Uma saída

Apesar dela ter virado a noite anterior acordada. Ela não conseguia pregar os olhos. Após girar várias vezes em cima da cama, decidiu ligar o seu Macbook. Ela sentia que mesmo não querendo se importar com o que falavam dela na Internet, sua ansiedade não permitia ela relação. 

     A primeira página do navegador estava lá, a sua foto estampada, seminua. - Ainda bem que o Apolo me tirou daquele lugar. Se já deu tudo isso por causa de uma simples blusa. Nem imagino o que seria de mim se tivesse ido adiante e ficado da forma que vim ao mundo. - Seus pensamentos estamos a milhão por hora, na medida em que rolava a página, mais críticas e pessoas comentando negativamente.

     "Ela é totalmente sem noção. O pão parece ser tão boa pessoa. Não merece a filha que tem" .

    —Qual é! Vai me dizer que isso não é inveja da vida que eu tenho? Você nem é tão bonita assim. —Ela estava ficando irritada. Aquilo não costumava mexer com a sua cabeça, mas naquele dia em especial estava mais emotiva. 

     " Se o Sr. Pedro quiser me adotar para ser a única herdeira. Eu quero dizer que estou pronta. Não vou dar problema como nossa digníssima Bianca. 

      O último comentário da página fez Bianca gritar de raiva e jogar o notebook do outro lado da cama. Ela deitou  deitou desespero com o travesseiro em seu rosto  e caiu em prantos. —  Se ao menos eu conhecesse um homem bom. Talvez não seria má ideia eu me casar. Mas quem?! Ninguém está à minha altura. Não pode ser qualquer um. Precisa  ser ao mínimo bonito e que pelo menos aceite minhas saídas. Acho que esse é o erro do meu pai. Acha que um homem vai me prender. Eu não nasci pra nada disso. — Ela sentiu na cama, agora mais calma e depois de pensar um pouco.

       Ela pegou o seu diário no baú embaixo da cama e começou a anotar nomes de homens que têm chamado a atenção nos últimos anos. — Não me vejo casando com nenhum desses. Não tem como. Meu pai vai ter que desistir. 

     O sono já estava pensando em seus olhos, já estava na hora do almoço, mas se recusava a ter que encarar seu pai mais uma vez naquele dia. Porém o Sr. Pedro mandou a governanta responsável pela Bianca insistir para ela descer para o almoço.

     —Bianca! Seu pai quer você lá embaixo. Por favor me ajuda! — Sandra estava com o tempo de voz um pouco desesperado. Se Bianca não descesse ela que iria ter que escutar as broncas. 

    —Você não viu a hora que cheguei? Eu preciso dormir. Fala para o velho me dar um tempo, por favor. —Ela estava quase adormecendo.

      A tarde já estava caindo quando Apolo se despertou. Fazia tempo que não tinha dormido tão bem e tão pesado. Sem nenhuma interrupção do Sr. Pedro por causa das saídas de Bianca. —Minha sorte é que ela também deve ter apagado. — Ele pensou enquanto se preparava para o banho. 

      Enquanto a água corria pelo seu corpo ele pensava o quanto gostaria de ter ela em seus braços. Isso fazia ele imaginar diversas situações. Ele tinha plena certeza que se ela o aceitasse ele conseguiria a fazer feliz. Mesmo não obtendo nenhuma posse. Dinheiro nunca foi o detalhe mais importante de sua vida e nem tinha ambição para tê-lo. Após a morte de seus pais ele se viu completamente sozinho e sabia que havia coisas mais importantes além de grandes fortunas presas em um banco e movendo a vida das pessoas. Sua vontade era pedir a mão de Bianca em casamento ainda naquela noite. Mas tinha medo da reação dela, era mais fácil ela querer o demitir do que aceitar. Não gostava da ideia dela tentar o humilhar por causa de dinheiro, ele sabia que ela era capaz disso e não queria ter esse conflito com ela.

       Ele passou o melhor perfume que comprou e a esperou no jardim. Já havia passado das 19:00 da noite e a luz do quarto da Bianca ainda estava com a luz apagada. Apolo tinha dito para ela não se atrasar mesmo sabendo que teria grandes chances disso acontecer. —Quer saber? Ela já dormiu demais, está na hora de acordar. — Ele pegou um punhado de pedras na mão e acertou em cheio a janela.

       No quarto Bianca levou um susto com o barulho, levantou um pouco desnorteada com o cabelo ainda mais bagunçado e abriu a janela. Já se preparando para xingar quando viu Apolo extremamente arrumado a esperando. — Droga! Esqueci completamente disso. — ela não queria deixar passar o que ele tinha a dizer, já que naquela situação toda ajuda seria bem vinda. —Ela fez sinal para ele ter calma, e correu para o banheiro para tomar um banho. Já que estava fedendo álcool velho. 

     Olhando no espelho ela se desesperou com o que viu. — Estou parecendo uma mendiga!. —Ficou pensativa por um breve tempo e alguns pensamentos passaram pela sua cabeça. —Talvez eles tenham razão. Não sou uma mulher de se jogar fora. Parece que eu faço questão de me destruir.

      Seu banho foi rápido, não como o de costume com rosas e sais florais em seu banheiro. Não estava com tempo para todo o seu ritual de beleza. Estava com medo de Apolo realmente ter saído já que ela estava extremamente atrasada.

      Ela saiu e colocou o pijama de costume, o de seda rosa. Gostava de se sentir confortável mesmo em casa e não ligava nem um pouco em desfilar por aí de pijama. Amarrou seus cabelos em um raio de cavalo e correu para o jardim. Ao chegar, se separou com Apolo ainda sentado. Ele estava com uma camisa branca de linho fino, uma calça social.

    —Isso aqui é um encontro e eu não estou sabendo? — Bianca falou andando em sua direção. Suas mãos estavam dentro do bolso do pijama, estava totalmente despreocupada depois que se aliviou em saber que ele ainda estava esperando.

      Apolo a olhou de cima em a baixo. —Até vestida de qualquer jeito ela consegue ficar bonita. - Ele deu um sorriso um pouco tímido depois de pensar sozinho. 

    — você pelo visto decidiu tomar um banho! Já era hora. Você estava fedendo a um bar velho! 

    —Não brinque assim comigo. - Ela falou sorrindo, até se sentar no banco de ferro do jardim. -Vamos! Me diga sobre o que você pensou. Vai consegui convencer o velho?

    —Não acho que vou convencer ninguém. Porém, acho que você pode ficar casada por um tempo, depois você se divorcia. Seu pai não disse que era um contrato vitalício.

     Bianca ficou pensativa. —Isso é tão simples. Como não pensei nisso antes. — Ela falou se levantando às pressas. —Mas é claro Apolo! Me senti uma burra agora. Não sei porque estou chorando por isso. Até porque ele não vai viver muito tempo.

       Ela correu e deu um beijo no seu rosto, o agradeceu e correu novamente para o quarto. Estava animada pela utilidade de Apolo. Agora só restava ela encontrar um homem para convencer o seu pai e já estava tudo resolvido. 

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