— maldito, maldito, mil vezes maldito. — Lorenzo gritou sentindo o ódio tomar seu corpo, sua mente e sua alma, em anos, ninguém nunca havia ousado dizer ou fazer algo tão serio contra ele, Lorenzo era um homem influente e perigoso, que as pessoas temiam, pois estava disposto a sujar suas mãos de sangue ou fazer qualquer coisa para manter sua honra intacta, para alguns, ele era o próprio diabo, um homem sem escrúpulos, o julgavam até sem alma.
♡ HORAS ANTES ♡ Sentado na cadeira de seu escritório, de paredes de cor sucinta, cortinas cinza, nada de muita cor, aquele local tinha parte da personalidade de Lorenzo, sem vida, sem alegria, um canto sombrio de sua alma. Ele levou seu copo de Whisky até a boca, tomando um generoso gole, que fez sua garganta arder, porém aquilo não o incomodou, estava acostumado e gostava da breve sensação de queimação, estava tendo um momento de descanso, o que nos últimos dias, havia sido bem raro, com sua posição, vinham várias obrigações e também preocupações, Lorenzo havia assumido seu posto na máfia após o falecimento de seu tio e primo em um tragico acidente de carro, eles estavam a frente da máfia na família, sem eles, Lorenzo que se viu encarregado disso, mesmo na época sendo apenas um jovem de vinte anos. Lorenzo levou o copo até sua boca, tomando todo o conteúdo do mesmo, a garrafa ja estava pela metade, quando ele estava prestes a enche-lo novamente de Whisky, escutou alguém bater na porta. — entre. — disse ele, sua voz soou seria e carregada, em sua mente, pedia a Deus que fosse apenas uma das empregadas querendo saber o que preparar para o almoço, mas não, e o que vinha pela frente, ia muito além de qualquer coisa que ele pudesse imaginar naquele momento. — senhor, tenho algo sério a lhe dizer. — disse aquele homem, Moret parecia preocupado, e realmente estava, o que havia descoberto era algo que tinha noção que magoaria Lorenzo e o deixaria possesso de ódio. — diga. — pediu Lorenzo de forma desinteressada, sequer imaginava o que estava prestes a escutar. — estão espalhando boatos sobre o senhor, e isso tem tomado uma grande proporção. — Lorenzo que já estava com seu copo cheio novamente, tomou mais um gole, em seguida questionou. — que boatos? — até então, Lorenzo estava calmo, não costumava se abalar ou enraivecer com boatos, falavam muitas coisas sobre ele, ruins e as vezes até boas, mas Lorenzo realmente não se importava, o homem parado em frente a mesa, engoliu seco, estava com Lorenzo a anos e sabia o apresso que ele tinha por sua família. — senhor...estão dizendo que teve sorte de que seu tio e seu primo tenham falecido, pois só assim o senhor pôde assumir o posto que correspondia a eles na máfia...e que talvez não tenha sido sorte e que você os assassinou para lhes tomar o cargo. — Lorenzo apertou o copo em sua mão, um pouco mais e teria o quebrado se machucando, mas a raiva ao ouvir aquilo foi tanta, que ele atirou o copo contra a parede, atingindo um quadro que caiu ao chão junto os cacos do copo. — quem...quem é o maldito desgraçado que está dizendo isso, Moret? — ele questionou quase em gritos, Lorenzo seria incapaz de algo do tipo, tinha seu tio, irmão de sua mãe como um pai, afinal não havia tido a oportunidade de conviver muito com seu pai de sangue, que faleceu quando Lorenzo ainda era bem pequeno, e seu primo, ele o via como um irmão, tinham crescido juntos, e quando veio a saber do falecimento deles em um acidente de carro, Lorenzo ficou muito abalado, por um longo tempo, até depressivo. — Alexandre Mosconi, ele tem dito muitas coisas por ai, sempre deixando a entender que você é o culpado, os boatos já estão longe e muitos estão querendo cortar relações com o senhor. — explicou Moret. — maldito, maldito, mil vezes maldito. — Lorenzo gritou sentindo o ódio tomar seu corpo, sua mente e sua alma, em anos, ninguém nunca havia ousado dizer ou fazer algo tão serio contra ele, Lorenzo era um homem influente e perigoso, pois estava disposto a sujar suas mãos de sangue ou fazer qualquer coisa para manter sua honra intacta, para alguns, ele era o próprio diabo, um homem sem escrúpulos, o julgavam até sem alma. — tenha calma senhor, só assim poderá encontrar a melhor forma de o punir por tais mentiras. — aconselhou Moret, Lorenzo se levantou, socou a mesa com força a fazendo estremecer e o barulho ecoar pelo escritorio, em seguida sentou novamente, a ideia de estarem o julgando culpado daquela fatalidade que o deixou sem a figura masculina que mais admirava no mundo e, sem seu companheiro de aventuras, fez o ódio