Ele não pareceu mentir, continuou trocando carinho - A azeda é mal humorada, gosto de irritar ela. - Nunca fiz nada de errado, se é isso que tá pensando, tô fora de mexer com menina nova. - Eu gosto de mulher, não de menina, tenho o maior respeito. - Não sei porque ela fica implicando, mais deve ser coisa de jovem, porque eu sou assim. - As pessoas tem uma opinião já formada, só de olhar.- Hoje eu já não ligo mais, o que importa é eu saber quem eu sou, o que os outros dizem, pouco me importa. Ela se aconchegou abraçada, pegou no sono rápido recebendo carinho, dormiram próximos a noite toda, ele saiu bem cedo sem a acordar, foi trabalhar pensando que com certeza não seria a última vez, já ficou ansioso pela próxima. Quando ela se levantou ficou frustrada por ele ter saído sem fazer mais nada, se arrumou as pressas e foi para a cidade, deu algumas instruções para Amélia e mentiu, dizendo que ia ao no banco
Ela ficou mexida, colocou a mão na tela, encostando na dele - E acha que vai dar certo, pra nós?Ele ficou sério - Não foi por isso que te chamei, nem tô querendo te comer no mato. Tirou a mão - Sei que não existe nós e se tem uma coisa que eu sei nessa vida patroa, é me colocar no meu lugar. - Pode ficar tranquila, que eu não vou ficar insistindo, atrás de você, nada disso. - Vai ir ou não? Ela ficou chateada, encostada na janela - Não, obrigada! Estou muito cansada, meio indisposta. Ele sorriu falou tchau, foi se afastando com a sensação de estar sendo bobo dela, ela ficou triste, adorou o convite mesmo não indo, por algum motivo que não entendia, confiava nele, não tinha medo dele a ma ltratar, fazer algo errado estando a sós. Ele foi pescar, voltou de madrugada, deitou para dormir um pouco, quando foi trabalhar, ela não tinha levantado ainda, ele estava no pomar colhendo
Ela enxugou os olhos apreensiva - Não, não é nada, eu ando muito nervosa só. Colocou a mão em cima da dele, entrelaçada na barriga - Isso não estava em meus planos, não assim, eu estou realmente perdida.- Ninguém pode saber, você é o único que sabe. Ele silenciou imaginando quem era o pai, Matteo, Évan ou outro, ficou quieto como quem dormia quase meia hora, ela estava sem sono, se mexeu para levantar sorrateira, achando que ele não ia perceber, colocou o casaco e foi para a cozinha, com fome, encontrou frutas em cima da mesa, pegou arroz gelado, começou comer com banana, ele se levantou achando que ela ia embora, a assustou entrando na cozinha - O que tá fazendo? Ela respondeu de boca cheia - Comendo. Ele encostou na pia a olhando fixamente sério- Na sua casa devem ter muitas coisas mais gostosas. Ela ficou sem jeito, perdeu até a vontade de comer, balançou a cabeça que sim
Ele estava sorrindo só reparando que ela estava falando de outras, dando a entender que ela não fazia parte das opções, fechou os olhos - Posso dormir agora? Ou a dona senhora patroa quer mais alguma coisa? Já no quinto chocolate, ela se deitou - Pode, já estou mais que satisfeita. - Boa noite, bom descanso. - Me acorda cedo? Ele se virou de costas - Não! Vai dormir até quando seu corpo quiser. Boa noite ! Ela se deitou abraçada, dormiu rápido realmente satisfeita, antes das seis horas da manhã, ele se levantou sem fazer barulho, foi trabalhar e não fez o café da manhã dela, ela acordou quase na hora do almoço, com fogos lá perto, se vestiu e foi direto na cozinha, achando que ia ter café da manhã de novo, ficou frustrada por não ter nada. Foi para casa cheia de preguiça, Amélia tinha levantado muito cedo, percebeu que ela não estava porque o celular estava tocando no quarto, e as botas faltand
