Guilherme ouviu toda a barulheira, se aproximou da porta e a única coisa que ouviu foi Nicolas gritar pela garota. Chorar e mais coisas quebrando. Ele se afastou. Resolveu nem ao menos se meter naquele momento. Por mais adulto que fosse, Nicolas estava processando somente agora o que estava acontecendo, entendo a burrada que tinha feito, e certamente, destruiria tudo que tivesse haver com Emelly naquele quarto. Doeu-lhe ouvir seu irmão chorar. Nunca o tinha visto daquela forma antes.Caminhou até a cozinha e pegou seu celular, precisava falar com sua esposa, e ligou para ela rapidamente, depois de alguns segundos ela atendeu.— Como você está? – Perguntou preocupada — Liguei para sua secretária e ela disse que você havia voltado, por um motivo importante. Tentei te ligar, mas... Você não atendeu.— Aconteceu uma coisa muito grave com meu irmão. Tive que vir. Estava apressado demais, me desculpa.— Tudo bem meu amor. E seu irmão, o que houve?— Sabe a mulher que Nicolas falou na mesa d
Quando abriu os olhos naquela manhã, ela sabia que tudo que planejou na sua vida, tinha dado errado. Afinal, não esperava dormir no banco de um carro antigo a acordar bela e cheia de dor. Sentou no banco olhando ao redor, não fazia ideia de onde estava indo, mas sabia que iria ficar bem, uma vez que estivesse com Emanuel.— Bom dia – Ele disse, e passou-lhe uma sacola, Nicolly recebeu e abriu a mesma, encontrando café e alguns pães de queijo que gostava — Estamos chegando à estrada que pegaremos o avião. E você não tem mais celular –Nicolly estreitou os olhos.— O que você fez?— Sua mãe não parava de ligar, então, simplesmente, eu o joguei pela janela – ela riu e passou para o banco da frente do passageiro.— Ela deve está morrendo de raiva. Disso eu não tenho duvidas. – Falou, e Emanuel a encarou por alguns segundos.— Você está arrependida de ter vindo comigo? – Nicolly negou com a cabeça rapidamente — Assim, porque você tem até o avião decolar para desistir e voltar para sua casa.
Nicolas olhou em volta, não era aconselhado ele está ali, sentando, bebendo. Não naquele lugar, mas fazer o que? Ele bebeu todo o liquido no copo e pediu mais um. O homem apenas fitou o cliente com pena. As mulheres sempre estavam ao seu redor, e hoje, não podia ser diferente. Claro que ele também já tinha perdido a conta de quantas tinha mandado pastar. E ainda assim, apareciam mais.Nenhuma delas o encantava, nenhuma daquelas mulheres era tão bonita quanto a sua. E claro, nenhuma delas, o faria esquecer-se de Emelly. Pagou sua divida rapidamente e foi embora. Não aguentava mais ficar ali, naquela boate que só lhe trazia lembranças. Entrou no carro e olhou-se no retrovisor. Seus olhos estavam vermelhos, e seu rosto meio abatido. Claro, estava a duas noites sem dormir, e nem sinal do sono. Continuou se olhando até um ponto cor de rosa chamar sua atenção, Nicolas voltou-se para trás, vendo o delicado cachecol de Emelly, o mesmo que ela usara no jantar a uns dias atrás. Nicolas o pegou,
— Nicolas, você quer arrumar confusão de vez? – Raissa explodiu indo em direção à porta e fechou, ficando encostada na mesma. — Você sabe que é um perigo vir até aqui.— Não me importo – Foi o que disse. Parou em frente à cama de Emelly, que apenas o encarava com um sorriso fraco nos lábios, abaixava a cabeça algumas vezes, e depois a erguia — Me dê cinco minutos?— Nicolas – Raissa sussurrou. Ela sabia que a presença de Nicolas naquele lugar causaria uma tremenda briga entre os Parsos e sua família. — Por favor, não demore.— Vai – Emelly pediu agora, com um sorriso nos lábios, mas deixando transparecer sua tristeza. Raissa ofegou, e saiu do quarto, ficando no corredor, esperaria que Nicolas saísse logo para entrar novamente. E claro, começou a rezar para que ninguém daquela família resolvesse aparecer. — Nicolas... – Emelly começou e abaixou a cabeça novamente — Que bom que você está aqui.— Não posso dizer o mesmo pra você – Emelly confirmou, e levantou a cabeça — Se sente bem?— N
