Emy deixou o jornal em cima no banco do carro ao entrar no mesmo, não deixaria que aquela família acusasse Nicolas naquela forma. Claro que não. O defenderia, pois sabia a verdade, e contaria ela para qualquer um que falasse mal de Nicolas perto de si. Esperou ansiosamente pela manhã naquele dia, e mal se deu conta do que ocorria ao seu redor. Chegou à mansão Parsos exatamente às nove horas da manhã, podia ela está atrapalhando alguém, ou acordando a família, mas pouco ligava para isso agora.Além de saber toda a verdade por trás do que estava estampado em todas as revistas, jornais e sites de fofoca, ela presenciou os poucos momentos em que Nicolas exalava uma postura mais humana. Quis chorar ao ter que concordar, e até mesmo aceitar, que Nicolas estaria mais feliz com a mulher que escondia de todos. Percebeu que Nicolas estava amando quando o via sorrir, quando foi mais gentil com as pessoas, e até mesmo, quando ele lhe disse isso com todas as palavras quando estavam no Brasil.Limp
Emelly acordou mais calma, pois antes de dormir ela ainda teve o desprazer de ter que ouvir de seu pai o paradeiro do Santinelli, e ainda teve que ouvir que nunca mais o veria a não ser no tribunal. Não sabia mais como explicar ao seu pai sobre Nicolas e o que ele tinha feito, não tinha mais palavras para expressar, para definir de vez e convencer seu pai a qualquer coisa. Abriu os olhos sentindo seu corpo um pouco mais dolorido que o normal, avistou rapidamente Raissa de um lado e sua mão caminhando de um lado para o outro, Raissa foi a primeira a vê-la de olhos abertos, se afobou tanto a perguntar se estava bem que chamou atenção de Vanessa, que logo correu até sua filha.Infelizmente para Vanessa, as palavras de Emy não saiam de sua cabeça. Talvez, apenas talvez, ela estivesse certa, além de quê, Emelly também estava diferente em seu comportamento e não podia negar isso. Mas também, enquanto pensava nessa possibilidade, lembrou-se da tarde em que ela chegou atrasada, e completament
Raissa caminhou pelo hospital sem rumo quando saiu do quarto de Emelly. Queria muito ter alguém para abraçá-la e até mesmo dizer a ela que estava tudo bem. Mas ao invés disso, estava sozinha. Sentia-se abandonada por todos os lados em que olhava. Emelly estava absorvida completamente em seu relacionamento com todas as pessoas ao seu redor, Nicolas, pai e mãe.Nicolly tinha sumido, não atendia suas ligações e nem se quer ligou para saber como Emelly estava. Não voltou ao apartamento que dividia com as amigas justamente porque não estava a fim de pisar naquele lugar sem pensar em tudo que viveu em tudo que passou enquanto morava ali. E ainda tinha mais uma coisinha que estava a perturbando mais do que qualquer coisa. Isso mesmo, Rafael. Parou em um corredor deserto, e se se encostou à parede, procurou por seu celular e voltou a ler as mensagens em busca de alguma de Rafael, mas ele realmente não tinha lhe mandado nada.Olhou para frente fitando um quadro. Resmungou fechando os olhos. Ra
— Alô? Até que fim – Raissa percebeu sua felicidade, quis ri enquanto cruzava os braços ainda caminhando pelo corredor.— Que bom que ainda lembra-se de mim.— Acha que eu me esqueceria da mulher da minha vida? – Raissa soltou uma risada que o outro amou ouvir — Estou em frente ao hospital. Acho que adivinhei que voltaria para mim hoje mesmo.— Quem disse que voltei para você? – Rafael riu — Ok. Voltei a ligar porque você sabe que eu te amo, e você tem razão, mas me sinto culpada, e uma péssima amiga por continuar nosso relacionamento, sem que eles possam também.— Você está vendo o sofrimento deles dois? – Raissa revirou os olhos — Quer ficar como ela? Quer me deixar como Nicolas? Que acabou de chegar em casa e simplesmente se agarrou a uma garrafa de Uísque e está bebendo? Isso é uma decisão sua e está tudo bem.— Acho que faria o mesmo no lugar dele – Raissa brincou. — Vá para a porta dos fundos, têm repórteres em todos os lugares desse hospital, disfarçados ou não. E a gente mal s