fazer morada em sua mente, mas tratou de controlar tudo que estava sentindo, para pensar no que fazer para calar Alexandre. Lorenzo seguia sentado, olhando para um canto qualquer daquele escritório, mas sua mente maquiavélica estava trabalhando, Moret seguia ali, esperando as ordens que ele o daria. O ar de introspecção pairava naquele escritório deixando o momento ainda mais tenso, Lorenzo seguia calado, mas então ergueu a cabeça e olhou diretamente para Moret, deu um sorriso maléfico, o que indicava que havia tido uma ideia em seguida tratou de contar sobre. — quero que sequestrem a filha querida do desgraçado do Alexandre, ele vai se calar e vai desmentir tudo que disse por ai, mas a força, e se não o fizer, a queridinha da filha dele vai pagar bem caro, ele gosta de falar da família alheia, veremos como se porta com o problema em sua família. — contou Lorenzo, em seus lábios havia um sorriso diabólico. — sim senhor, ele irá pagar caro por tudo que anda dizendo. — disse Moret, já se empolgando com a ideia de vingança criada por Lorenzo, só não sabia Lorenzo toda a reviravolta que se daria em sua vida, após o início desse plano de vingança e tudo de bom e ruim que viveria a partir disso.Cerca de três dias haviam se passado, Lorenzo sabia que seus homens estavam trabalhando para resolver aquilo, então estava um pouco mais tranquilo, sabia o quão eficiente eles eram. Mais uma vez sentado em seu melancólico escritório, estava Lorenzo, quando alguém bateu na porta. — entre. — ele disse forma simples, logo ele viu um de seus homens passar pela porta. — senhor, pegamos a garota. — disse ele empolgado, aquele rapaz era novo no mundo da máfia e queria mostrar eficiência a Lorenzo. — onde está? A traga aqui agora mesmo. — Lorenzo disse, o rapaz assentiu, em seguida saiu, em pouco menos de dois minutos voltou arrastando uma garota que tinha um saco preto em sua cabeça, Lorenzo estava atônito, crente que ali estava a solução para calar Alexandre. — tire esse saco da cabeça dela e traga até mim. — o homem fez como o solicitado, tirou o saco da cabeça dela e, a empurrou para que desse uns passos a frente, a garota com sua péssima coordenação motora, caiu ao chão, Lorenzo
Naquela noite, Mia mal pôde pregar os olhos, estava assustada com aquela situação, em sua mente, uma ponta de esperança surgiu, que seu pai, lhe demonstrando ao menos o mínimo de amor, a procurasse, ela sabia que seu pai fazia parte da máfia, havia descoberto a poucos anos atrás, quando uma empregada deixou escapar a frente dela, mas não teve mais informações além disso, seu contato com o pai era mínimo, mesmo morando na mesma casa, ela sempre trancada em seu quarto, fazia meses que não ficava em sua presença. Pela manhã, após uma noite mal dormida, Lorenzo saiu de seu quarto, caminhando pelo corredor, parou em frente ao quarto onde havia colocado Mia, estava tudo tão silencioso, coisa incomum para uma pessoa sequestrada, mas não era incomum para Mia estar trancada. Lorenzo retornou até seu quarto, pegou a chave e rapidamente foi ao quarto de Mia, ele colocou a chave na fechadura, destrancou, mas quando foi abrir a porta, a sentiu bater em algo, ao olhar, viu ser Mia. — esta tudo b
Depois de longas horas com aquele assunto em sua mente, Lorenzo ainda não tinha decidido o que fazer, nem com Mia, muito menos com sua vingança, então para se aprofundar um pouco mais naquele assunto, decidiu falar com ela, talvez Moret tivesse razão e ela soubesse de algo util. Lorenzo seguiu até o quarto em que Mia estava, a porta estava destrancada, então somente entrou, ela não estava sentada, como quando havia saído daquele quarto, ela estava deitada, encolhidinha. — quem está ai? — ela questionou a sentir uma presença. — sou eu. — mas ainda não sei quem é você. — seu semblante era triste, de cortar corações, até mesmo o de alguém frio como Lorenzo. — me chamo Lorenzo. — Lorenzo...o que vai fazer comigo? — ela questionou temerosa. — precisamos conversar, pra só então saber o que fazer com você. — Lorenzo sentou-se na cama, não tão perto dela, não queria que se sentisse acuada, mas Mia era tão inocente que não tinha ideia do mal que um homem poderia a causar. — c
