Insignificantes e vazias

Saindo da sala de arquivo carregando as pastas de um processo, Guilherme caminhava em direção à sua sala, lendo por alto um dos arquivos. O dia estava intenso, e ele só desejava um pouco de paz para organizar os contratos que precisavam de sua revisão antes de voltar para casa.

— Boa tarde, querido!

A voz com uma entonação que oscilava entre provocação e falsa doçura, fez Guilherme erguer o olhar, encarando sem emoção a mulher a sua frente.

No passado gostava e até ansiava pela presença dela. Contudo, agora, sempre que aparecia carregava consigo uma energia pesada, uma tempestade prestes a desabar sobre a cabeça dele. Dessa vez não foi diferente.

— Fiquei sabendo que pediu ajuda de um colega nosso — começou ela, bloqueando o caminho com sua postura elegante e sorriso enigmático nos lábios pintados de rosa. — Deve estar inseguro agora que o ex da coisi... hum... Tábata retornou.

O semblante de Guilherme permaneceu impassível, mas seu maxilar tensionado entregava a verdade.

— Tenho tra
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