Sem perceber o efeito que suas palavras causaram em Paulina, Erick se põe de pé chamando Eduarda. — Filha, acho que está na hora de arrumar esses brinquedos e ir para cama. — O papai vai contar história? — Se me prometer não pedir para eu contar umas dez histórias, eu conto. — Eba! — Eduarda guarda os seus brinquedos com a ajuda de Paulina e na hora de ir para o quarto pede que os pai a leve nas costas. — Vou te dar um pônei de presente — Erick fala com a filha rindo, a levando nas costas — Acho que você vai gostar de andar em um cavalinho. — Obá!!! O papai vai me dar mesmo? — Não temos espaço aqui no quintal, garotinha. — Mas o papai disse... — Eu estava brincando. Você leva as coisas muito a sério. — Mas papai, eu gosto tanto de cavalinho. — Percebo isso — Erick responde rindo, com ela ainda em suas costas — Agora vamos trocar essa roupa para dormir. — Mas você disse que ia contar história. — E eu vou, mas ande logo antes que eu mude de ideia — Erick
Paulina se levanta ainda pensativa e depois de um banho ela decide escolher uma roupa diferente das que costumava usar no dia a dia. Escolhe uma calça de linho marrom e uma camiseta de seda na cor branca. Nos pés, calça uma sandália na cor nude, com tiras, não muito alta, assim como a bolsa que escolheu para usar. Sua sorte foi ter comprado algumas roupas novas quando soube da mudança que faria. Depois de pentear os cabelos os deixando soltos, decide passar uma maquiagem para o dia, não costumava se maquiar, mas aos poucos ela retomaria a sua rotina de anos atrás, mas dessa vez não por cobranças ou criticas, mas por ser a vontade dela e as suas decisões lhe fazerem bem. Depois de pronta, ela se olha no espelho se vendo de corpo inteiro e sorri por se achar bonita. Antes valorizava mais o jeans e uma camisa despojada, agora ela queria se sentir bonita e não apenas confortável. Ao chegar a sala ela encontra Eduarda fazendo a maior bagunça, havia brinquedos espalhados, almofadas fora
Já em casa, Paulina estava penteando os cabelos de Eduarda quando Sandra entra no quarto, e ao ver as bolsas com as coisas que haviam comprado começa a guardar em seus devidos lugares e aproveita para perguntar sobre a escola. — Vovó, a minha escola é grandona e eu sou muito inteligente. — Que você é muito inteligente eu não tenho nenhuma dúvidas, e me parece que gostou muito da escola. — É verdade vovó, eu gostei muito. — A escola é excelente, tem uma estrutura ótima — Paulina explica. — Fico feliz por terem gostado. — E você foi passear? — Com certeza, foi ótimo eu encontrar esse grupo de brasileiros aqui, me sinto em casa, dois deles moram aqui na Itália, e os outros estão de férias... — Sandra conta do passeio enquanto termina de arrumar as coisas — E agora pode deixar que eu fico com Eduarda, vá cuidar de você e se divertir. — Eu não vou sair a no
Quando eles vão embora, o assunto é a festa e o quanto Paulina se divertiu. Erick fica feliz por ter proporcionado a ela algo que a fez se sentir feliz. — Confesso que há muito tempo não me divertia tanto, principalmente sem ter alguém me criticando — Ele a olha de lado mas, não diz nada — Obrigada por essa noite. — Não precisa agradecer. Você já conhecia a Itália? — Paulina liga um sinal de alerta. — Estive aqui uma vez. Vim com os meus pais, na época eu era uma adolescente. — Você não é muito de falar sobre você, não é mesmo? — Paulina não responde, a noite estava sendo perfeita para falar do seu passado. — Um dia talvez eu te conte um pouco sobre mim. — O que te fez ser babá? — Ele a olha — Reformulando a pergunta, o que te fez abrir mão da sua vida para ser babá? — A necessidade que Eduarda tinha em ter alguém sempre ao lado dela, alguém que a protegesse dos problemas que existiam a sua volta — O que ela diz é verdade, foi esse o motivo que a fez abrir mão de sua
Paulina não sabe o que responder, ela não esperava que ele fosse tão direto, revelando que já havia percebido o seu interesse por ele. Ela só queria que o interesse fosse recíproco. — Paulina, eu vou ser sincero com você, eu nunca pensei em me casar, casamento não estava em meus planos, talvez por não ter tido bons exemplos na família. Também nunca imaginei ser pai, não que eu não desejasse, mas aqui estou eu sendo pai de uma garotinha. — Então por que está me pedindo em casamento? — Porque assim como você, eu quero que Eduarda seja feliz, tendo um pai e uma mãe ao lado dela, que a ame de verdade. Eu sei o que é crescer sem mãe, e não quero isso para a minha filha. — E quanto a você? — Talvez esteja na hora de formar a minha família e acredite, farei de tudo o que estiver ao meu alcance para sermos uma família de verdade. Não estou te propondo um contrato de papel, quero que realmente seja a minha esposa, a minha mulher.
