Bianca conseguiu alcançar a mulher sem muito esforço. Ela sinalizou para que ela encostasse ao lado da pista. Por sorte estava vazio, mas ainda assim ele não percebeu o carro de Apolo passando em direção contrário rumo à Mansão.
Ele decidiu então decidiu parar mais a frente para ver o que de fato estava acontecendo, porque Bianca estava perseguindo uma mulher de moto, e mais, porque ela estava com o carro de maior valor do pai.
Isso poderia dar uma confusão, e a culpa seria sua, já que ele fica responsável por guardar as chaves. Ele não quis se intrometer na conversa, mas estava atento, caso Bianca fosse um pouco mais rápido, ele teria que intervir.
A mulher parou quando percebeu que Bianca estava atrás dela.
—Eu pensei melhor. Quero ouvir o que tem a me dizer. — Bianca não se deu ao trabalho de sair do carro, apenas abriu a janela e gritou de lá de dentro.
—Tudo bem. — A mulher respondeu com um singelo sorriso pelo rosto. —Ela retornou com a moto, estava feliz. Depois de ter sido tratada tão mal pela jovem herdeira. Ela teria a chance de ao menos começar os seus tamanhos.
Ao perceber que as duas estavam retornando, Apolo seguiu caminho para a Mansão, aliviado porque até aquele momento nenhum acidente tinha acontecido.
Ao chegar na Mansão, Bianca notou que Bruno já tinha retornado, e que inclusive ele estava com a cara de poucos amigos no portão da garagem.
—Você sabe que se seu pai descobrir isso, você está ferrada. E eu também. — Ele suspirou fundo.
—Mais do que já estou? Impossível. Mas não se preocupe. Eu não fui longe.— Ela se defendeu antes de receber mais acusações.
—Não foi longe, mas estava correndo como ninguém. Você precisa tomar cuidado e… — Ele foi interrompido pelo suspiro forte de Bianca.
—Não quero ouvir mais sermões. Já sei que sou inconsequente. Não precisa me lembrar todos os dias. Já disse que foi por uma boa causa. E nada aconteceu, está vendo o carro? Ele está inteiro e eu também. —Ela falou batendo na lataria do carro, depois em si mesmo.
Apolo percebeu que o tom da voz de Bianca estava irritado. Ele até tentava dar pegar tanto no pé dela, mas todas as atitudes inconsequentes o deixava irritado. Pois sabia que se acontecesse algo de ruim, ele também levaria a culpa. Apolo não sabia como não tinha perdido o emprego até aquele momento.
Bianca saiu apressada olhando para os lados, esperava que aquela mulher não teria desistido da conversa. Ela nem esperou que a mulher fizesse o retorno na rodovia, a emoção de estar com aquele carro tinha falado mais alto. Era o melhor carro de correr que seu pai tinha e ela era proibida de pegar. Não iria desperdiçar aquele momento por nada.
Mas agora já estava preocupada que a mulher não aparecia.
—Está me procurando?— Uma voz fina e calma veio por trás das suas costas.
—Achei que tinha desistido. Vamos, quero ouvir sua proposta. Você aceita um chá?
—Acho que ainda não me apresentei. — A jornalista estendeu a mão, antes que Bianca disparasse a falar novamente.
Bianca respirou fundo, sabia que essa mabia não era uma das mais bonitas. Mal sabia o nome das pessoas. Na verdade ela não se importava ao ponto de saber que era de verdade as pessoas.
Ela pegou na mão da mulher. Precisava ser ao menos simpática, já que seria a primeira jornalista que iria falar sobre o ocorrido da boate. Na verdade, a primeira jornalista depois de meses. Bianca lembrou que a última vez que deu uma entrevista foi para falar sobre o escândalo envolvendo seu nome novamente. Mas daquela vez, era uma fofoca mal inventada sobre ela estar saindo com o CEO da empresa do seu pai, que no caso era um homem casado e que tinha filhos. Ela nao aceitava aquela situação, marcou uma entrevista com todos os jornalistas mais conhecidos.
