KATHA porta se abriu, e ele entrou no quarto devagar, hesitante. Seus olhos encontraram os meus, e algo dentro de mim se retesou. Eu não esperava vê-lo tão cedo, especialmente aqui. Eu me coloquei entre Reagan e ele, meu corpo instintivamente adotando uma postura protetora. Depois daquela briga… — Kath... — ele começou, a voz baixa, como se não quisesse perturbar o ambiente tenso do quarto.— Majestade — o corrigi, interrompendo-o antes que ele dissesse mais alguma coisa. Eu vi a expressão dele se fechar por um momento, como se minha palavra tivesse sido um golpe direto. Havia uma tristeza ali, um arrependimento que eu já tinha visto antes, mas eu não podia simplesmente ignorar tudo o que ele tinha feito.— Eu... — Joshua hesitou, desviando o olhar para Reagan, adormecido, e depois voltando a me encarar. — Eu ainda não voltei ao bando. Não consegui ir embora sem antes... ter certeza de que você está bem.Senti meu coração apertar um pouco, mas me forcei a manter a postura firme. Eu
JOSHUACaminhei pelo corredor do palácio com o peito pesado, como se cada passo me custasse um pedaço de minha alma. Kath me rejeitou, mas isso não era inesperado. Eu sabia que havia feridas demais, erros demais. Mesmo assim, ouvi-la me pedir para chamá-la de "Majestade", impedindo-me de usar “Kath”... doeu mais do que eu esperava. Mas, mesmo que ela nunca mais me aceitasse como algo além do Alfa do bando onde ela tinha nascido, eu precisava provar que não era o homem que ela pensava. Precisava limpar meu nome, não apenas por ela, mas por mim também.Liguei para Kian enquanto entrava no meu quarto e começava a pegar a mala. Eu tinha que arrumar as minhas coisas para ir embora. A voz dele me pareceu cansada, quando atendeu. Optei por uma chamada de video, escorando o celular na mesinha de cabeceira. Kian tinha olheiras profundas, pois agora com esses ataques e possível revolta, a morte do Rei, nossas responsabilidades ficaram ainda mais pesadas. — Como estão as coisas por aí? — eu pe
KATHAcordei com uma dor de cabeça latejante, como se meu cérebro estivesse tentando fugir do meu crânio. Pisquei algumas vezes, tentando me situar. Estava no quarto que dividia com Reagan, mas não me lembrava de como tinha ido parar ali. A última coisa de que me recordava era estar em outro corredor, talvez perto da ala hospitalar. Mas como eu vim parar aqui? Fechei os olhos, tentando puxar as memórias, mas cada tentativa fazia a dor se intensificar, como se meu próprio corpo quisesse bloquear o que acontecera.Suspirei, decidindo deixar isso para lá. Não adiantaria de nada me forçar a lembrar, especialmente se aquilo só me trazia mais dor. E eu devia estar simplesmente muito cansada e, por isso, “apaguei”. Levantei da cama com esforço, sentindo os músculos ainda rígidos, e me arrastei até o banheiro. Precisava de um banho, de algo que me ajudasse a clarear a mente e aliviar o peso nos ombros.A água quente escorria pela minha pele, relaxando os músculos e acalmando minha mente. Feche
DANNAEstava tudo tão caótico. Desde os ataques até a morte do Rei, era difícil não sentir a tensão que envolvia o castelo como um manto pesado. Fiquei aliviada quando Joshua finalmente decidiu ir embora. Ele era um lembrete constante do passado turbulento de Kath, e apesar de sua tentativa de redenção, sua presença aqui parecia uma distração para ela e para Reagan. Agora, talvez as coisas pudessem se acalmar um pouco. E eu nem queria pensar na possibilidade de ele ter dedo naqueles ataques. Balancei a cabeça para afastar os pensamentos. Joshua podia ser cruel, mas que eu me lembrasse, ele não agia errado por ele mesmo, mas pelos outros. Portanto, se ele queria mesmo conquistar o coração de Kath, ele faria o que ela queria e precisava. Atacar as Terras Reais definitivamente não seria um bom caminho. Eu estava indo falar com Andrew. Eu não era médica e nem enfermeira, mas eu sabia uma coisa ou outra e queria ser mais útil. Me avisaram que ele estava no quarto dele e eu andei mais rápi
