Roberta:Deu minha hora e logo sou chamada para a sala da psicóloga, a mesma sorri amena, mas me recebe. — Bom dia Roberta, o que deseja hoje?. — Por sua expressão, não me quer aqui, de novo. — Nada disso, Roberta, só estou pensando qual seria nosso novo problema. Sente-se. Eu me sento de frente para a mesma e fico olhando um quadro que tinha em sua parede, ele era bonito, nunca o vi ali. Havia flores no mesmo e muitas cores vivas, além da frase motivacional. — O que houve?-questiona olhando na mesma direção. — Esse quadro é novo?, não me lembro de o ter visto. — Está aí faz anos-ela sorri. — Devo ser desatenta de mais. — Mas não é sobre sua desatenção ou o quadro que veio falar. — É. Eu sofri um acidente e meus amigos/empregados foram ótimos comigo, sem contar o Vinícius, ele foi um amor. Só que meu empregado me viu beijando meu cliente, e depois veio me dizer algumas coisas, disse que era um alerta, que o Vinícius não era para mim, que iria me fazer sofrer, falou de uma fo
Vinícius:Eu estava apaixonado nessa mulher e, porque não, dá a melhor noite da vida dela, já que além de ser gostosa, inteligente e doce, também era a mulher que estava me dando a liberdade.Então fui comprar algumas coisas depois que saí da casa dela, fui para minha casa maior, cheguei e pedi ajuda aos meus funcionários, arrumei tudo, a mulher do caseiro iria fazer um jantar legal, eu arrumei umas paradinhas para a nossa brincadeirinha mais tarde e depois fui para minha outra casa, só mesmo para saber o que aconteceu por esses dias.— Boa tarde chefe-chega o Steven.Ele senta na cadeira, em frente a minha mesa, fica despojado.— Boa tarde, quero o relatório desses dias que fiquei ausente.— Direto e reto-sorri-, vendemos quatro carregamentos de narcóticos, o pagamento já foi para o caixa, eu trouxe o total da revisão das drogas e do dinheiro.Pego o papel que ele tinha em mãos, olho e pego todos os papéis desse mês, mas não estava batendo a conta.— Quem fecha o caixa?.— Quando voc
Vinícius:Vou para casa da Roberta e assim que chego, buzino por algumas vezes, logo a mesma surge na porta, ao lado do segurança. Ela vestia um vestido curto, rodado, de pano leve, com estampa de onça, bem soltinho, usava uma sandália dourada nos pés, brincos, cordão, pulseira (todos assessórios de cor dourada), tinha no ombro uma bolsa pequena de cor preta, seus cabelos vermelhos estavam soltos, pouco volume e com algumas ondinhas.Hoje ela passou uma maquiagem mais forte e estava mais linda que o normal, saio do carro e vou até ela boquiaberto.— Nossa, você está muito gata.— Obrigada-ela sorri e suas bochechas ficam vermelhas.— Vamos no meu carro e o segurança fica em sua casa, tudo bem?.— É seguro?-pergunta preocupada.— É.— Certo.Ela falou com o segurança, ele concordou e então eu abro a porta para ela, a mesma entra, eu fecho e depois vou para a parte do motorista. Logo dirijo até a minha casa maior, a semi mansão, hoje coloquei muitos seguranças a postos, esses não eram o
Roberta:No momento que me olha, eu sei o que ele sentia e eu também sentia isso, diziam ser amor, quando você não tem palavras para dizer e só quer admirar a pessoa amada, eu sentia isso com ele, vendo-o dirigir, sorrir e ser cavalheiro comigo.Eu tinha medo de amar de novo, mas ele tinha mais que eu, e está tudo bem, não faria sentido algum nós juntos.Depois que dançamos, ele tampou meus olhos e me levou para seu quarto, assim que paramos de subir as escadas, eu sinto cheiro de rosas, logo ouço o barulho da porta e o cheiro fica mais forte, a porta é fechada, trancada e então eu sou liberada para abrir os olhos.Assim que o faço, vejo sua cama grande e branquinha, cheia de pétalas de rosas, além de um buquê lindo de rosas. Ele pega o buquê e me estende, eu pego, cheiro e as lágrimas vêm.— Não chora-diz baixo, fazendo carinho em meu rosto.— Obrigada-abraço-o forte.— Não agradeça, isso é o mínimo que posso fazer por você, em breve farei coisas grandes, para mostrar o quanto eu sou