Saiu o deixando sozinho, ele começou olhar as fotos na sala, correu até o quarto que estava aberto, aproveitou a oportunidade para fuçar e roubar, Miro havia sido saído resolver outras coisas, não avisou ninguém, Otávia não o encontrou, viu que a moto não estava lá, voltou para casa tentando ligar, várias vezes, só chamou até cair na caixa postal. Quando voltou Henri já havia ido embora, ela ficou sem entender o que estava acontecendo, muito preocupada com tudo, pediu para Gil avisar se visse Miro voltando. Quase não dormiu a noite toda, ficou assistindo as câmeras direto, e ele não voltou, no dia seguinte ela foi ao médico, começar o pré natal, fazer ultrassom, Gil avisou que Miro chegou cedo e estava normal, ambos trabalhando. Amélia ainda não estava nem recebendo mensagens, Henri até atendeu uma ligação, pediu desculpas por ter ido embora sem falar nada, disse que tinha perdido o contato com Amélia também. Preocupada com o bebê Otávia prefe
Entrou antes de Évan poder vê-la, Miro foi se afastando irritado, estava com vontade de falar mais sobre seu passado e não teve coragem, também queria saber a onde Amélia tinha ido e o que estava acontecendo, ficou com muita raiva, achando que o bebê poderia ser de Évan. Otávia deixou a porta aberta, correu para o banheiro, mandou uma mensagem avisando Évan, ele suspeitou assim que viu, porque viu Miro saindo de lá e Otávia já tinha dito que estava pronta, e obviamente existia um motivo para ela tomar banho em cima da hora. Évan ficou esperando, foi andando pela casa, pegou um copo na cozinha, se sentindo com o ego ferido, ficou só esperando ansioso para ver o que ia acontecer na viagem deles, ia tentar dormir com ela. Otávia saiu menos arrumada, com outra roupa, cabelo molhado, maquiagem básica, saia de couro e uma blusinha tomara que caia conjunto, quando saiu do quarto sorriu sem jeito - Évan? Já estou indo! Ele foi ao encontro de
Ela não respondeu, começou chorar sentida, quando se aproximou da mesa, para pegar a bolsa, ele a apalpou provocando - Porque tanta pressa? A puxou para sentar em seu colo quase que a força - Espero que não tenhamos nenhum mal entendido aqui. Ela tentou se soltar, ao ser impedida, pegou a faca da mesa e enfiou na perna dele, ele a empurrou gritando de dor, ela foi saindo as pressas - Vai lá e me denuncia, eu tenho certeza que você me drogou, vão fazer exames e vamos ver quem vai estar errado. - Nunca mais chegue perto de mim, acabou qualquer negócio ou amizade entre nós. Quando saiu do quarto, tinham várias pessoas no corredor, querendo saber o que tinha acontecido, quando ela chegou no elevador Henri a alcançou, perguntou se estava tudo bem, aos prantos nervosa, ela disse que precisava ir embora de lá, ele a amparou como se já estivesse esperando algo acontecer - A Amélia está lá embaixo, vem comi
Otávia falou oi, chorando a senhora sentou ao lado - Ele não fez nada, o meu menino nunca ia te prejudicar, ele só queria te conhecer, fazer amizade. - Pelo amor de Deus ajuda o meu filho. - A gente vai embora da cidade, eu juro. - Você não vai ouvir falar dele, a gente nunca quis seu dinheiro ou do seu pai. A advogada a afastou sem entender, ela se levantou - O Henri não tem culpa, ele só queria te conhecer, saber como você era.- Eu só voltei morar pra cá, quando o pai de vocês morreu. - Ele é um bom menino.Otávia ficou olhando confusa - Porque ele queria me conhecer?- Não estou entendendo! Outra moça se aproximou sem jeito - Deixa eu falar com ela. - Olá, nós nos falamos por celular, tínhamos um encontro para segunda feira. - Fui contratada para fazer o contato com você, única filha legítima do seu pai, viva.- O Henri que