No dia seguinte, Lorenzo levantou logo cedo e saiu, foi a uma das casas dele, onde costumava se reunir com seus capangas, lá ele encontrou Moret, e com ele se reuniu no escritório, estava ansioso por notícias de Mia, mal a conhecia, mas a situação dela havia o tocado de forma profunda. — e como está a moça? — ele perguntou assim que a porta se fechou, Lorenzo ergueu a sobrancelha o olhou com seriedade. — parece muito interessado. — a situação dela me tocou. — me diga Moret, você está solteiro? — Moret franziu o cenho, não estava entendendo a finalidade daquilo. — sim, senhor, mas qual o motivo da perguntou? — seu interesse Moret, nunca vi você tão interessado em algo, não que você seja displicente, ao contrário, é muito eficiente, mas vejo que se interessou em demasia por Mia, antes que possa se interessar ainda mais, fique sabendo que me casarei com Mia. — senhor, não é o que está pensando...— Moret fez uma pausa, então assimilou o que havia ouvido. — o que o sen
Ao fim do banho, Lorenzo colocou uma toalha ao redor do corpo de Mia, ela sorria de forma doce e agradecida, aquele olhar era um claro pedido, de carinho, de atenção, para ele aqueles olhos o diziam “me cuide” e era isso que iria fazer.— sua roupa está imunda, vou pegar uma camisa minha. — Lorenzo seguiu até seu closet, lá pegou uma camisa qualquer e retornou rapidamente a ela, que o aguardava no mesmo lugar que havia a deixado, no meio do quarto, segurando a toalha em seu corpo de forma desajeitada. — me dê a toalha. — disse ele, a retirou a toalha de seu corpo o deixando novamente exposto aos olhos dele, que logo pegou a toalha e jogou num canto qualquer, em seguida começou a colocar a camisa nela, primeiro colocando os braços e por fim fechando os botões.— Lorenzo...— diga.— estou com fome.— pensei que estava comendo quando cheguei, afinal estava toda suja.— eu ia comer, mas acabei derramando comida em mim e a moça não me deixou mais...mais comer. — completou ela apó
Naquela manhã, Mia acordou e espreguiçou, havia dormido muito bem, a primeira coisa que lhe veio a mente, foi Lorenzo lhe cuidando, ela sorriu de satisfação, em seguida sentou e instantes depois, se levantou, mas já nos primeiros passo, esbarou na cômoda que ficava ao lado da cama.— cuidado. — disse Lorenzo, Mia não esperava que ele estivesse ali, afinal havia acabado de acordar.— Lorenzo, você me assustou, o que está fazendo aqui?— está no meu quarto Mia, você dormiu aqui.— dormi?— sim, ontem a noite a noite depois que lhe ajudei com o banho, você disse que estava com fome, fui pegar um lanche pra você e quando voltei, já estava dormido. — disse ele, então escutou a barriga dela roncar, indicando que seguia com fome. — pelo visto continua com fome, como conseguiu dormir tão bem com fome?— gostaria de dizer que é um dom. — Lorenzo suspirou, levantou-se da poltrona onde estava sentado e se aproximou dela. — se eu dormi na sua cama, onde você dormiu?— em um dos quartos de h
Após sua mãe ter saído de seu escritório, ele abriu seu notebook e começou a olhar seus e-mails, mas de repente, se viu distraído lembrando-se de Mia, aquela tentação de corpo que guardava aquela alma tão pura, corpo esse que estava se fazendo presente em sua mente, mesmo que estivesse tentando não lembrar da cena da noite passada, Mia, completamente despida e molhada, as gotas de agua escorrendo pela pele, Lorenzo fechou os olhos e suspirou, mas então voltou a si e irritado fechou o notebook com força.— não posso olha-la com malicia, Mia é como anjo, puro e sem maldade. — ele disse a si mesmo, em seguida deslizou a mão pelos cabelos de forma exasperada. — Mia não é como as vadias com quem transo por ai, é praticamente um crime olhar para seu corpo com outros olhos. Enquanto Lorenzo repreendia seus pensamentos e tentava se concentrar em seu trabalho, em um dos carros de dele, com o motorista e segurança, Mia e Andrea seguiam em direção a um salão de beleza que ela cos
Aquele dia foi animado, Mia e Andrea compraram muitas coisas, tantas que o segurança sequer dava conta de carregar e por várias vezes teve que levar as muitas sacolas para o carro, que acabou totalmente cheio, mas de tudo comprado, o que mais havia alegrado Mia, foram os perfumes, ela sentiu o cheiro de vários e, amado todos, então incentivada por Andrea, ela escolheu dez.— bonequinha, você vai ficar linda com as roupas que compramos, quando chegarmos em casa, eu mesmo vou te arrumar todinha, vai ficar uma preciosidade.— será que Lorenzo não vai ficar chateado? Compramos muitas coisas, deve ter sido muito dinheiro. — disse Mia, mesmo tendo estado presente na sessão de compras, não tinha muita noção do quanto realmente havia sido gastado, pois nunca havia lidado com dinheiro, mas realmente tinha sido um valor bem alto, — Mia, não se preocupe, Lorenzo é muito rico. Era noite, quase hora do jantar, após ter colocado uma roupa escolhida por Andrea e também um delicado