Bianca tinha razão. Apolo realmente precisava daquele emprego, apesar de não ganhar tão mal, ele precisava do dinheiro para sobreviver e pagar as dívidas que o seu pai antes de morrer deixou em seu nome. Ele relutou em aceitar o emprego na Mansão Swan. A proposta apareceu para ele desde que tinha 21 anos e seu pai ainda estava vivo, porém ele sempre soube o que seu pai sofria na mão daquela família bilionária, apesar do Sr. Pedro o considerar parte da família e confiar em seus trabalhos, o preço que pagou foi caro pois ele tinha que fazer trabalhos sujos e imorais o que fez o seu psicológico definir, acabou virando um alcoólatra e viciado em jogos de bar. Apolo se sentiu obrigado a assumir as dívidas ou acabariam matando o seu pai. Mas na verdade o que o matou foi o álcool, por isso a sua preocupação quando a Bianca passa dos limites, não queria que a história se repetisse. Às vezes ele se pega pensando em deixar o emprego, é isso que ocorre pelo menos umas 5 vezes na semana. Ele não poderia se dar o luxo, a não ser que ele quisesse ser segurança em uma das várias boates da madrugada, porém sabia que teria que lidar com pelo menos 10 Biancas de uma vez, e isso ele não queria.
Ao entrar na porta seu pai estava tremendo de raiva, Bianca foi em sua direção de cabeça baixa. Mas não gostei muito para a bronca chegar.
—Você precisa tomar juízo, dessa forma não dá pra continuar! - Pedro gritou gritou com a sua voz rouca, enquanto Bianca entrava pela porta, bêbada e descabelada.
—Pai... —Bianca estava andando cambaleando em direção da cadeira de rodas do seu pai.
— Cansei disso! acho que só tem uma forma de você criar juízo. Ou você arruma um casamento e forma uma família, ou minha herança não vai para as suas mãos. E eu não estou brincando!
O Sr. Pedro estava com a energia de poucos amigos. —Espero que eles consigam se resolver, de qualquer forma isso não é problema meu! — Apolo foi em direção ao seu dormitório, que ficava do lado de fora da Mansão. Quando escutou um grito estérico vindo lá de dentro. —Acho que as coisas ficaram ruínas pra ela. — Apolo tentou seguir o caminho para o seu quarto, mas não resistiu, queria saber o que estava conectado entre os dois. Ao abrir a porta se partiu com Bianca aos prantos no pé da escada.
— O que aconteceu com você? Porque está assim? — Ele perguntou se aproximando lentamente, olhou em volta e não viu o sinal do Sr. Pedro.
—Me fala que você não sabe Apolo. Ele quer que eu me case, ou fico sem a herança. Esse velho já está morrendo, ele não pode fazer isso comigo. — Ela falou em um tom indignado, nunca seu pai a privou de alguma coisa.
—Confesso que já sabia. Mas vamos lá, não deve ser tão ruim. Você viu o que aconteceu? Sua foto seminua está por todos os lados da Internet. - Ele tentou a abraçar, mas ela se desviou e se desejou.
— Não sei quem ele pensa que é. Afinal, eu só faço essas loucuras por erro dele mesmo. Depois que me acostumei nessa vida, eu não vou conseguir me ver casada. Nunca quis uma família, acho isso uma grande idiotice. - Ela estava subindo as escadas com pressa. Não estava interessada nem mesmo em que Apolo estava escutando ou sequer concordava com ela.
— Não deveria falar assim. Seu pai fez muito por você. E acho que ele tem razão, essa fortuna toda precisa de um herdeiro que saiba administrar e que tenha julgamento. Se ele morrer realmente você vai afundar a empresa e o nome da família.
— E eu digo. Quando souberem que eu estou atrás de um homem para casar, você acha que vai aparecer boas festas? Qual é? As pessoas pensam em dinheiro. Quem vai se ferrar sou eu.
