Aquela manhã, após o terrível incidente da foto vazada, aparentemente estava tranquila. Bianca tomou seu café sozinha na mesa da cozinha. Queria evitar ao pai a todo custo, estava correndo de ter que escutar mais um sermão.
Apolo não apareceu naquela manhã, o que deixou Bianca um pouco inquieta, já que só poderia sair da Mansão acompanhada por ele.
—Sabe me dizer por onde anda o Apolo— Ela perguntou para Gerard que estava próximo a porta, apenas a observando.
—Ele saiu com o carro a mando de seu pai. Volta para a hora do almoço.
—Isso quer dizer que não vou poder ir a lugar algum. — Ela pensou distraída. Mas foi interrompida novamente pela voz rouca de Gerard.
—Seu pau me deu ordens para não deixar você sair hoje. Nem mesmo com Apolo.
—Disso eu já estava imaginando. Mas onde ele está? Vi que ele não desceu para fazer café.
—Ele não está muito bem, achei melhor levar alguma coisa para ele no quarto Interrompeu Suelen, que voltava com a bandeja ainda cheia. —Mas ele não quer comer nada.
—Acho que não vai demorar muito para que ele morra. — Bianca diz com um passar em sua voz.
—Você precisa se comportar . Ou você vai acabar com os últimos dias do seu pai. Espero que não seja isso que queira.
Bianca olhou assustada para a cozinheira. Embora aquelas palavras tinham um toque de verdade, ela não gostava de pensar que ela estava louca para o pai morrer.
—Mas é óbvio que não. Sei que andei passando dos limites. Mas nunca foi a intenção acelerar a morte dele.
—Então tente ficar longe de problemas. Já que basta todo esse escândalo. Você logo assume a empresa do seu pai e creio que não está dando exemplos para que os funcionários te respeitem.
Bianca tomou o café mais rápido do que estava prevendo. Não queria mais ficar escutando aquilo, mesmo sabendo que ela dizia a verdade.
—Eu sei me cuidar. Não preciso que tomem conta de mim. — Ela se levantou, mas os olhos já estavam cheios de água.
—Não quero que me leve a mal, gosto de você como se fosse minha neta. Eu te vi crescer Bianca e me desespera ver o caminho ao qual você está seguindo. — Suelem disse tentando melhorar a situação.
Bianca saiu pela porta, nem olhou para trás. Em momentos assim o seu refúgio era sair para o jardim para refrescar a cabeça. Não era de agora que aquela casa estava a sufocando.
Bianca às vezes pensava que seria melhor não ter nascido em uma família rica. Apesar de seu círculo de amizade ser mais restrito a pessoas de classe alta, ela ainda tinha alguns amigos que faziam parte do subúrbio, amigos que cresceram com ela naquela Mansão.
Gabriela era a sua melhor amiga, filha de Suelen, apesar de estar em uma classe inferior, Bianca amava , tudo que acontecia em sua vida ela corria para contar, e logo ela retornaria para lá após ter ganho uma bolsa do Sr. Pedro para estudar artes em Londres.
Bianca sentia falta da amiga, que estava fora já fazia um ano, ela poderia até pensar que tudo de ruim que aconteceu no último ano foi em causa da falta que a amiga estava fazendo.
—Algo aconteceu. Gabriela já deveria ter me mandado mensagem, ela com certeza já sabe o que aconteceu. — Ela pensava enquanto caminhava pelo jardim.
—Senhorita Sawn? Gostaria de fazer algumas perguntas. Tudo bem?
Os pensamentos de Bianca foram interrompidos por uma voz feminina vindo por trás de um arbusto. Dali saiu uma mulher baixinha, cabelos ruivos desalinhados e com bastante sardas.
—O que faz aqui? Tenho certeza que o porteiro não deixou você entrar. Não sabe que temos cachorros aqui. Você pode facilmente se machucar e não vai ser culpa de ninguém aqui.
A mulher pareceu ficar um pouco nervosa olhando ao redor, já se preparando para um possível ataque. A pequena bolsa que ela carregava estava se amassando em suas mãos. Antes que a mulher pudesse continuar a falar, Bianca se antecipou mais uma vez.
—Você deve ser jornalista. Não tenho nada para falar. Por favor, quero que saia.
A mulher tomou coragem, soltou a bolsa em seu ombro e tentou se recompor. Mesmo olhando desconfiada para os lados.
—Mas é só uma palavrinha. Tenho algumas perguntas, prometo que não demorarei e….
