Após o banho, Antony não conseguia parar de olhar para Beatriz, ali, paradinha, dormindo. Era como se ele estivesse realmente enfeitiçado pela garota. Tentando respeitar o espaço dela, esta noite, ele foi dormir no quarto dos hóspedes. Pela manhã, Beatriz acordou morrendo de sede, e foi direto para cozinha beber um copo cheio de água. Quanto ela bebeu na noite anterior? Pensou ela. Quando notou que ainda estava com o vestido da festa, as joias e as maquiagens, percebeu que não lembrava de nada. Seu bafo embebedaria qualquer pessoa facilmente, então ela tirou o vestido e entrou no banho. Já no chuveiro, ela tomou um longo banho. Quando saiu, colocou um roupão e uma toalha na cabeça, para secar os cabelos. Sua cabeça doía tanto, que parecia que iria explodir. A sensação era de marteladas em sua cabeça, e aos poucos ela começou a ter flashbacks do que rolou na festa. Lembrou das piadinhas das mulheres, do buquê e de muitos drinks. Mas, quando conseguiu lembrar das primeiras cenas com A
Após o ocorrido da noite do casamento do primo de Antony, ele se afastou. Não mandou mensagem, não a procurou. Já havia se passado duas semanas, e Beatriz se perguntava se ele iria voltar, se já havia arranjado outra mulher para substituí-la, talvez mais culta, mais bonita, ou até mesmo alguém do mundinho dele. Todos esses pensamentos que a assombravam, fizeram com que ela tirasse notas baixas nas provas da faculdade, ela não poderia reprovar, pois era bolsista, deveria tirar uma nota boa para que não acontecesse isso. As festas que foi com Antony, as consultorias de Lisandra, consumiam muito do seu tempo, eram muitas mudanças para assimilar, e acabaram a afastando da sua rotina de estudo, que sempre teve, até mesmo naquele inferno que era no alojamento das raparigas do bordel. Beatriz olhava todos os dias o perfil de Antony, na esperança dele a chamar para qualquer coisa. Mas nada. Além disso, não via mais seus stories, ela tinha quase certeza que ele havia há bloqueado. Vez em ou
Beatriz entrou no uber, respirando fundo com os olhos cheios de lágrimas. Se sentia humilhada e com muita raiva do comportamento do rapaz esta noite. Cansada e triste, ela chegou em casa e dormiu logo. Depois dessa noite, ela decidiu ser mais dura e firme com ele também, o tratar da mesma forma que ele estava a tratando. Seria unha por unha e dente por dente!Ela precisava da grana, mas, ele também precisava dela para receber sua fortuna. Os dois estavam amarrados traçando um só caminho, e a essa altura ela já tinha direito de opinar e principalmente de exigir. Nos próximos encontros os dois foram frios, não conversavam, não sorriam, apenas fingiam estar falando qualquer bobeira quando alguém conhecido dele passava ou pousavam para algumas fotos que seriam postadas nas redes sociais.Enquanto isso, o número desconhecido divertia Beatriz por mensagens. Ela lutava para que ele se apresentasse ou que marcassem um encontro, para enfim se conhecerem. As partes mais alegres de seus dias era
As mãos de Beatriz estavam trêmulas, seu celular tocou e quando ela leu a mensagem de seu admirador secreto, estremeceu. A mensagem dizia:" Meu dia ao seu lado foi incrível".Bastou isso para cair a ficha de Beatriz. Seu admirador todo esse tempo era Leonardo. Todas as mensagens... Como ela não imaginou antes? Seu jeito educado, calmo e gentil o dia todo lembravam as belas mensagens vindas do seu admirador.No fundo ela ficou feliz, seu dia tinha sido incrível ao lado do amigo de Antony.— Cara, ele é amigo do Antony! Falou ela em voz alta, depois de parar um pouco para pensar na proporção de suas últimas ações. Parte de si, ficou apreensiva, a outra era inconsequente e não estava nem um pouco interessada no que Antony iria achar daquilo tudo.Enquanto isso Antony recebia sua tia, irmã de seu falecido pai em sua imensa mansão. Ela ajudou muita sua família quando sua mãe morreu, deu apoio, e o ajudou na sua criação. Ela estava lá para conhecer a futura esposa de seu sobrinho do coraç
