LORENZOMinha empresa exportava armas para todos os países, pois temos uma boa reputação, mesmo com as novas suspeitas e boatos. Desde que tomei o comando dos negócios da família, fiz questão de investir em melhorias e projetos que aperfeiçoassem as nossas mercadorias. Não queria que o envolvimento com o submundo prejudicasse a minha imagem.Para todos que estão de fora, vendemos armas para grandes agências de segurança, governos e para países onde o porte de armas é legalizado, mas o que mais rende para nós é a venda de armas no mercado negro.Nós temos uma grande rede de compradores que vão desde simples gangs a grandes organizações criminosas, como nós.Por isso os Cain, a organização que comando, é muito respeitada. Não só aqui em Drakoy, mas também em todas as partes. Somos os que abastecem, e como os donos das armas, temos muitos recursos até mesmo para uma grande guerra entre as regiões.Graças ao acordo entre as partes, isso nunca irá acontecer, e não é o que queremos, pois, d
DARKSei que aqui em Drakoy, Lorenzo tem todos na palma da sua mão, e isso vai desde a polícia até o próprio prefeito. Por isso sabia que ele daria um jeito nas coisas. Mesmo assim eu estava inconformada, deixando a minha cabeça com dor.Não tenho interesse em desfazer minha aliança. O homem era poderoso e pode ser... bem vantajoso para mim. Não sei o que ele tem, mas confesso que o efeito era bem gostoso. Eu nunca me senti atraída por ninguém dessa forma. Das últimas vezes que fiquei com alguém foi somente para extravasar o meu desejo corporal, mas não tinha nada a ver com paixão ou puritana atração. Longe disso.Agora, me pego pensando em que roupa vestir para que Lorenzo me olhe com desejo. Antes dele eu nunca faria tal coisa, pois parecia idiota. Ainda mais quando eu sabia que ele não iria aparecer. Estava mais interessado nos negócios.Opto por um vestido preto com um decote provocante, que deixa meus seios incríveis.Minha saída era para relaxar, eu sempre tenho que me esconder
DarkEm nenhum momento seus olhos me deixaram, era como se não quisesse perder um movimento se quer. Gostava da sensação, assim como achava estranho tudo o que estava acontecendo, dentro e fora de mim.— Não posso me divertir? — Perguntou com ironia. O sorriso no canto da boca o deixava mais bonito. — Além do mais, essa boate é minha.— É uma forma de controlar mais as pessoas?— Está fazendo as perguntas erradas.Ele estava em uma pose de dominação, como se estivesse dominando a conversa ou como eu agia. Apesar de gostar, queria tirar essa posição dele.Não era só eu que se sentia afetada por essa atração estranha e perigosa. Aproximei-me dele, montando em seu colo, coisa que o surpreendeu. Não queria perder esse contato, era excitante e pude sentir seu desejo de tomar a iniciativa em me beijar.— Não sou mulher de perguntas e sim de atitudes, senhor Mitolli. — Disse antes de beija-lo como da última vez.Não precisava saber se era o seu desejo, estava estampado em seu rosto, ele só t
DARKDepois da noite conturbada na boate com Lorenzo, concluí que estava lidando com isso de forma muito emocional. Eu não queria que isso me prejudicasse no futuro, mesmo ainda estando puta por ele ter feito algo tão... insensível comigo.A verdade era que eu nunca passei por um momento como esse, sempre era eu quem usava e descartava e levar o troco não estava sendo fácil.Por isso, iria levar tudo no profissional, de agora em diante. Nada de sedução ou olhares de desejo. Ele me dava um trabalho e eu executava, no final dessa merda, cada um ia para um lado e seguiríamos nossas vidas como se nunca tivéssemos nos conhecido.Uma semana era muito e eu já estava com o gás necessário para acabar com esses dois últimos. Além do mais, a noite passada me deu uma motivação para ir embora o quanto antes.Foi por isso que mandei uma mensagem para o idiota babaca. Queria tudo pronto para acabar com quem quer que fosse. Por isso jantaríamos em um lugar reservado. Não queria ter que vê-lo, mas com
