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Roberta:

Na sexta ainda, fim do expediente, estava arrumando minha bolsa para ir para casa e a Júlia entra na minha sala, olho para a mesma que não diz nada, então me pronuncio.

— Tudo bem?.

— Sim, senhora, só queria entender o que houve, sei que não é da minha alçada, mas, quero entender porque ela veio, chorou e não pediu o dinheiro de volta.

— Ela me contou a verdade e decidiu se entregar.

— Mas você disse que ela era inocente, estava errada?-questiona assustada.

Eu também ficaria se fosse ela, já que eu nunca errei um "palpite" dado. Era um dom.

— Ela é inocente, mas quem matou o menino, foi a filha que foi escondida de tudo e de todos, a garota sentiu ciúmes do irmão, esperou a oportunidade, hora certa e matou ele. Tem 24 anos e fez sem pensar, eu acho.

— Então ela vai cumprir a pena no lugar da filha?.

— Sim.

— Então, por que não pegou o dinheiro?.

— Ela pediu para defender a filha dela ou diminuir sua pena, escolhi diminuir a pena, pois ninguém imagina que possa ter sido a filh
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