Antes de julgarmos a Thayla, vamos imaginar como seríamos nós no lugar dela? O quão difícil e doloso seria encontrar o homem que amamos na cama, nu, ao lado de outra mulher, também nua, sendo que ele já tinha cometido outros erros antes?
Thayla Me senti tão burrä e, ao mesmo tempo, tão egoísta e injusta ao ver o exame que comprovava que ele tinha sido dopado pela nojenta da tal Bruna. Eu deixei o ciúme me cegar por conta da minha falta de confiança, permitindo que a raiva me dominasse e afastasse de mim o homem que mais me amou. Mas Gabriel não desistiu. Ele veio de helicóptero do Rio de Janeiro até o Espírito Santo para me mostrar a verdade. Não importaram os riscos, a distância, ou o medo de ser preso. Ele veio. Por mim. Por nós. Se isso não for amor, eu não sei mais o que é. Caso contrário, por que ele viria atrás de mim, correndo risco de ser preso ou coisa pior? Não posso mais tentar me enganar, não posso mais fugir do que sinto. A pousada onde ele se hospedou, certamente com um nome falso, era simples, discreta, perfeita para um homem como ele, que precisava manter-se fora da mira da justiça. Mas nada importava naquele momento, apenas a presença dele. Pelo corredor, Gabriel caminhava me abraçando por tr
MESES DEPOIS...ThierrySaindo do trabalho, meu telefone vibrou no bolso. Peguei o aparelho sem muita pressa, achando que era alguma ligação qualquer, dessas que as operadoras fazem, sempre perturbando, mas, ao ver o nome de Milena na tela, atendi na hora.— Oi, amor — falei, enquanto caminhava pela calçada movimentada. Mas, assim que ela respondeu, minha testa se franziu. Sua voz estava diferente, como se estivesse ofegante, talvez emocionada.— Aconteceu alguma coisa, linda? — perguntei, diminuindo o passo.— Eu ia te contar quando você chegasse aqui, mas… eu estou tão empolgada! — Ela riu nervosa. — Eu passei no teste, Thierry! Eu consegui uma vaga na Universidade da Califórnia! — Milena falava aceleradamente, demonstrando estar muito feliz.Parei, antes de atravessar a rua.— Universidade da Califórnia? — repeti, tentando processar. — Mas… e a faculdade daqui?Passei a mão pela testa, olhando ao redor sem realmente enxergar nada. Milena respirou fundo do outro lado da linha, e sua
Antonela Com meu barrigão enorme, sentada na poltrona do meu quarto, onde tudo está pronto para a chegada do meu filho, mais uma vez encaro o passaporte falso do Alexandre. Já fiz isso tantas vezes ao longo dos meses que já perdi as contas. Passo minha unha, feita no dia anterior, pela foto dele. Tão lindo ele era... Este passaporte é a prova de que foi recíproco. Ele me amava, e eu vou guardar para sempre comigo. — Seria tão incrível seu papai aqui conosco. — Minha mão passeia pela minha barriga, enquanto converso com meu filho, que já tem dado sinais de que quer nascer. Eu senti pequenas contrações há alguns dias, e minha cesariana está marcada para daqui a uma semana. O próprio médico recomendou o procedimento, pois as ecografias mostraram que o bebê é muito grande e eu sou muito pequena. Então, ele achou melhor assim, e eu não me opus. Olho no celular a foto que fiz do mapa no quarto do Alexandre. Essa imagem é outra coisa que guardarei para sempre. Levanto-me e vou até a cô
DOIS DIAS ANTES DO NASCIMENTO DE ALESSANDRO:G4A Thayla, dormindo de bruços, usando somente uma calcinha preta e minúscula enterrada na bunda gostosa e empinada dela, é a minha primeira visão ao acordar do lado dela hoje. Não resisto e parto pra cima naquele pique, não tem como.Beijando seu pescoço, costas e tudo que fosse possível, encaixei minha mão pra massagear seus sëios.— Hum, que delícia acordar assim! — ela diz com voz manhosa e sonolenta.— Se quiser, pode continuar dormindo que o trabalho é por minha conta! — sussurro cheio de tesäo no ouvido dela, que sorri e geme após a primeira estocada forte que dou ao entrar nela de uma única vez.Depois de uma rapidinha sensacional, tomo banho e, antes de sair do quarto, dou um tapa na bunda dela, que ainda está toda preguiçosa na cama.Uma fodä matinal faz o dia começar bem, traz até sorte.— Não vai pra faculdade hoje, não, dona preguicinha? — pergunto depois de um beijo.— Vou sim! Já vou levantar! — ela diz, se espreguiçando.Th
