— Alô? Até que fim – Raissa percebeu sua felicidade, quis ri enquanto cruzava os braços ainda caminhando pelo corredor.— Que bom que ainda lembra-se de mim.— Acha que eu me esqueceria da mulher da minha vida? – Raissa soltou uma risada que o outro amou ouvir — Estou em frente ao hospital. Acho que adivinhei que voltaria para mim hoje mesmo.— Quem disse que voltei para você? – Rafael riu — Ok. Voltei a ligar porque você sabe que eu te amo, e você tem razão, mas me sinto culpada, e uma péssima amiga por continuar nosso relacionamento, sem que eles possam também.— Você está vendo o sofrimento deles dois? – Raissa revirou os olhos — Quer ficar como ela? Quer me deixar como Nicolas? Que acabou de chegar em casa e simplesmente se agarrou a uma garrafa de Uísque e está bebendo? Isso é uma decisão sua e está tudo bem.— Acho que faria o mesmo no lugar dele – Raissa brincou. — Vá para a porta dos fundos, têm repórteres em todos os lugares desse hospital, disfarçados ou não. E a gente mal s
— Hã? – Raissa se afastou, deu alguns passos para trás — Você ficou louca?— Louca? Louca estava sua mãe quando seduziu o meu noivo e acabou engravidando de você. – Raissa apenas arregalou os olhos, sem entender. — Isso mesmo, sua mãe é uma vadia que se esconde debaixo daquela gentileza toda – Raissa se aproximou, com raiva.— Não abra sua boca para falar da minha mãe. Você não a conhece.— Eu a conheço muito bem, e o tipo de pessoa que ela é também, uma mulherzinha sem escrúpulos que não respeitou nem mesmo um homem compromissado, uma vadi... – Nem ao menos terminou a frase.Raissa deu um passo para trás sem saber se arrependia de ter agredido alguém, ou se corria por ter batido numa mulher que considerava uma tremenda bruxa, mas que mereceu. Ninguém jamais abriria a boca para falar mal de sua mãe e ficaria impune.— Você me bateu?— Nunca mais fale mal da minha mãe. – Disse mais séria. Imari ficou reta novamente.— E devo falar de quem? De você? Então vamos, sei que você é igualzinh
Raissa parou logo atrás, sem saber o que pensar ao ver aquele louco parado na sala, o que diabos Nicolas estava fazendo ali? Mario estava a sua frente e Vanessa logo atrás calada. Emelly abriu um sorriso enorme e correu escada abaixo, até alcançá-lo, passou por seu pai que tentou segurá-la mais foi em vão.Parou diante de Nicolas que apenas a fitou. Não conseguia tirar o olhar do dela, tão bonito, cheio de vida, mas com um brilho de tristeza ele via. Não pensou muito ao sentir os braços dela ao redor de sua cintura, aquele aperto que tanto gostava. Segurou seus braços onde estavam e não a tocou, talvez ele não conseguisse agir com a cabeça no lugar depois. Ele sabia que ela chorava e aquilo lhe doía o coração.— Solte-a agora mesmo – Mandou Mario, Nicolas ao olhou indicando seus braços. — O solte. Você não tem permissão para descer, suba novamente.— Você tá bem? – Ela perguntou afastando-se somente o suficiente para vê-lo. Nicolas abaixou a cabeça, dando um sorriso de canto. — Claro
Adentrou seu apartamento sentindo o coração bater forte contra o peito, aquela dor não suavizou nem mesmo um segundo, machucando-o da pior forma, como se fosse uma tortura, e que não deixava de ser. Dês que conheceu Emelly, ele tranquilizava-se sobre o corpo dela, dava-lhe uma dose de tranquilizante apenas com um sorriso terno, íntimo, brincalhão, inocente, puro. Aquilo doía até em pensamentos. Deitou no sofá e olhou para o teto, até o seu sofá tinha uma o cheiro dela, e isso o irritava. Irritava ao ponto de querer jogar tudo para o alto e sequestrá-la, certo de que isso só pioraria as coisas. Mas ele não tinha como evitar tais pensamentos, sentia falta de Emelly, e seria um estúpido sem coração se não sentisse.Nicolas não era aquele pegador nato de todos os tempos, mas quando ele saia à procura de uma mulher, era inegável sua beleza exorbitante sob o olhar das interessadas, bonito, rico, e a fim de uma companhia, era rápido achar uma. Satisfazia seu carne, sem emoção, sem amor, sem
