A esposa cega do mafioso
A esposa cega do mafioso
Por: Patrícia Fernandes
descobrindo os boatos

Lorenzo, um homem de vinte e oito anos, que havia assumido seu lugar na máfia aos vinte anos, após o falecimento de seu tio e primo. Rodeado de falsidade, em um mundo onde as pessoas atacam pelas costas e na frente fingem normalidade, fidelidade, eram poucos os quem se podia confiar. Sentado na cadeira de seu escritório, de paredes de cor sucinta, cortinas cinza, nada de muita cor, aquele local tinha parte da personalidade de Lorenzo, sem vida, sem alegria, um canto sombrio de sua alma. Ele levou seu copo de Whisky até a boca, tomando um generoso gole, que fez sua garganta arder, porém aquilo não o incomodou, estava acostumado e gostava da breve sensação de queimação, estava tendo um momento de descanso, o que nos últimos dias, havia sido bem raro, com sua posição, vinham várias obrigações e também preocupações. Lorenzo mais uma vez levou o copo até sua boca, tomando o restante do conteúdo do mesmo, quando estava prestes a enche-lo novamente, escutou alguém bater na porta.

— entre. — disse ele, sua voz soou seria e carregada, em sua mente, pedia a Deus que fosse apenas uma das empregadas querendo saber o que preparar para o almoço, mas não, e o que vinha pela frente, ia muito além.

— senhor, tenho algo sério a lhe dizer. — disse aquele homem, Moret parecia preocupado, e realmente estava, o que havia descoberto era algo que tinha noção que magoaria Lorenzo e o deixaria possesso de ódio.

— diga. — pediu Lorenzo de forma desinteressada.

— estão espalhando boatos sobre o senhor, e isso tem tomado uma grande proporção. — Lorenzo que já estava com seu copo cheio novamente, tomou mais um gole, em seguida questionou.

— que boatos? — até então, Lorenzo estava calmo, não costumava se abalar ou enraivecer com boatos, falavam muitas coisas sobre ele, ruins e as vezes até boas, mas Lorenzo realmente não se importava, o homem parado em frente a mesa, engoliu seco, estava com Lorenzo a anos e sabia o apresso que ele tinha por sua família.

— senhor...estão dizendo que teve sorte de que seu tio e seu primo tenham falecido, pois só assim o senhor pôde assumir o posto que correspondia a eles...e que talvez não tenha sido sorte e que você os assassinou para lhes tomar o cargo. — Lorenzo apertou o copo em sua mão, um pouco mais e teria o quebrado se machucando, mas a raiva ao ouvir aquilo foi tanta, que ele atirou o copo contra a parede, atingindo um quadro que caiu ao chão junto os cacos do copo.

— quem...quem é o maldito desgraçado que está dizendo isso? — ele questionou quase em gritos, Lorenzo seria incapaz de algo do tipo, tinha seu tio, irmão de sua mãe como um pai, afinal não havia tido a oportunidade de conviver com seu pai de sangue, que faleceu quando Lorenzo ainda era um bebê, e seu primo, ele o via como um irmão, tinham crescido juntos, e quando veio a saber do falecimento deles em um acidente de carro, Lorenzo ficou muito abalado, por um longo tempo, até depressivo.

— Alexandre Mosconi, ele tem dito muitas coisas por ai, sempre deixando a entender que você é o culpado, os boatos já estão longe e muitos estão querendo cortar relações com o senhor.

— maldito, maldito, mil vezes maldito. — Lorenzo esbravejou, em anos, ninguém nunca havia ousado dizer ou fazer algo tão serio contra ele.

— tenham calma senhor, só assim poderá encontrar a melhor forma de o punir por tais mentiras. — aconselhou Moret, Lorenzo se levantou, socou a mesa com força a fazendo estremecer e o barulho ecoar pelo escritorio, em seguida sentou novamente, a ideia de estarem o julgando culpado daquela fatalidade que o deixou sem a figura masculina que mais admirava no mundo e sem seu companheiro, fez o ódio fazer morada em sua mente, mas tratou de controlar tudo que estava sentindo, para pensar no que fazer para calar Alexandre.

Lorenzo seguia sentado, olhando para um canto qualquer daquele escritório, Moret seguia ali, esperando as ordens que ele o daria. O ar de introspecção pairava naquele escritório deixando o momento ainda mais tenso, Lorenzo seguia calado, mas então ergueu a cabeça e olhou diretamente para Moret, deu um sorriso maléfico, o que indicava que havia tido uma ideia em seguida tratou de contar sobre.

— quero que sequestrem a filha querida do desgraçado do Alexandre, ele vai se calar e vai desmentir tudo que disse por ai, mas a força, e se não o fizer, a queridinha da filha dele vai pagar bem caro, ele gosta de falar da família alheia, veremos como se porta com o problema em sua família.

— sim senhor, ele irá pagar caro por tudo que anda dizendo. — disse Moret, já se empolgando com a ideia de vingança criada por Lorenzo.

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