G4 T***s, socos, chutes... A Bruna estava há quase dois dias apanhando como homem, sendo amassada igual vagabundo quando tá na minha mira pra sentença de morte. Estou há muitas horas sem dormir, só descansando poucos minutos e voltando a praticar a tortura, descarregando meu ódio na filha da putä por ter me prejudicado com a Thayla e também pela ousadia de colocar um bagulho na minha bebida. O sangue seco em sua face se mistura com as lágrimas e com as novas feridas que se abrem devido às novas agressões. Pelo que vi, até com costelas quebradas ela tá. Eu bati sem piedade alguma. Sou assim: quando despertam dentro de mim a ira e a fúria que eu prefiro deixar guardada, simplesmente não consigo parar até ver a vida se esvaindo dos olhos da pessoa. Mas ela é petulante pra carälho. Mesmo apanhando muito, já falou várias vezes que o pai dela não vai deixar barato. — Gabriel, me solta enquanto é tempo! Meu pai vai querer retaliação. Você não o conhece, ele não vai deixar assim. Ele tem
NOITE ANTERIOR AO SEQUESTRO DE THAYLA, ANTES DO PAI DE BRUNA LIGAR PARA G4:ThaylaDesde que voltamos do Espírito Santo, Gabriel e eu estamos tendo uma relação muito boa e tranquila, uma paz na qual eu sempre quis, mas jamais pude imaginar que teríamos algum dia.Ele está se mostrando muito disposto a fazer dar certo, e eu também, é claro. Além do sentimento que temos um pelo outro, temos uma química surreal, é algo que eu nunca imaginei viver com alguém. Só em me tocar, ele já me deixa em chamas, e, quando ele não passa as noites comigo, eu fico quase louca. Estamos tão próximos e conectados depois dessa volta, que é como se meu corpo precisasse do dele para se manter vivo. Nem sei se isso é saudável, só sei que é o que acontece, assim como vejo a necessidade que ele tem de estar comigo também.Nosso retorno para o Rio de Janeiro foi simplesmente incrível. Eu nunca tinha viajado de helicóptero, e foi uma experiência incrível, uma emoção à flor da pele, pois as alturas provocam medo e
BrunaEu não tinha nada a perder quando coloquei o boa-noite Cinderela na bebida do Gabriel e, já que ele não queria ficar comigo, com aquela pobretona, ele também não ficaria.A gente ia ter um filho, cara... Mas parece que ele esqueceu tudo o que vivemos...No dia em que fui na boca falar com ele e contar sobre o filho que saí carregando em meu ventre quando fui embora do Brasil, eu esperava, pelo menos, que ele demonstrasse algum interesse. Mas não, ele sequer fez algum questionamento, não quis saber nenhum detalhe, nada; muito pelo contrário, ele, inclusive, duvidou que eu realmente estivesse esperando um filho dele.Gabriel me desprezou, me tratou com indiferença e eu saí daquela favela arrasada, humilhada, me sentindo um lixo, e tudo por causa daquela sonsa pobretona com quem ele está se relacionando. Ela é só mais uma entre tantas que ele já teve, e sei que não vai durar muito; e, quando essa historinha acabar, eu volto com tudo.Então, retornei lá decidida a acabar com o conto
ANTES DE BRUNA IR PARA A ARGENTINA:BrunaMeu pai fica com o olhar perdido, como se estivesse viajando no tempo antes de me responder.— É... digamos que eram pessoas da minha família. Mas eu só preciso que você entenda que esse Carioca é um homem muito perigoso, e toda a família dele também é. Preciso que você fique longe deles, entendeu Bruna?Quem da família dele teria sido morto pelo Carioca? Um irmão, um tio, seu pai talvez?Ele falava de um jeito muito estranho e aquilo estava me dando medo.Eu nunca soube nada da família do meu pai, o que sempre me fez praticamente ter certeza de que ele se metia em negócios ilícitos. — E agora você decidiu abrir mão dessa vingança? — pergunto, cautelosa.— Jamais! — Sua resposta foi repleta de ódio. — Eles não perdem por esperar, eles vão pagar! A família do Turco anseia por vingança há quase 20 anos e eu há mais tempo que isso. Todos os planos que eu e outras pessoas tentamos, falharam. Mas, dessa vez, não falhará.— O que você pretende faze