Camila Fernandez Depois de tudo organizado no quarto, e a Elizabeth ter me ajudado a desfazer tudo do casamento, fui tentar dormir um pouco.Eu rolei muitas vezes pela cama, mas acredito que só conseguia cochilar por medo do Dom chegar, e principalmente se chegar bêbado, e quiser me fazer mal.Eu tenho medo dele. Embora seja muito bonito, tem um coração cruel, e egoísta. Tentei descansar, e estava sonhando com o meu Augusto, no sonho ele tocava o meu rosto, e estava muito bom. Senti ele mexendo nos meus cabelos, uma sensação gostosa.Mas ao abrir os olhos, levei um susto, ao perceber que não era um sonho! Bom, parcialmente! A mão era do Dom, e aquilo foi real!Levantei rapidamente o meu corpo para trás, e o questionei, mas a sua resposta foi muito confusa, pois jamais esperei uma coisa dessas para a minha vida, e nunca pensei que eu estaria casada com outro homem, que não fosse o Augusto, e me sinto muito desanimada com isso.O Dom disse que não iria me forçar a nada, mas eu não acre
Pablo Strondda Depois da conversa estranha com a Camila, acabei tentando dormir, me virando para o lado. Mas, eu mal cochilo e ouvi um grito estranho vindo do banheiro. Sou treinado para dormir com um olho aberto, sempre! Então num pulo, saí da minha cama, e fui em direção ao barulho, me assustando com a cena que vi, da Camila no chão do banheiro, com o meu canivete enfiado na sua perna, e muito sangue espalhado!Ainda bem que temos médico dentro de casa, então peguei a moça no colo, e saí feito um doido, a procura do médico que até deveria estar dormindo.— Doutor Salinas! Doutor Salinas! — O chamei, e o velho saiu apavorado de pijama colocando os óculos. — Meu Deus, filho! Quem fez isso nela? — perguntou já saindo do seu quarto, para irmos em direção ao consultório.— Ela mesma! Cazzo! — respondi, porque sempre pensam que o culpado sou eu?— Coloque aqui na maca! — falou o médico. — parece que teve muita sorte, e não pegou a artéria! Vou preparar as coisas, e você me ajuda a cont
Isaque Fernandez Olhei para a cara do Hélio na minha frente, e não parecia assustado, e nesse momento, ele já deveria saber o que o esperava, pois traidores recebem punições aqui.— Celular, Hélio! — falei estendendo a mão para que ele me entregasse o seu aparelho, pois eu faço questão de atender quando a minha querida Larissa ligar para esse desgraçado aqui!— Você sabe o que acontece com quem trai a máfia Paraguaia, não sabe? — perguntei, calmamente, enquanto andava atrás dele, que estava parado na minha frente.— Sei sim, patrão! — respondeu firme. — E, mesmo assim cometeu a burrice? Algum motivo deve ter, não é? — perguntei, me abaixando, colocando as mãos sobre a mesa aonde ele estava de frente.— Eu a amo, patrão! Sinto muito!— A ama! — repeti, mais pra mim, do que pra ele, balançando a cabeça. Eu deveria matar o desgraçado por me trair, e trair a máfia, mas além de ser fiel a muitos anos, o motivo que o levou a isso, eu conheço muito bem! Então...— Você vai para o quarto e
Dom Pablo Strondda Decidi ajudar a Camila com o curativo, e os remédios, não me custa nada, e para mim seria bom que ela começasse a ver as coisas com outros olhos, e pelo menos tentasse aceitar que agora somos casados.Vou fazer a minha parte, e escolhi tentar animar um pouco o dia dela, pois deve ser mesmo muito triste ficar trancada, e desse jeito vai demorar muito mais para que ela aceite tudo isso.Não costumo pegar mulher nenhuma no colo, e já peguei ela duas vezes, então se é estranho pra mim, imagine para os funcionários e sócios da máfia, que ainda permanecem bisbilhotando a minha residência.Sinto uma extrema delicadeza nela, que ainda não tinha visto em outra mulher. Tenho a impressão que o seu coração seja puro e vejo verdade nas coisas que ela fala. Tudo me parece frágil nela, e tenho medo de quebrar. Mas, quando abre a boca para se defender ou me atacar, eu mudo completamente os meus conceitos sobre ela, pois fica por cima com superioridade, e tem domínio sobre mim, e
