Camila Fernandez Ele me deixou aos cuidados da Elizabeth, que é um amor, e me ajudou em tudo. Não posso reclamar do atendimento, pois a comida é maravilhosa, e segundo ela, posso comer tudo o que eu quiser, por ordem do Dom. — Ele gosta da senhora! — Falou a Elizabeth, como quem não quer nada. — Gosta nada! Ele gosta é da posse sobre as coisas, e as pessoas! — Respondi, a reclamar. — Não, senhora! Eu conheço o Dom, desde pequeno! Trabalho para os pais dele desde criança, acompanhando a minha mãe, e nunca o vi assim! — Falou, sentando na beira da cama, próxima a mim, e pegou a bandeja na mão. — Assim, como? — Perguntei, enquanto ela terminava de tirar o meu jantar da bandeja, que estava no meu colo. — Ele te deixou sair, te levou no colo, duas vezes hoje, ficou muito nervoso com o corte, e ainda sempre nos dá ordem, de que a senhora, deve ser muito bem cuidada! — Respondeu. — Eu não acho! Ele deve me odiar! Assim como o odeio! — Falei irritada. — Se me permite
Dom Pablo Strondda Me diverti um pouco com a garota, e vi que o meu celular começou a tocar, mas ignorei, pois provavelmente fosse o Victor, e quero que ele assuma sozinho a área de compra e venda das armas, pois por enquanto é o único que eu confio. A Clara, cavalgava em mim, quando ouvimos batidas fortes na porta. — Cazzo! Será que não vou mais ter paz? — Falei, e para não precisar parar, gritei: — O QUÊ FOI? ALGUÉM MORREU, PARA ESTAR ME ENCHENDO O SACO? SEUS FIGLIOS DE PUTTANA! Ouvi a voz de um dos meus homens, falando por trás da porta: — Chefe! — A Elizabeth está tentando falar com o senhor e não consegue, parece que algo aconteceu com a senhora Strondda! — Ele falou, e eu entrei em alerta, pois será que a maluca da Camila, tentou mais alguma merda, ou fugiu? Levantei rapidamente da cama, empurrando a puta que cavalgava em mim, e arranquei o preservativo. Peguei o meu celular, e imediatamente liguei para a Elizabeth no telefone de casa: — O que foi? O qu
Camila Strondda Abro os meus olhos devagar, e vejo que já é de manhã. Os raios de sol, refletiram sobre os meus olhos, os fazendo arder, esse é um problema de quem tem olhos claros, que se torna difícil uma grande claridade nas vistas. Olhei ao meu redor, e vi que não estava no quarto do Pablo mais. Pelas características estava em um hospital, e... nossa! O Dom, estava na poltrona, e dormia com o pescoço torto, e todo mal ajeitado na cadeira. Já havia sumido a forte dor na perna, e vi que estava toda suada, da febre que provavelmente passou, pois o meu corpo já estava muito melhor. Pensei em tentar levantar, e encontrar um jeito de fugir, pois, num hospital as chances seriam muito maiores. Fui mexendo a perna devagar, e agora me arrependo muito mais de ter feito essa burrice, mas por meio dela vim parar no hospital, então... nem sei o que pensar! Sonhei com a minha família, a casa da minha mãezinha linda, o Augusto estava comigo no meu quarto, e acariciava o meu
Dom Pablo Strondda No quarto com a Camila foi completamente torturante, ouvi-la implorar pelo tal Augusto! Não sinto nada em especial por ela, mas a escolhi como esposa, e isso é uma situação constrangedora, ficar ouvindo ela chamar por outro, enquanto delira de febre. Precisei sair do quarto por algumas vezes, para não presenciar isso, mas chegou um momento que acabei dormindo na poltrona do hospital. Outra vez a peguei tentando fugir, e foi péssimo, mas o pior foi ouvir cada coisa que ela falou e jogou na minha cara, isso foi pior! Precisei sair daquele hospital, e dar um tempo de olhar para ela. Deixei muitos homens cuidando de tudo, e a Elizabeth cuidando dela, pois nela eu confio! Fui para o escritório da boate, averiguar o carregamento novo de armas que o Victor trouxe, e gostei da qualidade da nova parceria. Deixei para ir para casa no final da tarde, e acabei indo no começo da noite. A Ana apareceu se oferecendo toda, mas hoje não rolou! Eu a dispensei,
