Luce

Dastan, Pérola, Nick e eu fomos atrás de respostas, mas eu sentia que eles sabiam mais que eu, já que ambos não pareciam tão surpresos.

Saímos da casa dos Jones e seguimos em direção a casa do Dastan.

- Por aqui - Destan disse abrindo uma pequena porta que dava até o porão da casa

Ninguém questionou, apenas seguimos. Quando chegamos ao porão havia um carro, modelo o qual eu não reconhecia, afinal, nunca soube nome de nenhum modelo de carro.

- Melhor irmos - Disse Nick abrindo a porta do carro.

Assentimos e fomos.

- Para onde vamos? - Perguntei

- Para um lugar que poderão nos ajudar e nos proteger, pelo menos por enquanto.

- Nos proteger do quê?

- Olha, Luce. Te responderemos todas as suas perguntas assim que chegarmos no colégio para filhos dos elementos.

- Filhos do quê?

Pérola balançou o indicador e eu apaguei.

Acordei com a Pérola me chamando.

- Vamos, chegamos.

Abri os olhos com dificuldade, a luz parecia feri-los. Quando olhei através da janela pude ver um grande palácio com bandeiras de todas as cores. O que mais me chamou atenção foi um grande brasão em uma das bandeiras. Era uma imagem de um eclipse lunar.

- Magnífico - Disse apontando para a o brasão.

- Realmente é muito bonito - Nick concordou

- Onde estamos?

- Estamos na escola dos filhos reais dos elementos.

- Não acham esse nome um pouco grande de mais? - Disse Pérola

- Escola de magia dos elementos- Disse Dastan tentando amenizar a minha confusão.

- Elementos?

- Vamos logo

Apenas segui, nada daquilo estava sendo processado por mim, mas eles eram meus melhores amigos, não iriam me levar para algum lugar ruim ou iriam?

Balancei a cabeça tentando afastar os maus pensamentos.

- Eu não posso entrar - Disse Dastan

- Por que? - Perguntei

- Sou filho das sombras

- Ela não faz parte dos elementos?

Pérola balançou a cabeça dizendo que não.

- Vamos tentar mesmo assim - Eu disse

Todos assentiram.

Quando chegamos ao incrível portão que dava acesso ao lugar mais bonito que um dia eu já vi.  Já havia alguém nos esperando, era um mulher, seu corpo flutuava.

- Ela está viva? - Perguntei

- Ela é um ser de luz - Disse Nick

- Então está morta?

- Não, Luce. Apenas fui criada em um outro plano para proteger todos os filhos dos elementos.

Decidi me calar.

- Me chamo Lux, sigam-me - Lux virou e olhou diretamente para Dastan - você também filho das sombras.

- Lux, bem criativo, ninguém tem mais imaginação? - Pensei

A seguimos até o palácio, Lux quis nos mostrar tudo antes de darmos início a nossa conversa. Eu estava encantada, o piso era transparente nos dando uma vista privilegiada do mar com águas cristalinas. O Palácio era escondido ao final de uma ilha nunca antes habitada, para proteger os seus alunos ela ficava fora da ilha em cima do mar, protegida por um feitiço o qual não deixava que o colégio afundasse. Lux continuava a explicar mais sobre o colégio e como tudo começou. Mas eu não consiga prestar atenção, as paredes com um tom nude e as incríveis escadas de mármore branco me tirava toda a atenção. Passamos por alguns cômodos no térreo, eram todos destinados a ensinamentos, desde a aula de dança e música até aula de defesa. Os quartos ficavam no andar de cima, e no décimo terceiro ficavam as aulas de treinamentos pesados para alunos que adquirissem total poder.

- E então chegamos ao final do nosso tour - Lux disse abrindo a porta para o que parecia ser um escritório. - Por favor, entrem.

Assim que entramos no cômodo e Lux fechou a porta e mesma sumiu.

- Para termos privacidade- Lux sentou na cadeira a nossa frente - Nick, Pérola, por que demoraram tanto a vir?

E naquele instante a ficha caiu. Eu não sabia o de estava, meus pais estavam mortos assim como os da Pérola e Nick, Dastan estava conosco e eu simplesmente não conseguia compreender mais nada.

- Quem são vocês e por que eu estou aqui?

- Te explicaremos tudo, agora preciso saber o que aconteceu

- Nossos pais e o da Luce estão mortos - Pérola engoliu a seco - Tínhamos que manter a Luce a salvo, só não sabíamos o porquê, mas agora sabemos. O senhor das trevas está vindo atrás da Luce, não está?

- Sim... não apenas dela, mas de todos.

- De todos?

- Exatamente, Luce. Os nossos alunos são filhos dos deuses dos elementos, mas nem todos desenvolvem seu poder máximo, e é por esse motivo que estão sempre em perigo.

- Não consigo entender, está tudo confuso agora.

- Você conhece os 4 deuses dos elementos, certo? Cada um desses deuses deu origem à no máximo 2 filhos até hoje. Poseidon é o deus das águas. Zéfiro é deus do ar. Gaia é deusa da terra e Héstia é a deusa do fogo. Entre esses deuses existem mais alguns cada um com uma habilidade, no entanto os filhos dos elementos são os quais contém poderes absolutos e inimagináveis, por este motivo não existem muitos deles.

- E onde eu entro nesta história?

- Você é a filha da Selene, a qual conhecemos como deusa da lua, mas... - Lux deu uma pausa

- Mas..?

- Selene só pode ter um único filho...

- Sim?

- e ela teve duas...

Tentei encontrar palavras para dizer, mas não conseguia pensar em nada.

- Teve gêmeas, filhas da Selene e do Hélios, mais conhecido como deus do sol. - Ela deu uma breve pausa - E é por esse motivo que devemos protegê-la, qualquer um que tiver acesso ao seu poder e ao da sua irmã pode se tornar o ser mais poderoso de todos.

- Temos um problema - Dastan disse enquanto seu corpo afundava na cadeira.

- E o quê acontece com a gente agora? - Nick respirou profundamente

- Vamos treiná-los - Lux levantou da cadeira e removeu o feitiço. - Por aqui

Todos a seguimos. Percorremos um trajeto diferente, seguimos até o elevador o qual nós deixou na cobertura. A princípio não havia nada o que fez com que nos encarássemos, e logo tudo começou a se revelar. Era um lugar enorme, não estávamos mais no prédio, pelo menos não parecíamos estar.

- Onde estamos? - Pérola questionou

- Na ilha de treinamentos.

- E como funciona?

- Vocês verão, agora precisamos ir.

Assentimos

Fizemos o mesmo trajeto, Lux mostrou os nossos quartos. Pérola e eu ficamos em um corredor. Nick e Dastan no outro.

E assim demos início a uma horripilante jornada em busca de alguém ou algo que não sabíamos o que era ou o quê queria.

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