Emy deixou o jornal em cima no banco do carro ao entrar no mesmo, não deixaria que aquela família acusasse Nicolas naquela forma. Claro que não. O defenderia, pois sabia a verdade, e contaria ela para qualquer um que falasse mal de Nicolas perto de si. Esperou ansiosamente pela manhã naquele dia, e mal se deu conta do que ocorria ao seu redor. Chegou à mansão Parsos exatamente às nove horas da manhã, podia ela está atrapalhando alguém, ou acordando a família, mas pouco ligava para isso agora.Além de saber toda a verdade por trás do que estava estampado em todas as revistas, jornais e sites de fofoca, ela presenciou os poucos momentos em que Nicolas exalava uma postura mais humana. Quis chorar ao ter que concordar, e até mesmo aceitar, que Nicolas estaria mais feliz com a mulher que escondia de todos. Percebeu que Nicolas estava amando quando o via sorrir, quando foi mais gentil com as pessoas, e até mesmo, quando ele lhe disse isso com todas as palavras quando estavam no Brasil.Limp
Emelly acordou mais calma, pois antes de dormir ela ainda teve o desprazer de ter que ouvir de seu pai o paradeiro do Santinelli, e ainda teve que ouvir que nunca mais o veria a não ser no tribunal. Não sabia mais como explicar ao seu pai sobre Nicolas e o que ele tinha feito, não tinha mais palavras para expressar, para definir de vez e convencer seu pai a qualquer coisa. Abriu os olhos sentindo seu corpo um pouco mais dolorido que o normal, avistou rapidamente Raissa de um lado e sua mão caminhando de um lado para o outro, Raissa foi a primeira a vê-la de olhos abertos, se afobou tanto a perguntar se estava bem que chamou atenção de Vanessa, que logo correu até sua filha.Infelizmente para Vanessa, as palavras de Emy não saiam de sua cabeça. Talvez, apenas talvez, ela estivesse certa, além de quê, Emelly também estava diferente em seu comportamento e não podia negar isso. Mas também, enquanto pensava nessa possibilidade, lembrou-se da tarde em que ela chegou atrasada, e completament
Raissa caminhou pelo hospital sem rumo quando saiu do quarto de Emelly. Queria muito ter alguém para abraçá-la e até mesmo dizer a ela que estava tudo bem. Mas ao invés disso, estava sozinha. Sentia-se abandonada por todos os lados em que olhava. Emelly estava absorvida completamente em seu relacionamento com todas as pessoas ao seu redor, Nicolas, pai e mãe.Nicolly tinha sumido, não atendia suas ligações e nem se quer ligou para saber como Emelly estava. Não voltou ao apartamento que dividia com as amigas justamente porque não estava a fim de pisar naquele lugar sem pensar em tudo que viveu em tudo que passou enquanto morava ali. E ainda tinha mais uma coisinha que estava a perturbando mais do que qualquer coisa. Isso mesmo, Rafael. Parou em um corredor deserto, e se se encostou à parede, procurou por seu celular e voltou a ler as mensagens em busca de alguma de Rafael, mas ele realmente não tinha lhe mandado nada.Olhou para frente fitando um quadro. Resmungou fechando os olhos. Ra
— Alô? Até que fim – Raissa percebeu sua felicidade, quis ri enquanto cruzava os braços ainda caminhando pelo corredor.— Que bom que ainda lembra-se de mim.— Acha que eu me esqueceria da mulher da minha vida? – Raissa soltou uma risada que o outro amou ouvir — Estou em frente ao hospital. Acho que adivinhei que voltaria para mim hoje mesmo.— Quem disse que voltei para você? – Rafael riu — Ok. Voltei a ligar porque você sabe que eu te amo, e você tem razão, mas me sinto culpada, e uma péssima amiga por continuar nosso relacionamento, sem que eles possam também.— Você está vendo o sofrimento deles dois? – Raissa revirou os olhos — Quer ficar como ela? Quer me deixar como Nicolas? Que acabou de chegar em casa e simplesmente se agarrou a uma garrafa de Uísque e está bebendo? Isso é uma decisão sua e está tudo bem.— Acho que faria o mesmo no lugar dele – Raissa brincou. — Vá para a porta dos fundos, têm repórteres em todos os lugares desse hospital, disfarçados ou não. E a gente mal s