Ela se recusava a ser alvo de fofocas mal intencionadas e ainda mais por ser responsável por destruir uma família. Isso ela não fazia já que a história dos seus pais não foi uma das melhores, onde envolveram rumores e uma grave traição. Bianca queria aquilo fora de sua vida.
Bianca sabia que teria que tomar cuidado sobre como falar com aquelas pessoas, já que qualquer palavra pouco explicada, poderia dar outra sentido a qualquer história.
—Eu que te peço desculpas. Acho que já sabe meu nome, mas foi indelicadeza não perguntar nada seu.
—Sou a Angela. — a mulher disse com firmeza ao continuar com a mão apertando a da Bianca.
Elas caminharam pelo jardim, até chegar próximo ao lago, ali era um dos ambientes que Bianca gostava de focar, era distante da Mansão e ali ela poderia fumar seu cigarro escondido. Já que o pai não poderia sonhar que ela tinha esse tipo de hábitos, apesar dele ser um amante de charutos cubanos.
—Esse lugar é extremamente lindo. Acho que seria um sonho morar aqui. — Angela falou, mas aquilo parecia que ela estava pensando um pouco alto.
—Você deve morar em um apartamento, ou estou enganada?
—Sim. Jornalistas não ganham tanto, mas meu maior sonho é morar em uma casa grande desse jeito. Deve se sentir sortuda por isso.
Bianca se deu conta que a entrevista já tinha começado antes mesmo delas se sentarem. —Preciso me concentrar. —Ela pensou, um pouco apreensiva de acabar falando demais como de costume e arruinar ainda mais sua reputação. Afinal, ela não iria conseguir alguma coisa caso se passasse por uma pessoa esnobe.
—Sim. Eu gosto daqui. Mas também tenho consciência que essa não é a realidade de muitos americanos. — Ela fez uma pausa. Para se sentar. — Vamos, quero que você fique à vontade.
Angela se sentou, estava desconfiada pela mudança repentina do comportamento de Bianca. Afinal não parecia ser a mesma pessoa que a recebeu com ameaças de soltar os cachorros a uma hora atrás.
Suelem se aproximou com cautela das duas jovens. Sempre que chegam visitas inesperadas é uma correria na cozinha, pois geralmente são visitas criteriosas, que não gosta de comer muitas coisas.
—Com licença. Gostaria de saber o que querem comer?. — Ela falou olhando para Bianca.
—Angela. Essa é a Suelem. nossa cozinheira, os bolinhos doces cobertos de açúcar que ela faz são os melhores. Deveria experimentar.
—Obrigada! Mas prefiro apenas um suco se não for muito incômodo.
—Bom sendo assim, não vou comer os bolos sozinha. Me traga um suco também, estava bem Suelem?
A cozinheira assentiu e saiu, pelo caminho da cozinha estranhou a forma com que Bianca a estava tratando, tanto ela quanto a nova visitante. Não era normal tanta delicadeza em suas falas. —Ela deve estar tramando alguma coisa. — Ela pensou enquanto descascava o abacaxi para começar a suco.
O dia estava ensolarado, o calor estava começando a aparecer novamente durante o dia. Nem parecia que a noite fazia tanto frio, essa época do ano deixava Bianca sempre gripada, e aqueles dias não eram diferentes. Ela começou a tossir.
—Vejo que está ficando doente. — Angela dizia enquanto retirava um microfone minúsculo, um gravados, uma caneta e um bloco de notas.
Bianca ignorou a pergunta sobre sua tosse, mas o que a deixou curiosa foi sobre os artefatos um tanto antigos na jovem jornalista.
—Não acha que isso é um pouco antigo demais? Porque você não usa o celular para gravar ?
Angela deu uma risada sem graça. —Vejo que você é um tanto intrometida observadora. Mas tenho algumas perguntas para começar. Podemos? — Ela respondeu totalmente a pergunta de Bianca.
—O que você quer saber? E sobre o que pode me ajudar? — Bianca se apressou para perguntar.
—Primeiro quero saber porque mudou de ideia tão rápido. Uma hora estava me expulsando, outra estava me perseguindo com um carro.