DarkO velho novamente apareceu. Colocando na mesa mais bebida, fiquei grata, porém, incomodada por ainda estar sendo observada pelo mafioso.Você não é assim, por que está tão medrosa agora?— Ainda não sei nada sobre o seu passado. — Falou pegando seu copo. — Gostaria de saber por que você se tornou essa pessoa.Não sabia por que ele estava querendo começar uma conversa tão íntima. Era para ser simples, ele me dava a ordem, os detalhes e eu executava a pessoa. Fácil, rápido e prático. Não gostava de contar sobre a minha vida para ninguém, muito menos para esse homem.— Isso não importa a você, mas se quer mesmo saber por que sou assim, a explicação e uma só: minha vida é uma merda, tive um pai de merda e fui usada desde o momento que tomei consciência do que era o mundo. Depois que o matei, quis livrar o mundo de homens como ele, como você também, então vá direto ao ponto para que essa merda acabe logo.— Você tem razão. – Falou franzindo o cenho. — Você vive furiosa.— Mais alguma
DARKTinha vezes que meus sonhos me levavam para um mundo obscuro onde não importava quem era inocente ou não. Gostava de pensar que minha psicopatia era controlada, direcionada a quem merecia.Depois de sofrer tanto na infância, de ser tratada como um lixo e ser usada como uma boneca por um homem sem moral, criei um desejo de vingança que não parava com a sua morte. Esse fogo ainda vivia em mim e por isso eu gostava tanto de punir.Lorenzo me dava um desafio sempre que nos víamos. Tanto me pedindo para não chamar atenção, não torturar, quanto por sua sedução.Meu corpo era fraco quando desejava uma pessoa. Isso, na verdade, nunca aconteceu. Talvez fosse porque eu estava em outro estado e situação. Sempre fui como um lobo solitário. Não tinha amigos, não gostava de ficar em família e não queria me relacionar com mais ninguém além de mim mesma.Gosto da minha família, mas sempre optei por manter distância. Minha mãe se culpa até hoje pelo ocorrido. Por muitos anos eu também a culpei. M
DarkEm outro momento eu a bateria, tão forte que o faria se arrepender de ter me provocando com a sua desconfiança.As portas foram fechadas, ninguém saía ou entrava, e uma movimentação estranha se aproximava. Era ela. Amanda e seus seguranças. Afastei-me do centro para observa-la a distância, porém, meu observador não me deixava quieta. Senti-me tão frustrada que procurei um lugar para respirar e como o salão era fechado, me restava o banheiro feminino.Passei pelas pessoas chiques e bem acompanhadas, desejando não estar nesse lugar. Mesmo me recusando a ser uma das pessoas que o Mitolli controlava, era exatamente isso que estava acontecendo. Maldito Mitolli.Algumas mulheres retocavam o batom em frente ao espelho, quando entrei. Elas me olharam com surpresa e desconfiança. Se entreolharam e terminaram de se arrumar, saindo do lugar.Por que estou assim, só por tê-lo visto aqui?É loucura, só pode ser uma brincadeira de mau gosto que meu cérebro está me fazendo.Passos se aproximara
LORENZOEu não fazia ideia do que estava acontecendo comigo, só o que se passava em minha cabeça era que Dark não podia ir.Sim, da última vez fui frio e duro, ela era uma assassina, estava aqui por conta de um acordo que beneficiaria nós dois, e era uma mulher sem sentimentos, bem, era isso que eu pensava.A verdade era que desde aquele dia, eu não conseguia tirar a diaba da minha cabeça. Seu perfume, olhos de fogo e aquela pele macia e receptiva. Ela estava nos meus sonhos, nos meus pensamentos e até nos lugares onde ia. Isso era uma merda, uma verdadeira merda, pois a mulher não era qualquer uma, ela era a Dark, uma diaba assassina sem sentimentos e que poderia me matar.Agora, depois de ouvi-la falar que iria embora, a minha única atitude era deixa-la ir, mas eu não faria isso, Dark não me deixaria desse jeito, nem que eu tenha que prendê-la.— O que você quer, Dark? — Perguntei novamente me aproximando. O sentimento que queimava no meu peito era o mesmo que estava dentro dela. Ér