Adentrou seu apartamento sentindo o coração bater forte contra o peito, aquela dor não suavizou nem mesmo um segundo, machucando-o da pior forma, como se fosse uma tortura, e que não deixava de ser. Dês que conheceu Emelly, ele tranquilizava-se sobre o corpo dela, dava-lhe uma dose de tranquilizante apenas com um sorriso terno, íntimo, brincalhão, inocente, puro. Aquilo doía até em pensamentos. Deitou no sofá e olhou para o teto, até o seu sofá tinha uma o cheiro dela, e isso o irritava. Irritava ao ponto de querer jogar tudo para o alto e sequestrá-la, certo de que isso só pioraria as coisas. Mas ele não tinha como evitar tais pensamentos, sentia falta de Emelly, e seria um estúpido sem coração se não sentisse.Nicolas não era aquele pegador nato de todos os tempos, mas quando ele saia à procura de uma mulher, era inegável sua beleza exorbitante sob o olhar das interessadas, bonito, rico, e a fim de uma companhia, era rápido achar uma. Satisfazia seu carne, sem emoção, sem amor, sem
— A carta da Academia Premium chegou. – Comemorou Vanessa, animada.— Nossa! Abra Emelly, veja se você passou – Raissa também se animou. E pegou seu celular deixando-o em cima da mesa, ligaria para sua casa para saber se tinha chegado a sua também.Emelly ficou olhando para aquele pedaço de papel. As lembranças daquele dia invadiram sua cabeça. Tudo parecia às mil maravilhas: tinha sido acordada por Raissa e sua bela dose de café, estado ao lado da sua mãe enquanto ia para a Academia. Fez uma das melhores apresentações de sua vida, e logo após, Nicolas apareceu, e nunca mais teve paz. A rosada afastou a carta para o lado e pegou uma xícara enchendo-a de café. Raissa abaixou as mãos cruzadas enquanto Vanessa engoliu a seco.— Não vai abrir para saber se passou ou não? – Mario perguntou. Emelly riu de canto e virou-se para ele.— Será que você não sabe que eu sou uma Parsos? – Emelly botou a xícara de volta na mesa com mais força do que precisava. — Não preciso abrir para saber que pass
— Raissa está com ela. – Rafael disse sentando-se à frente do melhor amigo que agora, procurava alguma coisa entre os livros — Ela está pensando em você.— Claro que está – comentou dando de ombros. Emelly era sim importante para ele, mas naquele momento, ele só conseguia pensar em sua liberdade. Estava pesquisando mais sobre o seu caso, leu todos os documentos que tinham o conteúdo de seu processo e o das empresas. Guilherme tinha voltado para lhe ajudar, e trazido seu advogado para ajudar em alguma coisa.— Mario irá pagar uma quantia muito grande de multa por quebrar os contratos. – Guilherme dizia enquanto andava pela sala de um lado para o outro. — Em todos os pontos, Nicolas, quem vai sair perdendo, são eles.— Isso – o advogado confirmou com um sorriso triunfante. Nicolas deu um meio sorriso e passou a mão na cabeça logo se deitando no chão onde estava sentado. — Mais alguma coisa?— A gente está esquecendo uma coisa muito importante. – Nicolas sentou outra vez e pegou o jornal
Duas Semanas Depois:Nicolas não estava lá tão feliz com o que acontecia, mas fingir que não se encontrava alegre por saber que tudo aquilo não passava de um pequeno contratempo para voltar a sua posição, lhe confortava. As pessoas presentes pareciam mais curiosas que o normal. Mario havia permitido que a imprensa fizesse uma análise ao vivo do julgamento, achava ele que sairia ganhando, além de que, envergonhar todos os Santinelli, essa seria sua vingança, e dessa forma, mostraria a todos o que aconteceria se outro chegasse perto de sua família.Como melhor amigo e uma das testemunhas, Rafael estava ali ao seu lado, agradeceu por isso. Rafael, apesar de ter seus defeitos, ser escandaloso e idiota às vezes, era o melhor amigo que qualquer pessoa sonha em ter. Os olhos azuis rapidamente capturaram Raissa quando a mesma chegou à sala que aconteceria o julgamento, estava vestida para a ocasião, com um preto até os joelhos e saltos, formal demais, mas ainda assim, perfeita aos seus olhos,