— Hã? – Raissa se afastou, deu alguns passos para trás — Você ficou louca?— Louca? Louca estava sua mãe quando seduziu o meu noivo e acabou engravidando de você. – Raissa apenas arregalou os olhos, sem entender. — Isso mesmo, sua mãe é uma vadia que se esconde debaixo daquela gentileza toda – Raissa se aproximou, com raiva.— Não abra sua boca para falar da minha mãe. Você não a conhece.— Eu a conheço muito bem, e o tipo de pessoa que ela é também, uma mulherzinha sem escrúpulos que não respeitou nem mesmo um homem compromissado, uma vadi... – Nem ao menos terminou a frase.Raissa deu um passo para trás sem saber se arrependia de ter agredido alguém, ou se corria por ter batido numa mulher que considerava uma tremenda bruxa, mas que mereceu. Ninguém jamais abriria a boca para falar mal de sua mãe e ficaria impune.— Você me bateu?— Nunca mais fale mal da minha mãe. – Disse mais séria. Imari ficou reta novamente.— E devo falar de quem? De você? Então vamos, sei que você é igualzinh
Raissa parou logo atrás, sem saber o que pensar ao ver aquele louco parado na sala, o que diabos Nicolas estava fazendo ali? Mario estava a sua frente e Vanessa logo atrás calada. Emelly abriu um sorriso enorme e correu escada abaixo, até alcançá-lo, passou por seu pai que tentou segurá-la mais foi em vão.Parou diante de Nicolas que apenas a fitou. Não conseguia tirar o olhar do dela, tão bonito, cheio de vida, mas com um brilho de tristeza ele via. Não pensou muito ao sentir os braços dela ao redor de sua cintura, aquele aperto que tanto gostava. Segurou seus braços onde estavam e não a tocou, talvez ele não conseguisse agir com a cabeça no lugar depois. Ele sabia que ela chorava e aquilo lhe doía o coração.— Solte-a agora mesmo – Mandou Mario, Nicolas ao olhou indicando seus braços. — O solte. Você não tem permissão para descer, suba novamente.— Você tá bem? – Ela perguntou afastando-se somente o suficiente para vê-lo. Nicolas abaixou a cabeça, dando um sorriso de canto. — Claro
Adentrou seu apartamento sentindo o coração bater forte contra o peito, aquela dor não suavizou nem mesmo um segundo, machucando-o da pior forma, como se fosse uma tortura, e que não deixava de ser. Dês que conheceu Emelly, ele tranquilizava-se sobre o corpo dela, dava-lhe uma dose de tranquilizante apenas com um sorriso terno, íntimo, brincalhão, inocente, puro. Aquilo doía até em pensamentos. Deitou no sofá e olhou para o teto, até o seu sofá tinha uma o cheiro dela, e isso o irritava. Irritava ao ponto de querer jogar tudo para o alto e sequestrá-la, certo de que isso só pioraria as coisas. Mas ele não tinha como evitar tais pensamentos, sentia falta de Emelly, e seria um estúpido sem coração se não sentisse.Nicolas não era aquele pegador nato de todos os tempos, mas quando ele saia à procura de uma mulher, era inegável sua beleza exorbitante sob o olhar das interessadas, bonito, rico, e a fim de uma companhia, era rápido achar uma. Satisfazia seu carne, sem emoção, sem amor, sem
— A carta da Academia Premium chegou. – Comemorou Vanessa, animada.— Nossa! Abra Emelly, veja se você passou – Raissa também se animou. E pegou seu celular deixando-o em cima da mesa, ligaria para sua casa para saber se tinha chegado a sua também.Emelly ficou olhando para aquele pedaço de papel. As lembranças daquele dia invadiram sua cabeça. Tudo parecia às mil maravilhas: tinha sido acordada por Raissa e sua bela dose de café, estado ao lado da sua mãe enquanto ia para a Academia. Fez uma das melhores apresentações de sua vida, e logo após, Nicolas apareceu, e nunca mais teve paz. A rosada afastou a carta para o lado e pegou uma xícara enchendo-a de café. Raissa abaixou as mãos cruzadas enquanto Vanessa engoliu a seco.— Não vai abrir para saber se passou ou não? – Mario perguntou. Emelly riu de canto e virou-se para ele.— Será que você não sabe que eu sou uma Parsos? – Emelly botou a xícara de volta na mesa com mais força do que precisava. — Não preciso abrir para saber que pass