Paulina acorda sozinha e com medo de ter acontecido o mesmo que o dia naterior, ela olha a hora e para o seu alívio ainda era cedo. 'Com certeza Eduarda e Sandra ainda estão dormindo', ela pensa aliviada. Ela vai até o banheiro pensando que encontraria Erick, mas ele não estava, ela pensa no que aconteceu na noite anterior e sorri, nunca pensou ter uma noite como aquela e muito menos ter coragem de se permitir viver uma noite como aquela. Com medo de que alguém a visse sair do quarto de Erick ela veste as suas roupas às pressas e foge para o seu quarto. Se pergunta onde Erick estava, será que ele havia se arrependido de ter a levado para o quarto dele? E a história de casamento, estaria ele disposto a se despedir da vida de solteiro? Essas são perguntas que só ele poderia responder, Paulina pensa entrando no banheiro para tomar um banho. Seu corpo revelava o que tinha acontecido, e dentro dela não havia arrependimentos. Depois de vestir um vestido de lese branco, com alças de amar
Erick tenta a beijar, mas Paulina consegue evitar o beijo, os beijos dele sempre eram avassaladores e não correria o risco de se perder em seus beijos ali na sala, correndo o risco de serem pegos. — Erick, Martina pode nos ver — Ele ainda lhe rouba um selinho e sorri depois. — Vou me trocar, e quanto a você não precisa, está linda com esse vestido — Paulina sorri, era bom ser elogiada e não criticada.O passeio da tarde foi maravilhoso, e dessa vez Sandra os acompanhou, mas parecia não perceber o que estava acontecendo entre eles. A noite Paulina estava arrumando Eduarda para dormir quando Erick entra no quarto. — Papai! — Eduarda sorri para ele — Veio contar história?— Isso mesmo, mas dessa vez eu não vou precisar de livros.— Boa noite, meu amorzinho, agora eu vou deixar o seu pai te contar história — Paulina ganha um abraço e um beijo de Eduarda e faz o mesmo. — Boa noite, Paulina, amanhã você conta história, t
Como Paulina imaginou, Sandra foi até o seu quarto e a encontra pensativa. Ela estava pensando em Erick e em seu convite de ir até o quarto dele, era muito bom estar com ele, mas ela precisava manter os pés no chão e pensar com clareza, o que era impossível quando estava com ele. Não queria ter mais um divórcio em seu currículo, pensava desiludida. — Oi, que carinha é essa de preocupada? Não me diga que está preocupada com o passeio de amanhã?— Oi Sandra, eu não estou preocupada, estou apenas pensativa — Paulina responde se sentando na cama, ela e Sandra se tornaram boas amigas, mesmo com a diferença de idade entre elas, sabiam conversar e dar conselhos uma a outra.— Estava olhando vocês três hoje no passeio, até que vocês formam uma bonita família. — Não inventa Sandra, até você?— Por que até eu? Não me diga que mais alguém falou a respeito?— Erick quer que eu seja a mãe de Eduarda, mas ela já tem mãe, foi o que eu disse a ele.— Se quer saber, eu já te vejo como a mãe de Edua