Vanessa levantou ajeitando o cachecol em seu pescoço respirou fundo antes de andar até onde seu marido estava sentando. O promotor repetiu o juramento e ela concordou. — Bom dia, senhora Parsos – Guilherme cumprimentou a mulher com um sorriso no rosto — percebo o quanto é bela. Emelly tem a quem puxar. – riu — O que você tem a dizer sobre o que houve com sua filha? — Foi algo terrível, minha garotinha foi... É horrível. Exijo que o culpado seja preso. – Olhou para Nicolas. — Sua garotinha pequena frequenta boates altas horas da noite, porque não a impediu? – Vanessa encarou Emelly, agora ficando mais séria — Que tipo de pais libera sua filha para uma boate a meia noite? Para ser visada e tocada por seres desconhecidos, ficando a mercê de qualquer e até mesmo alguém em que ela podia confiar e se deixar levar? Anotação três: Vanessa e Mario desconheciam de suas idas a boates nas altas horas da noite. — Eu não sabia que ela frequentava boates. — E porque não? Você é a mãe dela, e el
A mulher levantou ao lado de Emelly, deu um sorriso para a amiga e foi até a mesma cadeira, sentou e sorriu para Nicolas. Miguel estreitou os olhos quando ela riu para Nicolas e depois para Rafael, e encarou o promotor — Está é Raissa Cabral, testemunha de defesa. – Anunciou e deixou tudo para Guilherme.Depois de fazer o juramento, ela se ajeitou e olhou fixamente para o advogado.— Há quanto tempo você conhece Emelly Fernandes Parsos?— Desde os dez anos.— Seus pais sabem de sua amizade?— Sim. Emelly me visitava todos os dias depois da escola. – Falou sério.— Quem teve a ideia de mudar para um apartamento?— Eu disse que ia morar sozinha, tive problemas com o meu pai e desejei isso. Contei para Emelly, ela perguntou se podia ir comigo, e eu disse que sim.— Por quê? – Raissa riu achando graça das perguntas de Guilherme.— A Emelly vivia um inferno em sua casa. Os pais dela a ignorava completamente. Por que você acha que ela preferiu morar no apartamento pequeno com mais duas pess
O loiro levantou de trás de Nicolas, andou quase se borrando de medo, mas não por esta fazendo alguma coisa errada, e sim porque não queria ver seu melhor amigo encrencado. O promotor fez o juramento e se sentou no seu lugar, deixando a testemunha aos cuidados de Guilherme Santinelli.Sorrindo, Guilherme parou na frente de Rafael, o conhecia há tanto tempo e não esperava está fazendo aquilo com um grande amigo da família, quase como um irmão.— Já sabemos que foi você que levou Nicolas Santinelli até a boate onde ele viu Emelly pela primeira vez.— Nem ousaria discordar – Se ajeitou na cadeira. — Nicolas antes de conhecer sua donzela não saia do escritório para nada. Do trabalho para casa e de casa para o trabalho. Eu o fiz mudar de ares, quero dizer, eu o convidei pra sair e o arrastei para meu carro, cheguei à boate sem ele saber e só pra deixar claro, ele odiou aquilo.— Tenho certeza que sim.— Nicolas não é aquele tipo de homem que vive em farras. Tive que pedir com muito carinho
— Emelly Fernandes Parsos, por favor... – O promotor a chamou com um sorriso acalentador, o que não passou despercebido por Nicolas que cobriu os lábios para não xingar aquele homem. — Seja bem-vinda. Pode se sentar? – Ela obedeceu e ele começou o juramento, Emelly, assim como o Santinelli a sua frente, o ignorou por alguns segundos enquanto estava de mão levantada. Respirou fundo e molhou os lábios antes de encontrar o olhar dele. — Emelly Parsos, a vítima. Está com a palavra, senhorita Parsos.— Obrigada! – Guilherme parou na frente dela, e o advogado de Mario mais atrás.— Quando você viu Nicolas pela primeira vez, ele apresentou-lhe alguma ameaça?— Não. Apenas me ajudou. Muito.— Porque aceitou sair com ele? – O Advogado da sua família perguntou. Guilherme olhou para ele.— Nicolas era um homem diferente de todos os outros que me ajudou com Fernando. Eu estava interessada, e acredite ou não, meu maior desejo era me jogar nos braços dele quando o vi pela segunda vez. – Emelly nem