensando que quem tava com ela, era aquele carinha que tá morrendo agora no hospital.E como pode? Num lugar tão grande como no Rio de Janeiro, ele veio viver justamente no meu morro.T
Carioca— Sério? Pô, que notícia boa! Até que enfim parou de enrolar tua mulher, hein? — falei para o Japah e nós dois rimos e nos abraçamos.— Nada disso! Aqui é tudo no esquema, depois de ter um sobrinho eu curti essa ideia de querer um moleque também.— Você vai se amarrar, é a melhor coisa do mundo! Parabéns irmão! — bati nas costas dele.— Valeu! A gente até ia fazer um churrasco pra comemorar e contar a todos, mas com essa parada da Fernanda decidimos que é melhor não!— Minha mente não para de pensar nisso tudo! Ela tá estranha comigo, tô ligado que ela nem volta pro morro.— Dá um tempo pra ela, foi muita coisa que ela passou! A Fernanda é louca por você, segura tua onda.Meu rádio tocou, era o pessoal da contenção avisando que a Fernanda acabou de chegar junto com a mulher do Japah.O Japah, que ouviu a informação, sorriu e falou:— Tá vendo? Para de ser paranoico!Parto voado pra nossa casa e assim que entrei na sala já saio procurando por ela. Fui até o quarto, mas lá ela nã
Fernanda — O quê? — perguntei.— Você ouviu muito bem a pergunta!— É claro que eu ouvi, só não estou acreditando que depois desse s¢xo incrível que a gente fez aqui, você está falando do Mateus, aliás, não estou acreditando que esse tempo todo tinha gente me vigiando. — falei com muita raiva e já fui pegando o lençol e me enrolando, ele cortou totalmente o clima.— Não tenta mudar o foco da conversa não, Fernanda! — ele foi levantando da cama, enquanto eu fiquei sentada.— Você não tem noção das coisas mesmo, né? Já te falei várias vezes, mas vou falar de novo, você é mulher de b@ndido traficante e não do “Zé da couves”, será que nada entra na sua cabeça? Você foi sequestrada, perdeu nosso filho, quase morreu e ainda acha que pode ficar dando voltinhas por aí atrás do seu ex primeiro amor? Fique feliz que eu não tô fazendo nada pior em relação a isso.O que ele falou doeu na minha alma, falou como se eu tivesse culpa do que aconteceu, principalmente com o bebê.— Não fala bobagem, Fe
Fernanda Na manhã do dia 1° de janeiro, acordei tarde, com o sol já alto. O Felipe não estava na cama e eu estranhei isso, então fui até o outro quarto, onde o Gabriel dormiu e também não estava lá, nem ele, nem o Gabriel. Ao pegar o celular para ligar, tinha uma mensagem do Felipe dizendo que ele havia ido caminhar na areia com o Gabriel. Respondi dizendo que ia tomar banho e que logo encontraria com eles lá. Quando estou saindo do banheiro, ainda secando os cabelos com a toalha, escutei uma batida na porta e falei que podia entrar, era a Ângela. Ela estava linda, com um vestido longo, estampado, maquiada levemente e elegante como sempre. Minha sogra é maravilhosa. — Bom dia, minha querida! — ela diz sorridente. — Bom dia, Ângela! Vou para a beira do mar com o Gabriel e o Felipe, vem com a gente? — falei colocando uma saída de banho por cima do biquíni e a convidando, porque eu realmente queria a presença dela conosco. — Claro, vou sim! Mas coloca esse vestido que eu tro
Fernanda — VOCÊ VEIO MESMO MEU AMOR, QUE SAUDADE! Dani gritava vindo em minha direção, assim que desci do ônibus. — Saudades de você também, sua doida que eu amo! Nos abraçamos. Ela perguntou como eu estava em relação a minha mãe, mais uma vez me deu os pêsames, já havia feito isso por telefone quando aconteceu, mas agora o fazia pessoalmente. Logo pegamos um táxi e fomos em direção a casa da Dani no Complexo da Penha, onde seria meu mais novo endereço. Confesso que a ideia ainda me assusta um pouco, pois ouve-se falar tantas coisas sobre esses locais. Dani falava toda eufórica, fazendo planos e me contando várias coisas, de um jeito todo dela que eu adoro e em um certo ponto o taxista parou e eu achei estranho. Dani pagou a corrida, eu quis ajudar mas ela não aceitou. Quando descemos, antes mesmo que eu perguntasse, ela já me explicou que os taxistas não sobem a favela, eles levam os passageiros até certo ponto e depois é preciso subir a pé. Na entrada do complexo haviam vár
CariocaEssa semana tá osso, tô negociando com o Turco a compra de uma nova remessa de armas, as melhores do mercado atualmente, também tá chegando carregamento de drog*s porque sábado é dia de baile e tem que estar bem abastecido, vem muita gente de fora, de vários lugares, inclusive os playboys da pista e as patricinhas que adoram sentar pra bandid*, aí a grana rola solta.A Jéssica tá comendo meu juízo dizendo que não procuro mais ela, ela fica nessa de romancezinho, já falei que é só um pente e rala, ela vem atrás porque quer, sabe muito bem que esse lance de sentimento não é comigo. Ela faz gostoso tudo que eu quero na cama e gosto disso, gosto muito aliás, mas é só isso, uma transa boa e depois ela volta pro apartamento na pista que eu dei e eu sigo aqui, pegando várias, porque eu gosto é de variedade, não sei porque ela se ilude achando que alguma coisa entre nós vai mudar.FernandaSaio do trabalho, pego meu ônibus e desço na parada próxima ao morro, vou subindo e no caminho r
Fernanda— Amiga, não dá moral pra esses caras não, ali não tem nada que preste, só homem, perigoso, agressivo e mulherengo, nenhum que se aproveite, fica esperta, sei bem do que estou falando. — Dani continuou falando.— Eu hein, Dani! Quando foi que bandido fez meu tipo? — no mesmo instante que falei, ela fez um sinal com o dedo e a boca, pelo jeito eu não deveria ter falado isso em voz alta.— Aí tá bom gente, vamos! Mas se estiver ruim, logo eu desço. — Rebeca falou indo em direção à escada.E lá subimos nos quatro e logo já avistei muitas opções de bebidas e até opções de lanches bem gostosos, realmente parecia ser tudo a vontade mesmo. Armas, baseados e mulheres bonitas, também não faltavam ali.CariocaChego no baile e já tá tudo naquele pique, subo pro camarote, pego um copo de whisky com gelo, troco um ideia com meus comandados e eles me passam que tá tudo no esquema pro show do DJ que vai entrar no palco daqui a pouco.Vou até a mureta de ferro, tomando meu whisky e fumando