Roberta:Quinta e sexta foram dias corridos, julgamentos, atendendo clientes e organizando os casos. Esse trabalho era da Júlia, mas ela estava passando muito mal devido à gestação.Expediente terminando, guardo minhas coisas na bolsa e, quando estava me preparando para sair, batem na porta e logo a mesma é aberta.— Oi, Ernesto, tudo bem? Achei que já tinha ido.— Tudo bem... só queria conversar.- Posso te passar o número da minha psicóloga. Ela é maravilhosa.- Quero falar com você.— Ok. O que houve? - Me sento.- Acho que a Júlia cansou de mim - diz um tanto tristonho.- Por que acha isso?- Ela anda estranha, quando chego perto dela, ela diz que sente enjoo devido ao meu perfume, sendo que antes amava ele. Também sempre diz que está com dor de cabeça ou cólica. Você me acha feio? Insensível?. Rude?.— Claro que não, Ernesto, você é incrível. Acredito que seja uma fase dela, já tentou conversar com a Ju?- Já pensei, mas tenho medo de ouvir de sua boca que ela não me ama mais, qu
Vinícius:Trabalho e mais trabalho, e em fim, chegou o dia de ficar com a gata. Acordei cedo, organizei umas coisas e logo o Josh estava falando o horário em que seu filho(Antoniel) chegaria.Ligo para minha mulher, só para avisar que logo a buscaria. Em uma breve conversa, começamos a negociar e ela mostrou porque era advogada, ganhava o que queria, era boa nisso. Saio de casa, deixando meus seguranças de guarda e logo estava buscando a Roberta, e depois fomos até o aeroporto. Cheguei, deixei ela no carro e fui buscar o garoto. Assim que o avistei, acenei e ele se aproximou, já havia chegado. — Bom dia, Vinícius, não mudou nada, continua medonho-o mesmo gargalha. - E você continua uma criança, só mudou de tamanho. Vamos. Vou até o carro e ele me segue, então fala da minha mulher e fomos calados. Eu me irritava rápido, ainda mais com quem fica de olho na minha mulher. Chegamos ao hotel, estaciono no estacionamento do prédio.— Consegue alugar um quarto, ou tenho que ser sua babá
Roberta Albuquerque:Na matéria do dia, estava lá, meu noivo nu em uma sacada de hotel, com outra mulher da mesma forma que ele, não tinham pudor algum dos outros verem e tinham a lascívia estampada no rosto, nojentos.Eu olhava a matéria vestida de noiva, faltava pouco para a consumação do casamento, eu estava com raiva, ódio e triste por ver o homem que eu achava ser o amor da minha vida, transando com outra, sem contar a forma, sempre me dizia ser reservado, agora todos viam seu corpo nu, sem contar que estava com uma prostituta local, que todos conheciam e já se deitaram.— Eu odeio eles-falo em voz baixa.— O objetivo de voltarmos ao passado, é você se curar da mágoa e ódio Roberta, não o sentir com mais força ainda-diz minha psicóloga.— Não consigo me curar, ele me traiu dias antes do nosso casamento, eu descobri tudo isso uma hora antes de casar, gastei um puto dinheiro para essa merda de casamento e no fim, só me fu**!-falo novamente irritada.— Mas isso já faz quase um ano,
Roberta:Conversei com o médico e ele me aconselhou a não a tirar, que por mais que minha mãe estivesse controlada, ela podia ter recaídas ao ver meu pai em seu novo casamento, eu só concordei e conversei mais com ela, então iria pedir para uma psicóloga ajudar ela, para que se curasse do passado e assim poderia voltar para casa.E o que aconteceu com meus pais?.Bom, ele se apaixonou por sua secretária, mas esqueceu de separar e explicar isso para minha mãe, como mulher tem faro para descobrir as coisas, ou tem uma melhor amiga para lhe contar os segredos, ela descobriu de uma forma horrível, na época era professora na universidade em que estudei, no dia chegou cedo e pegou meu pai na cama deles, com a secretária, pelo visto homem é burro de mais, esquece que não se deve está no lugar mais óbvio do mundo, claro que essa burrice é ótima para a mulher.Por fim, minha mãe quebrou toda a mobília do quarto no meu pai e na amante, depois jogou a roupa dele na rua e ele saiu com a outra, nu