—Não me importa. Não estou preparada para falar com a impressa. Agora saia. Antes que eu grite para o segurança fazer isso.
—Não há necessidade. Eu posso ir. Mas vou deixar meu cartão aqui. — Ela tirou da bolsa e colocou por cima do banco. — Eu posso ajudar você a consertar sua imagem se você quiser. Quem entrou em contato comigo foi o seu pai. Me ligue caso queira escutar minha proposta.
Bianca sentiu seu rosto relaxar. Seu pai estava por trás daquilo novamente. Ele parecia cada vez mais desesperado para melhor a imagem do nome da família.
Ela sentiu alguém a observando de cima, ao procurar o que era, ela encontrou o pai na sacada, sentado na cadeira de rodas. Seu semblante parecia estar triste e preocupado.
Ao se virar novamente para a mulher, ela já estava longe. Parecia estar com pressa ao sair daquela propriedade. Bianca se aproximou do banco onde foi deixado o cartão. Ao pegar, sem pensar muito ela correu atrás da mulher.
—Ei. Me desculpe, vamos conversar.
Infelizmente já parecia tarde demais, a mulher já tinha subido na pequena moto e estava indo rumo à rodovia principal.
Bianca percebeu que estava correndo em vão, mas não queria desistir de alcançar a mulher. Ela procurou por alguns carros, o único que estava com a chave na ignição era o da coleção de seu pai.
—Vai ser esse mesmo. —Ela pensou já dando partida no carro. —Que Deus me proteja, se esse carro estragar na minha mão, meu pai me deserda de vez.— Bianca estava um pouco preocupada, já que já tinha abusado demais da boa vontade do seu pai.
Ela deveria ter pensado antes de dispensar a mulher, mas a aquela altura o que restava era correr para alcançar. Poderia ligar mais tarde, mas isso não lhe daria tanta emoção quanto perseguir uma mulher em uma motinha pequena.
Bianca saiu com o carro, apesar de fazer muito tempo que não dirigia, até que ela estava se saindo bem. Desde que Apolo começou a trabalhar trabalhando sua segurança particular, era raro as vezes que ela pegava no volante. Mas não sentia falta, principalmente quando saía das boates. Poderia beber a vontade e voltar para casa sem que nenhum acidente ocorresse no trajeto.
Bianca conseguiu alcançar a mulher sem muito esforço. Ela sinalizou para que ela encostasse ao lado da pista. Por sorte estava vazio, mas ainda assim ele não percebeu o carro de Apolo passando em direção contrário rumo à Mansão.Ele decidiu então decidiu parar mais a frente para ver o que de fato estava acontecendo, porque Bianca estava perseguindo uma mulher de moto, e mais, porque ela estava com o carro de maior valor do pai.Isso poderia dar uma confusão, e a culpa seria sua, já que ele fica responsável por guardar as chaves. Ele não quis se intrometer na conversa, mas estava atento, caso Bianca fosse um pouco mais rápido, ele teria que intervir.A mulher pa
—Pelo visto ele quer morrer em paz. — Bianca falou enquanto tomava um gole do seu suco de abacaxi. Mas estava doce demais o que a resultou em uma careta não muito agradável.—Pensei em publicar uma matéria, falando sobre os seus problemas mais recentes. E por fim uma mensagem motivacional sobre você querer melhorar como pessoa.Bianca deu uma risada se engasgando com sua própria saliva. Ela parecia desacreditada que isso pudesse funcionar.—Mas o que vai escrever? Que sou uma jovem imatura que dá trabalho para o pai doente. Quem vai acreditar que eu vou mudar assim?—Seu pai me ligou ontem a noite. Ela disse que você
Bianca continuava imóvel na cadeira do lago. Observou Apolo se afastar. E as últimas palavras dele soavam mais fortes em seu ouvido. —Talvez se eu falasse com meu pai, com jeito, talvez ele mudasse de ideia. — Ela repetia as palavras dentro de sua mente várias vezes.Era o melhor a se fazer no momento, na verdade a única coisa a ser feita. Todas as coisas e planos que ela pensava só a levava em um lugar, de qualquer jeito teria que seguir os planos de seu pai. O que achava injusto, já que era a única filha.—Não era mais fácil ele me dar a herança e pronto. Não precisa disso, de nada disso. — Ela ainda resmungava, tentando arrumar coragem em ir atrás do pai. Bianca subiu as escadas, passou pela porta de seu quarto, no qual quase entrou, mas decidiu continuar e parou na frente da porta do seu pai. Respirou fundo na intenção de criar coragem e entrou, sem nem bater.O velho estava deitado na cama, parecia estar dormindo dormindo um sono profundo. O quarto estava escuro da mesma forma em que ele gostava desde que ela o conhecia.Estava um ambiente frio, e um pouco desanimado, além da situação em que seu pai se encontrava que não era das melhores.Bianca se aproximou e sentou na beirada da cama. Uma lágrima desceu em seu rosto. Ela se lembrou dos últimos dias de vida da sua mãe. Aquela cena estava se repetindo, ela sentiu um aperto no peito. Seu pai n&aUma intrusa