Após a revelação do amigo, Antony virava a garrafa sem pena, era nítido que ele não tinha ficado tão alegre com toda aquela história. E Leonardo esperava a resposta do amigo, uma palavra que fosse.— Não vai falar nada ? Perguntou Leonardo.— Cara. Eu nem sei o que falar.— Está com raiva ?— Claro que não ! Você é meu amigo do coração. Mas confesso que não esperava isso.— Agora eu estou arrependido.— Não precisa se arrepender, você é livre e Beatriz...— Nem tanto. Disse Leonardo abaixando a cabeça.— É só um contrato.— Eu acho que é bem mais que isso.— Mais ? — Você não ficou surpreso, você ficou triste. E a tristeza já é um sentimento.— Aqui não tem sentimento amigão! — Será mesmo ? Tem certeza que a morena não mexeu com você ?— Ela é linda, não posso negar, e porra, rolou até uma química, mas ...— Se fosse só atração física mesmo, você teria ido em frente, sem pensar suas vezes, como sempre faz com as outras mulheres. — Mas ela não é qualquer mulher Leonardo, é a mulher
Já era bem tarde, quando o celular de Beatriz tocou. Ansiosa, na expectativa que seria Leonardo, ela correu para ver do que se tratava, para sua decepção era só o Antony, para enviar uma mensagem naquele horário, só poderia ser Tiffanny se exibindo por estar com ele. Ela nem abriu, não estava a fim de se estressar ou sentir-se mal. Na manhã seguinte, esperava ansiosa para começar sua conversa com Leonardo, mas, já se passava das dez da manhã e ele estava online, mas, nenhuma mensagem vinha dele. Enquanto isso, a mensagem de Antony ia cada vez mais sendo esquecida. Seu celular tocou, era Carmem: — Olá querida, como vai? Disse a voz do outro lado do telefone, toda serena. — Oi Carmem, estou tão feliz por ter se lembrado de mim. — Você tem meu número e não me ligou... — Ah— Suspirou ela—É que tá tudo tão sei lá... — Eu imagino. Liguei para ser intrometida mesmo. — Haha... É mesmo? E no que a senhora quer se meter hein? — Como está o contrato? — Bem. Fingiu ela. — Tem certeza?
Quando Beatriz abriu a porta, ficou surpresa com a visita. Era Antony com um sorriso estampado no rosto e um bolo na mão:— Oi... Disse ela, ainda sem entender muito bem o motivo de sua vista.— Bom dia! Trouxe um bolo para nós tomarmos café. Disse ele já entrando, sem nenhuma cerimônia.— Bom dia! Respondeu ela, ainda sem entender toda aquela encenação.—Trouxe um bolo de cenoura, você gosta né? Como não sabia qual era seu sabor preferido, optei pelo tradicional.— Impossível você saber, nunca me perguntou. Respondeu ela.— E você nunca me disse, né garotinha! Disse ele, apertando seu nariz e já colocando as louças na mesa.— Venha, vamos tomar café!— Okay. Antes disso, ela pegou o calendário e observou que não tinha nada programado para hoje.— O que faz aqui? Não tem nada programado para hoje no seu Cronograma de eventos de casal.— Hahaha. Esqueça isso, venha comer!— Você tá chapado? Está muito estranho.Perguntou ela o observando.— Não leu minha mensagem ainda né?— Eita... Es
— Vai me contar aonde vamos agora? Insistiu Beatriz.— Eita que você é bem impaciente né?— Sou um pouquinho ansiosa. Disse ela fazendo o gesto com os dedos.— Está gostando da paisagem? — Estou sim! — Espera só chegar no ponto final do nosso passeio.Ela colocou as mãos no rosto, e deu um pequeno grito, para mostrar que não aguentava mais tanto mistério. Os dois riram. Quando o jipe enfim parou, Beatriz ficou sem entender. Não havia nada por perto. Apenas uma estreita estrada de terra, onde o carro não passava. Antony desceu do jipe e a chamou:— Venha! Temos um longo caminho pela frente! Pegando uma mochila que estava no carro. Ela desceu do carro e o acompanhou. Depois de mais de vinte minutos de caminhada, eles chegaram a uma casa. Parecia aqueles chalés dos filmes e desenhos que Beatriz assistiu na infância. Ao lado um jardim carregado de flores. Beatriz parou um segundo para admirar tamanha beleza do local.— Uau, que lugarzinho mais fofo!— Costumávamos passar os finais de