— A carta da Academia Premium chegou. – Comemorou Vanessa, animada.— Nossa! Abra Emelly, veja se você passou – Raissa também se animou. E pegou seu celular deixando-o em cima da mesa, ligaria para sua casa para saber se tinha chegado a sua também.Emelly ficou olhando para aquele pedaço de papel. As lembranças daquele dia invadiram sua cabeça. Tudo parecia às mil maravilhas: tinha sido acordada por Raissa e sua bela dose de café, estado ao lado da sua mãe enquanto ia para a Academia. Fez uma das melhores apresentações de sua vida, e logo após, Nicolas apareceu, e nunca mais teve paz. A rosada afastou a carta para o lado e pegou uma xícara enchendo-a de café. Raissa abaixou as mãos cruzadas enquanto Vanessa engoliu a seco.— Não vai abrir para saber se passou ou não? – Mario perguntou. Emelly riu de canto e virou-se para ele.— Será que você não sabe que eu sou uma Parsos? – Emelly botou a xícara de volta na mesa com mais força do que precisava. — Não preciso abrir para saber que pass
— Raissa está com ela. – Rafael disse sentando-se à frente do melhor amigo que agora, procurava alguma coisa entre os livros — Ela está pensando em você.— Claro que está – comentou dando de ombros. Emelly era sim importante para ele, mas naquele momento, ele só conseguia pensar em sua liberdade. Estava pesquisando mais sobre o seu caso, leu todos os documentos que tinham o conteúdo de seu processo e o das empresas. Guilherme tinha voltado para lhe ajudar, e trazido seu advogado para ajudar em alguma coisa.— Mario irá pagar uma quantia muito grande de multa por quebrar os contratos. – Guilherme dizia enquanto andava pela sala de um lado para o outro. — Em todos os pontos, Nicolas, quem vai sair perdendo, são eles.— Isso – o advogado confirmou com um sorriso triunfante. Nicolas deu um meio sorriso e passou a mão na cabeça logo se deitando no chão onde estava sentado. — Mais alguma coisa?— A gente está esquecendo uma coisa muito importante. – Nicolas sentou outra vez e pegou o jornal
Duas Semanas Depois:Nicolas não estava lá tão feliz com o que acontecia, mas fingir que não se encontrava alegre por saber que tudo aquilo não passava de um pequeno contratempo para voltar a sua posição, lhe confortava. As pessoas presentes pareciam mais curiosas que o normal. Mario havia permitido que a imprensa fizesse uma análise ao vivo do julgamento, achava ele que sairia ganhando, além de que, envergonhar todos os Santinelli, essa seria sua vingança, e dessa forma, mostraria a todos o que aconteceria se outro chegasse perto de sua família.Como melhor amigo e uma das testemunhas, Rafael estava ali ao seu lado, agradeceu por isso. Rafael, apesar de ter seus defeitos, ser escandaloso e idiota às vezes, era o melhor amigo que qualquer pessoa sonha em ter. Os olhos azuis rapidamente capturaram Raissa quando a mesma chegou à sala que aconteceria o julgamento, estava vestida para a ocasião, com um preto até os joelhos e saltos, formal demais, mas ainda assim, perfeita aos seus olhos,
Vanessa levantou ajeitando o cachecol em seu pescoço respirou fundo antes de andar até onde seu marido estava sentando. O promotor repetiu o juramento e ela concordou. — Bom dia, senhora Parsos – Guilherme cumprimentou a mulher com um sorriso no rosto — percebo o quanto é bela. Emelly tem a quem puxar. – riu — O que você tem a dizer sobre o que houve com sua filha? — Foi algo terrível, minha garotinha foi... É horrível. Exijo que o culpado seja preso. – Olhou para Nicolas. — Sua garotinha pequena frequenta boates altas horas da noite, porque não a impediu? – Vanessa encarou Emelly, agora ficando mais séria — Que tipo de pais libera sua filha para uma boate a meia noite? Para ser visada e tocada por seres desconhecidos, ficando a mercê de qualquer e até mesmo alguém em que ela podia confiar e se deixar levar? Anotação três: Vanessa e Mario desconheciam de suas idas a boates nas altas horas da noite. — Eu não sabia que ela frequentava boates. — E porque não? Você é a mãe dela, e el