LORENZOEu não fazia ideia do que estava acontecendo comigo, só o que se passava em minha cabeça era que Dark não podia ir.Sim, da última vez fui frio e duro, ela era uma assassina, estava aqui por conta de um acordo que beneficiaria nós dois, e era uma mulher sem sentimentos, bem, era isso que eu pensava.A verdade era que desde aquele dia, eu não conseguia tirar a diaba da minha cabeça. Seu perfume, olhos de fogo e aquela pele macia e receptiva. Ela estava nos meus sonhos, nos meus pensamentos e até nos lugares onde ia. Isso era uma merda, uma verdadeira merda, pois a mulher não era qualquer uma, ela era a Dark, uma diaba assassina sem sentimentos e que poderia me matar.Agora, depois de ouvi-la falar que iria embora, a minha única atitude era deixa-la ir, mas eu não faria isso, Dark não me deixaria desse jeito, nem que eu tenha que prendê-la.— O que você quer, Dark? — Perguntei novamente me aproximando. O sentimento que queimava no meu peito era o mesmo que estava dentro dela. Ér
DARKQue merda estou fazendo?Passei a noite acordada, pensando na conversa confusa e estranha que tive com Lorenzo. Estava pronta para ir embora, deixar essa loucura para trás e sobreviver, assim como sempre fazia. Então, do nada, o homem que não confia em mim e que passa boa parte do tempo me controlando, me propõe um acordo com benefícios, benefício para ele.Bastou uma noite para que nós dois nunca mais esquecesse a rápida foda que tivemos na casa noturna. Não era para ser algo surpreendente, já tive noites de transas mais divertidas e longas, mas em nenhuma dessas foi tão... bom e duradouro depois que fomos embora, cada um para um lado.A verdade que estava notando agora era que eu não queria deixar o mafioso para trás tão cedo. Ele me irritava, me provocava e prendia, como um cachorro em uma coleira, porém, minha cabeça idiota esquecia o quanto ele era errado e perigoso quando estava a centímetros do meu corpo, exalando aquele aroma forte e poderoso que provocava um desejo desco
DarkEu não podia reclamar da sua desconfiança. Ele sabia do que eu era capaz, foi por isso que me trouxe até essa cidade. Eu não pensaria em coisas boas, segundo ele ou qualquer um que me conhecesse. Sou uma assassina, uma psicopata, eles diriam. Alguém assim só pode estar pensando em cometer mais um crime.— Não penso só em matar pessoas, Lorenzo, sou alguém horrível, mas não uma lunática assassina. — Falei encarando o vidro bonito que quase continha o meu reflexo.— Então em que fim está imaginando? — Quando me convidou para um jantar, eu não sabia que teríamos que conversar sobre algo tão pessoal. Nunca tive conversas assim com mais ninguém que não fosse o meu psiquiatra. Gregory era um bom ouvinte. Ficava em silêncio enquanto eu colocava para fora a amargura da minha vida. Eu não tinha medo de dizer nada, apenas as coisas erradas. Ele não se intrometeria demais, não insistia em saber, mas Lorenzo não era o meu psiquiatra, ele era um homem comum, querendo saber sobre mim. O proble
LORENZOIsso já estava ficando perigoso, tanto para mim quanto para ela. Dark não era o tipo de mulher com quem saio, com quem janto e com quem um dia me casaria, mas tinha que confessar que a mulher mexe comigo de diversas formas.Uma visão turva de quem era a mulher me guiava até o presente momento. Ela não tinha escrúpulos, manipulava as situações a seu favor e não tinha pena de matar uma pessoa. Eu já tinha percebido que ela tinha alvos específicos, e que isso tinha a ver com o seu passado, eu só não esperava que isso ainda perdurava em seu coração. A simples menção ao porquê ser assim e quem foi o causador, a transformava em uma mulher raivosa. Ouvi-la foi difícil. Apesar de não ser nenhum santo, eu nunca machucaria uma mulher ou criança desse modo.Penso em minha filha quando vejo coisas assim, e também sinto o ódio tomar o corpo. Vi que para Dark isso parecia uma necessidade, um desejo de diminuir a dor que sentia, e pelo menos, ela não era uma simples serial killer que sai ma