—Você disse que era a pedido do meu pai. Foi por isso, você deve saber que ele está doente, isso não deve ser segredo para ninguém. Estou um pouco cansada de dar preocupação para ele.— Bianca estava começando a desabafar com a mulher, quando se lembrou que ela não era uma amiga, e se certificou que ela não tinha começado a gravar ainda.
Ao perceber o olhar de Bianca sobre o aparelho de gravação, Angela a tranquilizou. —Não vou gravar nada antes de perguntar se eu posso, está bem? Agora vamos por partes. Sei que tem muitas perguntas, assim como eu.
—Tudo bem, não me importo de ir por partes. Mas primeiro me responda, porque meu pai te contratou?
Angela deu um suspiro, sabia ali que não iria adiante antes de responder o que Bianca mais queria saber.
—Ele quer que eu te ajude a limpar a imagem que você criou durante todos esses anos. Eu avisei que não iria ser uma tarefa fácil, mas ele vai me dar uma recompensa boa por isso. Por esse motivo vou tentar me esforçar. Mas preciso da sua ajuda, que que nós duas vamos nos beneficiar.
Bianca a olhou de uma forma séria. Já estava imaginando que essa seria a pauta. Mas se surpreendeu mais uma vez por saber que seu pai estava se esforçando para morrer com o coração em paz.
—Pelo visto ele quer morrer em paz. — Bianca falou enquanto tomava um gole do seu suco de abacaxi. Mas estava doce demais o que a resultou em uma careta não muito agradável.—Pensei em publicar uma matéria, falando sobre os seus problemas mais recentes. E por fim uma mensagem motivacional sobre você querer melhorar como pessoa.Bianca deu uma risada se engasgando com sua própria saliva. Ela parecia desacreditada que isso pudesse funcionar.—Mas o que vai escrever? Que sou uma jovem imatura que dá trabalho para o pai doente. Quem vai acreditar que eu vou mudar assim?—Seu pai me ligou ontem a noite. Ela disse que você
Bianca continuava imóvel na cadeira do lago. Observou Apolo se afastar. E as últimas palavras dele soavam mais fortes em seu ouvido. —Talvez se eu falasse com meu pai, com jeito, talvez ele mudasse de ideia. — Ela repetia as palavras dentro de sua mente várias vezes.Era o melhor a se fazer no momento, na verdade a única coisa a ser feita. Todas as coisas e planos que ela pensava só a levava em um lugar, de qualquer jeito teria que seguir os planos de seu pai. O que achava injusto, já que era a única filha.—Não era mais fácil ele me dar a herança e pronto. Não precisa disso, de nada disso. — Ela ainda resmungava, tentando arrumar coragem em ir atrás do pai. Bianca subiu as escadas, passou pela porta de seu quarto, no qual quase entrou, mas decidiu continuar e parou na frente da porta do seu pai. Respirou fundo na intenção de criar coragem e entrou, sem nem bater.O velho estava deitado na cama, parecia estar dormindo dormindo um sono profundo. O quarto estava escuro da mesma forma em que ele gostava desde que ela o conhecia.Estava um ambiente frio, e um pouco desanimado, além da situação em que seu pai se encontrava que não era das melhores.Bianca se aproximou e sentou na beirada da cama. Uma lágrima desceu em seu rosto. Ela se lembrou dos últimos dias de vida da sua mãe. Aquela cena estava se repetindo, ela sentiu um aperto no peito. Seu pai n&aUma intrusa
Ao escutar a porta batendo, Apolo suspirou. Finalmente estava sozinho. Não que a presença de Bianca o incomodava tanto quanto ele fez parecer. Mas ele tinha medo de ficar perto dela de uma forma tão venerável, como saindo de um banho.Ele se apressou em trancar a porta, o que não era um hábito, mas após esse incidente ele iria começar a fazer todas as vezes que entrava pelo quarto.Ele colocou novamente o jazz, aquele som o acalmava, e era uma herança de seu pai, já que era um amante da boa música clássica.Ele se apressou em colocar a roupa, já que ainda estava em horário de serviço. Como nao esperava que Bianca fosse sair aquele dia ele tirou a tarde para relaxar debaixo do chuveiro, já que mais cedo teve que ir atrás dos enrol
