recorrendo ao meu inimigo

Eu estava lá, no chão frio de mármore, tão frio quanto a casa, tão frio quanto o homem que estava no patamar, seu rosto com uma estranha reviravolta de remorso e gelo. Eu não sabia se meu corpo doía mais ou meu coração, todas aquelas esperanças despedaçadas espalhadas no chão frio ao lado de mim. Mas eu sabia que, naquele momento de total traição da pior espécie, naquele momento de finalmente deixar a garotinha em que se apegara, sabia que isso era uma coisa boa. Porque eu sabia que não havia esperança agora.

Não mais.

Sentando-me lentamente, eu reprimi um grito agudo de dor enquanto minhas costelas protestavam, tirando os saltos dos pés e jogando-os para o lado.

Tão fluidamente quanto pôde, eu peguei minha bolsa no chão onde caíra comigo e me levantei com as pernas trêmulas. Meus dentes cravaram em meus lábios quando eu tranquei a dor para mais tarde. Sem outra palavra, outro olhar, captando toda a minha dignidade o mais nitidamente possível, eu dei um passo em di
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