Camila Strondda Acordei de um sonho bom, com o Augusto, aonde ele me beijava, e foi atrevido para descer a mão em minha intimidade, e dizia que não poderíamos, mas fui acordada pelo Dom, que estava longe de ser o meu Augusto. Isso que dá, ficar olhando para o Dom, antes de dormir, ainda mais com tão pouca roupa, como ele estava, só o que falta, agora ficar tendo esses tipos de sonhos, e acabar fazendo besteira! Ao acordar, o Dom estava com uma cara feia, e péssima, me olhando atravessado, e depois virou para o lado, e eu me irritei com aquilo. — Agora vai ficar com cara feia toda hora? Não tem outra melhor, não? Sou obrigada a olhar? — Falei brava, sentando na cama, com os braços cruzados. Ele virou para me olhar bravo, e agora a sua aparência estava muito pior. — É só você parar de ficar chamando o nome de outro homem, estando casada comigo! No hospital até entendi que estava delirando, e preferi vir embora, mas me beijar, e chamar por ele, daí já é demais! Tenho vont
Uma semana depois Camila Fernandez Já haviam se passado alguns dias, e eu até me acostumei um pouco com a convivência com o Dom Pablo. Eu tenho o tratado como ele me trata, se me trata bem, eu retribuo, caso contrário eu também sou ríspida. Todos os dias ele me leva para a mesa tomar café com ele, e aquele homem está lá, e a cena se repete, embora amanhã eu já possa ir andando, pois a minha perna está bem melhor. Ainda não sei quem seja aquele homem, e também não perguntei. No almoço o Dom nunca apareceu, e eu prefiro pedir para a Elizabeth trazer o meu almoço no quarto, por mais, que recebi autorização do Dom, para fazer todas as refeições na sala. No jardim, ele me levou mais uma vez, mas o seu tempo é sempre muito corrido, e nem sempre consegue, e sozinha ele não deixou eu ir. Da última vez, ele tentou me beijar, e eu não deixei, então voltamos logo para o quarto, e nessa noite eu dormi sozinha, acredito que procurou outra, o que não é segredo pra mim, j
Dom Pablo Strondda Uma semana se passou, desde que a Camila vem se recuperando da perna, e a alergia que teve. Digamos que não estamos mais, em pé de guerra, mas também não estamos próximos. No dia em que a acompanhei no jardim, tentei beijá-la e ela me afastou. Segui para a boate, como de costume, mas não voltei para dormir em casa, precisava de um tempo para mim. As putas ficaram rodeando, mas eu não quis nenhuma! Não estava a fim, a mulher que eu queria era ela... A Camila, mas ela me rejeitou como de costume. Aproveitei a noite, e fiz conferência em todos os carregamentos, e observei diferenças em algumas cargas que não poderiam ter, mas foi muito bem feito, pois não é tão fácil de encontrar o erro, se não fizer uma vistoria rigorosa. Liguei para o meu consiglieri: — Victor? — Fala, chefe! — Verifique mais de perto as próximas cargas, pois encontrei erros! Quero ver se as minhas contas estão corretas! — Falei para ele. — Claro, chefe! Pode deixar! — Certo, V
Camila Strondda Cheguei no quarto, muito nervosa, e mal conseguia respirar. Parei na janela, e fiquei observando o jardim. Quando o Dom entrou, eu sabia que era ele, conheço pelo cheiro bom que vem junto com ele. Aquela conversa me deixou completamente paralisada, e quando ele me perguntou sobre a consumação, pensei não existir o não, e me calei. Senti as mãos dele, passarem pelas minhas costas, e comecei a tremer por dentro. O deslizar das suas mãos, me causaram dor, e angústia, e aqueles sentimentos não demoraram nada para se transformar em lágrimas, que escorriam sem o meu consentimento por todo o meu rosto. Eu só pensava em Augusto, e que eu jamais seria dele. Quando a sua mão se aproximou dos meus seios, me deu um desespero, e não pude evitar de um soluço sair audível. Quando ele me virou rapidamente senti muito medo, e o choro foi inevitável junto com o pedido de que o Dom não prosseguisse. Para o meu alívio, ele não continuou, e eu nem sei porquê o abracei, e c