Apolo sabia que ela tinha razão. Essa era uma preocupação de Pedro. Por isso ele teria que ajudá-la. Mas isso seria difícil para ele, os sentimentos por ela cada vez mais aumentavam, estava trabalhando na Mansão Swan a pelo menos 4 anos. Sempre teve um amor por Bianca, mas a vida que ela levou o afastouva. Além de saber que ela se recusava a se envolver com um hímen de uma classe como a dele. A anos ele se acostumou com a ideia de que seria apenas a segurança e nada mais. Agora seu patrão estava pedindo por algo difícil demais, encontrando um pretendente para a mulher da sua vida.
Bianca ainda estava olhando para ele, agora ela esperava uma resposta sincera. -Me diz Apolo? Não acha que é arriscado eu me casar com qualquer um. E essa pessoa tirar tudo de mim? Você já ouviu que eu tenho um dedo podre para escolher homem.
Apolo se relutou em concordar, mas não tinha como fugir dos fatos. - Acho… Você tem razão! - Ele falou um pouco desesperado.
Bianca gostou que finalmente ele concordava com algo vindo dela. Mas estava contando com ele para ajudar a achar alguma saída. -Então me ajude. Você tem capacidade de convencer aquele velho que isso é uma furada.
— Pare de falar dele assim. O jeito que está gritando ele deve estar escutando em alguma parte dessa casa. Deveria respeitá-lo Bianca. Você só vive dessa forma por causa dele. — Ele voltou a ficar irritado com a forma a que Bianca se referia ao Sr. Pedro.
—Então acha certo o que ele está fazendo?? Ele está contando a minha liberdade. — Ela colocou um braço para frente e fez um sinal de que estava algodado.
—Acho que você é uma dramática! Não acho que está tão errado. Isso pode ser ruim? Sim! Mas você tem a opção de abrir a mão da sua fortuna e viver como bem entender. Se quiser olhar de uma forma mais fria, ele te deu opções.
— Você tá brincando comigo! Só pode! Você acha que eu vou conseguir viver como? Já estou acostumada com isso tudo. - Ela iniciou por toda a parte da sala principal.
A Mansão Swan era uma referência para o dinheiro e luxo. Apolo sempre achou um desperdício toda aquela estrutura para apenas dois moradores e os empregados. Só o brilho da sala de jantar já pagaria toda a dívida do seu pai.
Apolo olhou em volta. E voltou o olhar novamente para Bianca. Ela tinha razão, ele não conseguiria ver ela andando de ônibus ou trabalhando 8 horas por dia, de segunda a sábado. Ela surtaria! Mas ainda sim ele quis fazer com que ela pensousse na possibilidade.
—Você teria que trabalhar como qualquer um. Poderia ser até na empresa do seu pai. Não sei com ele não te coloquei pra trabalhar lá pelo menos um dia. Nunca te vi indo pra lá.
—E nunca vai me ver. Quando aquele lugar passar para o meu nome, vou contratar alguém apenas para me representar.
—Quer trabalhar em um supermercado então?
Bianca fez uma expressão de nojo em seu rosto. -Isso nunca! - ela virou-se e voltou a subir para o seu quarto.
Apolo aproveitou o momento em que ela havia desistido de conversar e deu um recado para Bianca o encontrar à noite nas cadeiras do jardim.
—Vou tentar te ajudar. Esteja lá! Não vou te esperar por muito tempo.
Bianca parou nas escadas e analisou a situação. -Achava que quem mandava aqui era eu!
—Na verdade quem ainda manda é seu pai. Não vou esperar. Acho que tenho uma saída pra você. Mas por favor não se atrase.