ANDREWAs mãos de Danna nos meus cabelos enquanto eu a beijava me davam ainda mais tesão. Ora ela acariciava os meus fios, ora os puxava. — Selvagem! — falei quando ela puxou com força. Ela não disse nada, apenas sorriu e usou o pé para puxar a minha calça para baixo. — Me diz que você não é virgem… Os olhos dela brilharam e ela negou com a cabeça, eu sorri. Sim, adoraria ser o primeiro dela, mas… eu estava com um tesão do caralho e se aquela fosse a primeira vez dela, eu teria que me controlar ao máximo para machucá-la o menos possível. A ajudei a tirar a minha calça junto com a cueca e Danna abriu a boca, olhando para o que eu tinha ali. Ela mordeu o lábio e fez menção de tocar, mas parou no meio do caminho. — Continua… pode pegar — eu falei e Danna passou a língua pelos lábios, antes de passar os dedos em volta do meu membro rijo. — Ah! Mão quente! A palma da mão dela era delicada, quente e quando ela passou o dedão pela ponta, eu comecei a mover os meus quadris. Danna continu
AUTORQuando Danna acordou, ela sentiu uma inquietação muito grande. Andrew não estava ao lado dela, mas tinha deixado uma nota, dizendo que precisou trabalhar, porém, faria de tudo para estar de volta para ela. Ela sorriu e levou a nota até o coração. Aquele macho era tudo o que ela sempre tinha sonhado em um companheiro. Mesmo com o clima entre eles, Andrew não deu nenhum avanço, ainda que Danna sentisse que ele queria. Ele não foi indiferente, apenas… respeitoso. Ela levantou, pegou as roupas dela e foi para o banho. Danna queria se fazer útil. Depois do sexo intenso, ela e Andrew conversaram um pouco antes de dormirem e ficou combinado que ela ajudaria com os enfermos. A sensação de pedra no coração, aperto, voltou a tocar Danna e ela franziu a testa, enrolada na toalha. Tentando deixar de lado isso, ela se vestiu rapidamente e foi para a ala da enfermaria. Primeiro, passou no quarto onde o novo Rei estava, junto com Kath e, depois, foi procurar o médico. — Ajude ali! — ele fa
AUTORReagan sorriu de lado e passou a mão pela cintura de Kath, colando os corpos deles, os olhos vermelhos exibiam um brilho neon, indicando que Caesar estava com eles. — Eu acho que é uma excelente ideia! — aquele era o lobo falando, e Kath sabia. A voz era mais profunda, mais rouca e, claro, muito mais perigosa. Porém, era um perigoso que a incitava e a hipnotizava. Kath passou as unhas pelo pescoço de Reagan e ele reagiu imediatamente, deitando-a na cama do quarto e ficando por cima. — Acho que não vai dar muito certo, aqui — ele disse, levantando-a. — Reagan, você não pode… Ele riu baixo, enquanto saia do quarto de hospital, em direção ao corredor principal. — Eu vou devorar você em alguns minutos, acha mesmo que eu não tenho condições de te carregar? — ele perguntou com uma risada. — O quê? Esperava cavalgar em mim e só? O rosto de Kath queimou com as palavras do Rei e, em segundos, eles estavam no quarto que dividiam. Ele girou a chave na maçaneta e a depositou na cama
REAGANEu me movia rápido pelos corredores do palácio, minha mente focada em uma coisa: Andrew. Eu precisava saber como ele estava antes de entrar de vez no campo de batalha. Quando entrei no quarto da enfermaria, vi meu Beta se sentando, a respiração ainda um pouco pesada, mas ele parecia melhor.— Como está se sentindo? — perguntei, mantendo a voz firme, mas com um toque de preocupação.Andrew sorriu levemente e assentiu.— Melhor do que há pouco, Majestade. Logo estarei com você no campo de batalha. Não vou deixar que você tenha toda a diversão sozinho — ele disse, e eu pude ver a faísca de determinação em seus olhos.— Apenas se recupere direito. Prefiro você inteiro ao meu lado do que correndo riscos desnecessários — dei-lhe um tapa de leve no ombro, e ele sorriu, fazendo um gesto de afirmativo com a cabeça.— Pode deixar, Rei. Vou me juntar a você logo.Deixei a enfermaria, sentindo um peso sair dos meus ombros. Andrew estava melhor, e isso me dava mais força para entrar na luta