—Prazer em te rever Artur. Preciso de você já que o meu advogado resolveu andar por por ai e esquecer que tinha responsabilidade comigo. — Pedro falava com dificuldade para o homem.—Não se preocupe. Soube que quer fazer algumas alterações em seu testamento. Não é o mais correto. Mas se ninguém mais souber, podemos fazer. — Artur colocava a pasta em cima da pequena cômoda. —Sim! Ao menos você já sabe do que se trata, assim fica mais fácil. Preciso que altere a parte da minha filha. — Pedro estendeu o documento para a direção de Artur.Olho com cautela o que estava escrito, folheou algumas páginas. Parecia interessado com o que estava lendo.—Vejamos, em resumo, você deixa 50% de todos os seus bens para sua filha. O restante você vai distribuir para as instituições de caridade, da qual já contribuiu. O que ao certo você quer mudar aqui?—Quero que completamente algumas cláusulas. Não vou deixar o dinheiro fácil para minha filha. Se é que você me entende bem. Os jovens de hoje em dia s
Bianca sentiu os lábios de Apolo encostando sobre a sua mão. Agora ela parecia tão delicada por dentro da mão de Apolo, e tão macia ao encontro com seus lábios.Aquele momento parecia extremamente sedutor e era alvo que ela não estava esperando. Muito pelo contratou, ela achava que ele ainda estava bravo pela sua intromissão no seu quarto enquanto tomava banho, e depois suas brincadeiras sobre ter o visto sem roupa.Apolo não levou a sério, mas isso realmente aconteceu alguns anos atrás. Bianca o viu tomar banho pela fresta do banheiro da Mansão. Na época em que o banheiro pessoal de Polo estava estragado, sendo obrigado a banhar no banheiro dos empregados de dentro da Mansão.Bianca adorou o que viu. Apesar de ter sido por acaso, ela não se culpou já que pelo visto trancar portas quando estava em um momento íntimo no banheiro, não era o forte de Apolo.Ela torcia várias vezes para que ele entrasse na piscina quando ela estava de bobeira se bronzeando. Sua vontade era ver os músculos
Bianca já estava a 2 horas debaixo da água quente. Ela sentia seu corpo vermelho. E nesse momento estava sentada embaixo da ducha. O cabelo que ela não queria molhar no começo já estava encharcado.Em meio a pensamentos e outros ela tentava se animar. —Esse cabelo vai sair como uma palha daqui. Nunca recebeu tanta água quente. Talvez eu fique assim por algum tempo. —Ela pensava no que os tabloides falariam quando ela finalmente aparecesse em público com a aparência totalmente descuidada. Logo ela balançava a cabeça, já que isso dificilmente iria acontecer algum dia.Do outro lado. Apolo já estava nervoso com a demora de Bianca. Agora ele não conseguia mais ver sua silhueta. Ela já estava a tempo demais sentada ao chão. Ela levava contra si para não abrir a porta do banheiro e a tirar de lá. Mas enquanto não tomava coragem para a ver totalmente sem roupa e molhada ela de tempos em tempos perguntava se ela estava bem.—Vamos, precisa sair daí. Não ache que não abro essa porta e te tiro
Bianca pensou algumas vezes se deveria descer para dormir no quarto de seu segurança. Ela analisava sua imagem no espelho acima da cabeça e estava se sentindo totalmente ridícula. —O que eu acho que estou fazendo? Isso é carência, eu me conheço bem, não posso fazer isso com o Apolo. Tudo isso é para que eu não fique sozinha, fazer comida ou durma em companhia. Mas posso acabar confundindo os sentimentos dele.— Ela analisou bem a situação, até chegar na conclusão que não seria prudente passar a noite fora de seu quarto.Bianca sentia que Apolo gostava dela, desde muito tempo, a proteção e o cuidado não eram puramente de um simples segurança. Aquilo ia além de um tratamento entre um empregado e uma patroa. Até mesmo ele aceitar passar a noite com ela, isso significava muitas coisas. Ela analisou sua imagem, a camiseta de Apolo tinha lhe servido muito bem, e o cheiro que vinha dela, era de um perfume forte e masculino e apesar de parecer que o tecido estava um pouco velho, ela nao pode