Roberta:Acordo e tomo um banho fresco, a noite de ontem fez um calor imenso e eu estava tão cansada que não liguei o ar-condicionado, só o ventilador.Saio do banho de toalha, vou até o closet escolher uma roupa e após olhar por bastante minutos, escolho uma blusa de pano leve, ela era de alça e de cor vinho, escolhi um blazer e uma saia social, que ia até o joelho e eram de cor cinza. Pego uma lingerie preta de algodão, me visto com calma, depois penteio meu cabelo e prendo em um rabo de cavalo, passo uma base só para esconder olheiras e algumas sardas que haviam na minha bochecha.Coloco minha sandália, pego minhas coisas e me olho no espelho, então passo um pouco de blush e um batom rosinha, tudo muito claro, era mais para parecer saudável.Saio de casa trancando tudo, entro em meu carro e fecho a garagem no botão automático, vou para agência dar uma olhada nas coisas e depois vou para meu carro e dirijo até a prisão, chego, estaciono, desligo o carro, saio e tranco tudo, depois c
Vinícius: Estava dormindo quando batem forte na porta, arrombando a mesma, acordo assustado, as putas que estavam espalhadas pelo quarto também, logo apontam o fuzil para o meu rosto, suspiro desanimado. — Levanta com as mãos para cima-grita um policial. Levanto da cama com as mãos para cima e logo ponho atrás da nuca, as mulheres se agarram com medo, então um deles manda eu me vestir, coloco minha cueca e bermuda que estava perto da cama, depois um deles me algema e me tiram dali. Eles me falaram o porquê de está sendo preso, falaram que alguém morreu e acharam provas que me ligavam ao crime, eu só fiquei quieto e fui jogado em uma cela pequena, com outros caras, todos vestiam laranja e essa era a cor que mais odiava. Horas depois recebi a visita de um dos meus funcionários, fui levado para sala de visita e eu estava puto, se fui preso foi por culpa deles, que não fizeram o trabalho direito. — Como o senhor está?. — Como tu acha?, me prenderam por uma coisa que não fiz e se con
Roberta:Depois que volto para o escritório, encontro o Ernesto, ele parecia um pouco aflito.— Encontrou algo?-pergunto indo para minha sala e ele me segue.— Temos um grande problema-me sento na cadeira em frente a mesa aonde tinham diversos papéis.— Qual?-encaro o mesmo.— É difícil descobrir algumas coisas, mas no submundo do crime dá para saber tudo de muitos.— E então?.— Já sabemos que ele foi incriminado, pelo nosso tempo de trabalho e análise do caso, porém ele não é flor que se cheire, disseram que é um narcotraficante, que mata qualquer um que lhe for incomodo e quando quer tirar alguma informação de alguém, seus métodos de tortura são piores que dos militares ditadores.— Devo me preocupar em defender um criminoso, que nesse caso é inocente?.— O problema aqui é quem teria coragem de incriminar um criminoso famoso e perverso?.— Outro criminoso?.— Isso Roberta, se outro criminoso, do mesmo jeito que o Vinícius está incriminando ele para tirá-lo da jogada, quer dizer que
Roberta:Chego na delegacia e vou para a sala do delegado, que me atendeu com a maior educação e paciência.— Então você é advogada do Vinícius Marinho?.— Sim e vim aqui atrás de informações.— Quais?.— Como foi a prisão?, quanto tempo demorou a prendê-lo?, o que ligava ele ao assassinato?, sabe a motivação do crime?.— Senhorita Roberta, a prisão foi normal, rastreamos ele e o prendemos em um prostíbulo, estava dormindo na hora da prisão. Demoramos a o prender, ele não é um homem de fácil acesso, sempre se escondendo, com inúmeros endereços, demoramos dias para conseguir o achar e efetuar a prisão. Achamos digitais, resto de cigarro de maconha, além da arma do crime, uma pistola calibre 38. E a motivação eu não sei, ele não disse nada em momento algum que esteve sob nossa custódia.— Ele já cometeu outros crimes?.— Sim, cinco anos atrás ele produzia e enviava drogas ilegais para outros países, ele mesmo entregava os produtos.— Algum assassinato?.— Esse é o primeiro.— Me diga, d