Augusto Petrov Nasci na Máfia Russa, e fui criado para ser o Capo. Mas, me tornei muito ambicioso, e fui descoberto, ao passar a mão nos pertences da Máfia, e a dois anos fui expulso de lá, pela minha própria família, pois fui ameaçado de morte, e tive que vir embora para outro país. A minha mãe, veio junto comigo, e o meu irmão mais novo, assumiu a Máfia, e hoje se tornou o Dom de parte da Rússia. A boatos que alguns me procuram para acerto de contas, mas até hoje foram apenas conversa, e algumas mensagens, e telefonemas estranhos na minha casa, que não importa quantas vezes troco de número, que sempre alguém aparece ligando, e perturbando na linha. Logo que saí de lá, arrumei um mafioso de meia tigela do Paraguai, que ainda queria fazer negócios comigo, e me prometeu algumas coisas, se eu conquistasse a sua filha, e me casasse com ela sem ela saber. A única regra, era manter o segredo entre nós, e que ela pensasse que o casamento seria por amor. Fui para
Camila Fernandez Ele me deixou aos cuidados da Elizabeth, que é um amor, e me ajudou em tudo. Não posso reclamar do atendimento, pois a comida é maravilhosa, e segundo ela, posso comer tudo o que eu quiser, por ordem do Dom. — Ele gosta da senhora! — Falou a Elizabeth, como quem não quer nada. — Gosta nada! Ele gosta é da posse sobre as coisas, e as pessoas! — Respondi, a reclamar. — Não, senhora! Eu conheço o Dom, desde pequeno! Trabalho para os pais dele desde criança, acompanhando a minha mãe, e nunca o vi assim! — Falou, sentando na beira da cama, próxima a mim, e pegou a bandeja na mão. — Assim, como? — Perguntei, enquanto ela terminava de tirar o meu jantar da bandeja, que estava no meu colo. — Ele te deixou sair, te levou no colo, duas vezes hoje, ficou muito nervoso com o corte, e ainda sempre nos dá ordem, de que a senhora, deve ser muito bem cuidada! — Respondeu. — Eu não acho! Ele deve me odiar! Assim como o odeio! — Falei irritada. — Se me permite
Dom Pablo Strondda Me diverti um pouco com a garota, e vi que o meu celular começou a tocar, mas ignorei, pois provavelmente fosse o Victor, e quero que ele assuma sozinho a área de compra e venda das armas, pois por enquanto é o único que eu confio. A Clara, cavalgava em mim, quando ouvimos batidas fortes na porta. — Cazzo! Será que não vou mais ter paz? — Falei, e para não precisar parar, gritei: — O QUÊ FOI? ALGUÉM MORREU, PARA ESTAR ME ENCHENDO O SACO? SEUS FIGLIOS DE PUTTANA! Ouvi a voz de um dos meus homens, falando por trás da porta: — Chefe! — A Elizabeth está tentando falar com o senhor e não consegue, parece que algo aconteceu com a senhora Strondda! — Ele falou, e eu entrei em alerta, pois será que a maluca da Camila, tentou mais alguma merda, ou fugiu? Levantei rapidamente da cama, empurrando a puta que cavalgava em mim, e arranquei o preservativo. Peguei o meu celular, e imediatamente liguei para a Elizabeth no telefone de casa: — O que foi? O qu
Camila Strondda Abro os meus olhos devagar, e vejo que já é de manhã. Os raios de sol, refletiram sobre os meus olhos, os fazendo arder, esse é um problema de quem tem olhos claros, que se torna difícil uma grande claridade nas vistas. Olhei ao meu redor, e vi que não estava no quarto do Pablo mais. Pelas características estava em um hospital, e... nossa! O Dom, estava na poltrona, e dormia com o pescoço torto, e todo mal ajeitado na cadeira. Já havia sumido a forte dor na perna, e vi que estava toda suada, da febre que provavelmente passou, pois o meu corpo já estava muito melhor. Pensei em tentar levantar, e encontrar um jeito de fugir, pois, num hospital as chances seriam muito maiores. Fui mexendo a perna devagar, e agora me arrependo muito mais de ter feito essa burrice, mas por meio dela vim parar no hospital, então... nem sei o que pensar! Sonhei com a minha família, a casa da minha mãezinha linda, o Augusto estava comigo no meu quarto, e acariciava o meu