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Capítulo 3 – O Alfa em Fúria


 

O rosnado de Darius ecoou pela clareira, fazendo até mesmo os lobos mais experientes estremecerem. Sua postura era predatória, cada músculo tenso, pronto para atacar. Os olhos dourados brilhavam com fúria enquanto ele encarava o homem que ousara desafiá-lo.

Aurora sentiu um arrepio percorrer sua espinha. O poder de um Alfa era avassalador, e ali, diante dela, estava um dos mais temidos e respeitados de toda a região.

Ela conhecia aquele lobo. Caleb Vaughn, um guerreiro arrogante da alcateia do norte, sempre à procura de uma briga. Ele não era um Alfa, mas sua sede por domínio o tornava perigoso.

— Eu só disse a verdade. — Caleb sorriu de canto, cruzando os braços. — Sua fêmea não parece muito entusiasmada com essa união. Quem sabe ela prefira um lobo menos… impulsivo?

Darius avançou antes mesmo que Aurora pudesse processar as palavras.

Rápido como um raio, ele agarrou Caleb pelo colarinho e o ergueu alguns centímetros do chão. O outro lobo grunhiu, surpreso, mas não teve tempo de reagir antes que Darius o lançasse para trás com um único golpe.

O corpo de Caleb atingiu o chão com força, levantando poeira. Um segundo depois, ele já estava de pé, os olhos brilhando em desafio.

— Então é assim? — Caleb cuspiu no chão, limpando um filete de sangue do canto da boca. — O grande Alfa Blackwood mostrando as presas por causa de uma fêmea que nem mesmo o quer?

Darius rosnou, sua voz baixa e perigosa.

— Você ousa falar sobre minha companheira como se ela fosse um prêmio a ser disputado?

— Se ela fosse verdadeiramente sua, você não precisaria lutar por ela. — Caleb abriu um sorriso provocador. — Ela estaria ao seu lado. Mas veja só… — Ele olhou para Aurora, os olhos avaliando-a com interesse. — Ela está hesitante. Talvez ela esteja esperando uma outra opção.

Aurora sentiu o lobo de Darius explodir em fúria antes mesmo de vê-lo se mover.

Em um piscar de olhos, ele já estava sobre Caleb. O impacto fez o outro lobo cambalear para trás, mas Darius não parou. Seus punhos encontraram o rosto do adversário com força brutal, um golpe após o outro. O som dos ossos se chocando ecoou na clareira.

Você não. Fala. Sobre ela. — Darius rosnou entre os golpes.

Seu lobo estava à beira da transformação. Os instintos primordiais exigiam sangue, exigiam que ele protegesse sua fêmea, que eliminasse qualquer ameaça.

Os outros lobos assistiam em silêncio, sem ousar interferir. O confronto entre machos dominantes era sagrado.

Aurora, no entanto, não podia ficar parada.

Darius, pare!

Sua voz cortou o ar como uma lâmina, forte e autoritária.

Por um momento, tudo ficou em silêncio.

Darius ofegava, os punhos cobertos de sangue, os olhos brilhando em fúria e desejo de destruição. Ele queria acabar com Caleb. Queria garantir que ninguém jamais olhasse para sua companheira com aquela ousadia.

Mas então, seus olhos encontraram os de Aurora.

Ela não parecia assustada. Não parecia frágil. Ela o encarava com firmeza, como se desafiasse seu lobo a provar que ainda tinha controle.

— Isso não é necessário. — Aurora deu um passo à frente. — Ele não é uma ameaça.

Darius hesitou. Seu instinto dizia o contrário. Seu lobo gritava para ele acabar com qualquer um que ousasse cobiçar sua companheira.

Mas a maneira como Aurora o olhava… o fez querer ser mais.

Ele soltou Caleb com um último empurrão. O outro lobo caiu de joelhos, tossindo, enquanto Darius se afastava, tentando recuperar o controle.

— Se eu pegar você olhando para ela novamente, não terei tanta misericórdia. — Sua voz era um rosnado baixo.

Caleb riu, cuspindo sangue.

— Você já a perdeu antes mesmo de tê-la.

Darius avançou um passo, mas Aurora estendeu uma mão, tocando seu braço levemente.

Foi o suficiente para fazê-lo parar.

Seu lobo se acalmou instantaneamente com aquele simples toque. O calor da pele dela contra a sua era como uma âncora, trazendo-o de volta.

Ele se virou lentamente para encará-la.

— Você não precisava fazer isso. — A voz dela era baixa.

— Eu preciso proteger o que é meu.

Ela apertou os lábios.

— E eu preciso que você me deixe respirar.

Aquelas palavras atingiram Darius de uma forma que ele não esperava.

Ele achava que poderia simplesmente reivindicá-la, e tudo ficaria bem. Mas Aurora não era uma fêmea qualquer. Ela era sua companheira.

E ele teria que conquistá-la.

Darius respirou fundo, tentando acalmar os instintos que ainda rugiam dentro dele.

— Isso não muda nada, Aurora. Você pode lutar contra isso, mas no final… — Ele inclinou-se levemente para ela, sua voz um sussurro grave. — O destino sempre vence.

Os olhos dela brilharam com uma mistura de desafio e algo mais profundo. Algo que ela não queria admitir.

Porque, no fundo, ela sabia que ele estava certo.

O destino sempre vence.


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