DARKTotalmente ferrada. Era assim que me sentia em relação a Lorenzo Mitolli. Não dava mais para continuar mentindo para mim mesma. Por mais que nunca tivesse sentido isso antes na vida, até o mais tolo sabia como era estar presa a um homem ou mulher. E não presa do tipo literal, com cadeado ou grades, mas sim de uma forma totalmente fodida como por sentimentos de afeto.Não nos conhecíamos há muito tempo, não éramos nada confiáveis um para o outro e sempre estávamos divergindo em alguma coisa que nos levaria a brigas, porém, isso tudo só botava mais fogo na lenha, me causando um misto de sentimentos bons e ruins.Me apegar a alguém significava estar prestes a me jogar de um precipício. Eu já tinha uma grande cota de decepção na vida. Tudo foi gasto na infância ou nas experiências de outras mulheres com quem tive uma breve vivência, agora, me via caída por um homem mais que errado. Ele era um criminoso, um mau caráter e ainda tinha poderes sobre mim e meu corpo que nunca permiti a h
LORENZODeixar aquela sala e tudo o que pensei em fazer com aquele filho da mãe, foi difícil. Ainda por cima, ter que sair mais cedo, me tirou a oportunidade de vê-la em ação de verdade. Dei a Dark tudo o que ela mais queria: liberdade. Disse que ela poderia fazê-lo sofrer, porém, ela não fez. Ele merecia, merecia muito, e foi como se tivesse jogado um balde de água fria saber dessa notícia.Como se isso não bastasse, tive que constatar que os Lýkoy idiotas estavam mais fortes do que imaginei. Como ratos de esgoto, aqueles filhos da puta faziam as merdas e voltavam para o buraco de onde vinham. Eu não podia deixar que uma afronta dessa passasse tão facilmente. Sabia que atacar os extremistas era perigoso, não por serem fortes, mas porque se escondiam nas áreas sem dono, as áreas neutras.Mexer nesse lugar sem comunicar nosso vizinho poderia ser recebido como um ataque, mesmo que não seja território de ninguém, ficava na fronteira entre o Oeste e o Norte, e não escolhemos deixar essa
DARKCompletamente confusa em relação ao meu envolvimento com Lorenzo Mitolli.Passamos de um simples contato de morte para noites de sexo e mais sentimentos confusos. Sempre que nos víamos era uma mistura de briga e excitação. Agora só existia o desejo, não só por sexo, mas por companhia um do outro.A iniciativa dele de vir até aqui naquela noite me botou em um estado de transe intenso.Já tinha passado noites horríveis na minha vida pós trauma do abuso, e achei que tivesse superado esse medo, porém, os últimos acontecimentos trouxeram de volta a menina acuada que precisava urgentemente fugir.Eu estava presa, acorrentada, enquanto meu pai me observava no conto do quarto escuro, com seu sorriso perverso, prestes a me bater e usar como sempre. Eu não me via como uma criança e sim como adulta, e dessa vez tinha uma faca nas mãos.Achei estranho, com certeza fora do comum, e realmente desejava mata-lo com a faca, mas então ouvi a voz de Lorenzo, calmo e suave. Ele se aproximou e saiu d
DarkO quarto estava uma completa bagunça. Ontem à noite eu poderia dizer que não dormi.Meu corpo estava cansado e relaxado. O sexo entre mim e Lorenzo era o melhor que já tive e novamente ele só foi embora quando o dia amanheceu.Encarei a cama completamente bagunçada, isso me deixava feliz, pois me lembrava de tudo o que fizemos, quantas vezes e como foi delicioso.Boba. Era como eu estava atualmente. Uma menina tola e apaixonada por um criminoso que casaria com uma garota virgem e teria filhos herdeiros. Depois da maratona de sexo e ele já estava dormindo tranquilamente ao meu lado, encarei seu rosto por um bom tempo. Foi quando notei o que realmente sentia. Isso explicava o ódio depois que revelou sobre o seu futuro, ou a dor de saber que nosso fim estava próximo.Nunca me apaixonei na vida, pois nunca achei alguém tão interessante ou corajoso o bastante para permanecer na minha vida como ele.Lorenzo era o combo perfeito para o desastre, e assim como uma avalanche, ele estava me