Ao escutar a porta batendo, Apolo suspirou. Finalmente estava sozinho. Não que a presença de Bianca o incomodava tanto quanto ele fez parecer. Mas ele tinha medo de ficar perto dela de uma forma tão venerável, como saindo de um banho.Ele se apressou em trancar a porta, o que não era um hábito, mas após esse incidente ele iria começar a fazer todas as vezes que entrava pelo quarto.Ele colocou novamente o jazz, aquele som o acalmava, e era uma herança de seu pai, já que era um amante da boa música clássica.Ele se apressou em colocar a roupa, já que ainda estava em horário de serviço. Como nao esperava que Bianca fosse sair aquele dia ele tirou a tarde para relaxar debaixo do chuveiro, já que mais cedo teve que ir atrás dos enrol
—Prazer em te rever Artur. Preciso de você já que o meu advogado resolveu andar por por ai e esquecer que tinha responsabilidade comigo. — Pedro falava com dificuldade para o homem.—Não se preocupe. Soube que quer fazer algumas alterações em seu testamento. Não é o mais correto. Mas se ninguém mais souber, podemos fazer. — Artur colocava a pasta em cima da pequena cômoda. —Sim! Ao menos você já sabe do que se trata, assim fica mais fácil. Preciso que altere a parte da minha filha. — Pedro estendeu o documento para a direção de Artur.Olho com cautela o que estava escrito, folheou algumas páginas. Parecia interessado com o que estava lendo.—Vejamos, em resumo, você deixa 50% de todos os seus bens para sua filha. O restante você vai distribuir para as instituições de caridade, da qual já contribuiu. O que ao certo você quer mudar aqui?—Quero que completamente algumas cláusulas. Não vou deixar o dinheiro fácil para minha filha. Se é que você me entende bem. Os jovens de hoje em dia s
Bianca sentiu os lábios de Apolo encostando sobre a sua mão. Agora ela parecia tão delicada por dentro da mão de Apolo, e tão macia ao encontro com seus lábios.Aquele momento parecia extremamente sedutor e era alvo que ela não estava esperando. Muito pelo contratou, ela achava que ele ainda estava bravo pela sua intromissão no seu quarto enquanto tomava banho, e depois suas brincadeiras sobre ter o visto sem roupa.Apolo não levou a sério, mas isso realmente aconteceu alguns anos atrás. Bianca o viu tomar banho pela fresta do banheiro da Mansão. Na época em que o banheiro pessoal de Polo estava estragado, sendo obrigado a banhar no banheiro dos empregados de dentro da Mansão.Bianca adorou o que viu. Apesar de ter sido por acaso, ela não se culpou já que pelo visto trancar portas quando estava em um momento íntimo no banheiro, não era o forte de Apolo.Ela torcia várias vezes para que ele entrasse na piscina quando ela estava de bobeira se bronzeando. Sua vontade era ver os músculos
Bianca já estava a 2 horas debaixo da água quente. Ela sentia seu corpo vermelho. E nesse momento estava sentada embaixo da ducha. O cabelo que ela não queria molhar no começo já estava encharcado.Em meio a pensamentos e outros ela tentava se animar. —Esse cabelo vai sair como uma palha daqui. Nunca recebeu tanta água quente. Talvez eu fique assim por algum tempo. —Ela pensava no que os tabloides falariam quando ela finalmente aparecesse em público com a aparência totalmente descuidada. Logo ela balançava a cabeça, já que isso dificilmente iria acontecer algum dia.Do outro lado. Apolo já estava nervoso com a demora de Bianca. Agora ele não conseguia mais ver sua silhueta. Ela já estava a tempo demais sentada ao chão. Ela levava contra si para não abrir a porta do banheiro e a tirar de lá. Mas enquanto não tomava coragem para a ver totalmente sem roupa e molhada ela de tempos em tempos perguntava se ela estava bem.—Vamos, precisa sair daí. Não ache que não abro essa porta e te tiro