Roberta:Assim que acordamos, fomos passar a manhã na piscina. Eu fiquei sentada na espreguiçadeira e ele ficava na piscina e a todo momento me encarava.Depois de um tempo, a moça que cozinhava, foi arrumando a mesa para nosso café da manhã.— A senhora quer ajuda?-questiono me levantando, ao vê-la atarefada.— Não, obrigada.— Eu posso ajudar sem problemas.— Não precisa, minha querida, eu faço-sorri gentil e logo se vai para buscar mais coisas.Então eu retorno a me sentar e agora olho para o homem alto e forte que me encarava sem dizer nada.— O que foi?-pergunta ele.— Essa devia ser minha pergunta.— Por quê?.— Porque desde quando acordou, não disse quase nada, mas a todo tempo fica a me encarar.— Estou com a mente cheia.— Foi pelo que eu disse?.— Um pouco.— Pode conversar comigo, o que está te incomodando?.— Você não gosta de mim e isso me incomoda.— Faz diferença gostar ou não, se não vamos ficar juntos?.— Para mim, faz, todas gostam, menos você.— Ah, entendi-sorrio i
Roberta:— O que achou do que ela disse?-pergunta o Ernesto. Estávamos fazendo anotações e pensando no caso.— Só penso que o Vinícius falou que não era para confiar no Lauri, e agora, creio que se focássemos mais nele antes, poderíamos já ter concluído o caso.— Não temos certeza disso, Rô.— Mas ele sempre foi o mais óbvio.— E, ao mesmo tempo, menos óbvio devido à saúde.— Mas pensa agora, não é o álibi perfeito?. Ele pode incriminar e matar quem quiser, estando preso em casa por problemas de saúde, todos acham que ele é inofensivo, mas de dentro de casa, sem ninguém ver e saber, ele pode está mandando incriminar ou matar alguém.— Sim, ninguém jamais iria pensar nele como mandante de um crime, ainda mais conhecendo os modos operandi dele.— Exatamente. Mas vamos pensar, se ele quer incriminar e matar o Vinícius, pode ser que ganhe algo com isso.— Ele ficaria como o maior produtor e vendedor de narcóticos.— Mas temos mais produtores em nossa lista.— Exceto se ele tenha se junta
Roberta:Trabalho a semana toda e acordo cedo no sábado, estava cansada, mas era melhor me desdobrar agora do que perder esse caso, que, aliás, era meu maior caso. O trabalho que abriria a porta para muitos outros.Me arrumo como de costume, porém, hoje escolhi uma roupa social mais fresca e leve, também optei por não usar blusa de manga, e todas as minhas escolhas, foram feitas pensando em como o Vinícius reagiria.Já pronta e no carro, vou com o Adrian para a casa do meu cliente, hoje não precisei colocar saco preto na cabeça, o que já me deixou motivada para o trabalho.Assim que chegamos nossa passagem foi liberada, ultrapassamos o portão, estacionamos o carro e quando saímos, logo surge o dono do local.— Seja bem-vinda, doutora.Diz ele e não esboça sentimento nem um, sei que pedi por isso, mas agora me sinto um pouco desconfortável, por algum motivo eu queria que ele me tratasse como sempre, com seu olhar apaixonado, com elogios e vontade de ter meu corpo colado no seu.— Obrig
Roberta:Fiquei sentada na mesa e olhando a cozinheira fazer risoto, ela disse que era a comida preferida do Vinícios. Nós conversávamos sobre muitas coisas e era divertido estar ali com ela.E onde está o Vini?. Creio que no escritório tendo uma reunião com o tal "esquadrão" e com seu amigo fiel(aquele homem que foi me contratar como advogada).— Oi queridinha-chega a tal da Miranda.— Oi. — O que faz aqui com os serviçais?.— Estou vendo essa maravilhosa cozinheira fazer o que ama. E você, não devia estar na reunião?. — Já fui liberada. Você anda enganando muito bem ele-diz irônica. — Jamais o enganaria. — Acha que não sei que mentiu?, não tem como achar o traidor só conversando!.— Tudo bem se não acredita, mas acreditando ou não, eles são suspeitos. E se não forem por você, será pelo Vinícius. — Está se achando né, só porque transa com ele?, mas saia logo desse devaneio, ele não quer nada sério com você, com mulher nem uma, ele só tem uma na cabeça e você jamais será como ela