Considerado esquerdista pelos setores mais conservadores, e, portanto uma ameaça, sofreu pressões políticas comandadas pelo partido de oposição da época, a UDN e pela cúpula, qu
Na economia, os militares adotaram medidas, um tanto quanto, impopulares, visando equilibrar as finanças internas, resgatar capacidade de crédito externo e atrair capitais estrangeiros. Internamente, restringiram o crédito e coibiram os aumentos salariais para conter a capacidade de consumo da população e, consequentemente, diminuir a inflação que, naquele momento, ultrapassava os oitenta por cento. Para controlar o déficit nas contas do governo, aumentaram impostos, tarifas públicas e o corte de despesas na administração. Alguns direitos tr
Os protestos se espalhavam em todas as direções da sociedade. O movimento operário desafia o regime militar: em Contagem, região de Minas Gerais, Osasco, em São Paulo e no Rio de janeiro pipocaram greves que demonstravam a insatisfação com a política do governo e, sobretudo com o arrocho salarial.
Em mil novecentos e sessenta e sete, o país, poeticamente chamado de “O Gigante Latino em franco desenvolvimento”, nada mais era, na verdade, que um subdesenvolvido governado por atos e decretos militares nada condizentes com o espírito nacional. Desde o golpe militar que derrubou o governo Jango, o gigante atravessava o terceiro ano da ditadura, regime este que começava a estender-se por todos os países do continente sul-americano. A repressão era total e o Ato Institucional número cinco estava a todo vapor, ceifando direitos constitucionai
O povo não compreendia bem porque chamavam de comunistas aos idealistas que clamavam por democracia. Até onde se podia saber, comunistas viviam num governo minoritário e formado por uma cúpula dona de tudo. O cidadão nada tinha. Tudo pertencia ao estado e o ser humano era apenas uma peça sem muita importância da enorme máquina governamental. Era incapaz de pensar e de agir, de sonhar e até mesmo sem o direito de ter esses sonhos. O pobre mortal via no atual governo tudo isso junto, mas diziam que eram democráticos e, aos poucos, iam fazendo
Nesse clima e de certa forma alheios a ele, um grupo de jovens estudantes secundaristas começava a se conhecer num colégio público no bairro de Rudge Ramos, em São Bernardo do Campo. A propósito, eu, Mário, fazia parte dessa turma alegre e descompromissada, juntamente com o Marcos, a Hilda, a Purci, o Salvador, o Saulo, a Sônia, a Marlene, a Rosa, o Zig, o Janjão, o Aita e tantos outros cujos nomes não mais me lembro. Afinal, passaram-se quase trinta anos.
Após lhe relatar o ocorrido, ele não deixou de rir, mas me repreendeu pela ou
O pessoal da TFP não mostrava nenhum interesse em participar, muito menos em
O jornal passou então a ser um ponto de honra. Resolvemos fazê-lo a qualquer custo e, juntando recursos próprios compramos um mimeógrafo a álcool e passamos a rodá-lo clandestinamente. Eu sugeri o nome, O Sinal, que fora aceito.
Último capítulo