Apesar dela ter virado a noite anterior acordada. Ela não conseguia pregar os olhos. Após girar várias vezes em cima da cama, decidiu ligar o seu Macbook. Ela sentia que mesmo não querendo se importar com o que falavam dela na Internet, sua ansiedade não permitia ela relação. A primeira página do navegador estava lá, a sua foto estampada, seminua. - Ainda bem que o Apolo me tirou daquele lugar. Se já deu tudo isso por causa de uma simples blusa. Nem imagino o que seria de mim se tivesse ido adiante e ficado da forma que vim ao mundo. - Seus pensamentos estamos a milhão por hora, na medida em que rolava a página, mais críticas e pessoas comentando negativamente. "Ela é totalmente sem noção. O pão parece ser tão boa pessoa. Não merece a filha que tem" . —Qual é! Vai me dizer que isso não é inveja da vida que eu tenho? Você nem é tão bonita assim. —Ela estava ficando irritada. Aquilo não costumava mexer com a sua cabeça, mas naquele dia em especial estava mais emotiva.
Aquela manhã, após o terrível incidente da foto vazada, aparentemente estava tranquila. Bianca tomou seu café sozinha na mesa da cozinha. Queria evitar ao pai a todo custo, estava correndo de ter que escutar mais um sermão.Apolo não apareceu naquela manhã, o que deixou Bianca um pouco inquieta, já que só poderia sair da Mansão acompanhada por ele.—Sabe me dizer por onde anda o Apolo— Ela perguntou para Gerard que estava próximo a porta, apenas a observando. —Ele saiu com o carro a mando de seu pai. Volta para a hora do almoço.—Isso quer dizer que não vou poder ir a lugar algum. — Ela pensou distraída. Mas foi interrompida novamente pela voz rouca de Gerard.—Seu pau me deu ordens para não deixar você sair hoje. Nem mesmo com Apolo.—Disso eu já estava imaginando. Mas onde ele está? Vi que ele não desceu para fazer café.—Ele não está muito bem, achei melhor levar alguma coisa para ele no quarto Interrompeu Suelen, que voltava com a bandeja ainda cheia. —Mas ele não quer comer nada
Bianca conseguiu alcançar a mulher sem muito esforço. Ela sinalizou para que ela encostasse ao lado da pista. Por sorte estava vazio, mas ainda assim ele não percebeu o carro de Apolo passando em direção contrário rumo à Mansão.Ele decidiu então decidiu parar mais a frente para ver o que de fato estava acontecendo, porque Bianca estava perseguindo uma mulher de moto, e mais, porque ela estava com o carro de maior valor do pai.Isso poderia dar uma confusão, e a culpa seria sua, já que ele fica responsável por guardar as chaves. Ele não quis se intrometer na conversa, mas estava atento, caso Bianca fosse um pouco mais rápido, ele teria que intervir.A mulher pa
—Pelo visto ele quer morrer em paz. — Bianca falou enquanto tomava um gole do seu suco de abacaxi. Mas estava doce demais o que a resultou em uma careta não muito agradável.—Pensei em publicar uma matéria, falando sobre os seus problemas mais recentes. E por fim uma mensagem motivacional sobre você querer melhorar como pessoa.Bianca deu uma risada se engasgando com sua própria saliva. Ela parecia desacreditada que isso pudesse funcionar.—Mas o que vai escrever? Que sou uma jovem imatura que dá trabalho para o pai doente. Quem vai acreditar que eu vou mudar assim?—Seu pai me ligou ontem a noite. Ela disse que você
Bianca continuava imóvel na cadeira do lago. Observou Apolo se afastar. E as últimas palavras dele soavam mais fortes em seu ouvido. —Talvez se eu falasse com meu pai, com jeito, talvez ele mudasse de ideia. — Ela repetia as palavras dentro de sua mente várias vezes.Era o melhor a se fazer no momento, na verdade a única coisa a ser feita. Todas as coisas e planos que ela pensava só a levava em um lugar, de qualquer jeito teria que seguir os planos de seu pai. O que achava injusto, já que era a única filha.—Não era mais fácil ele me dar a herança e pronto. Não precisa disso, de nada disso. — Ela ainda resmungava, tentando arrumar coragem em ir atrás do pai. Bianca subiu as escadas, passou pela porta de seu quarto, no qual quase entrou, mas decidiu continuar e parou na frente da porta do seu pai. Respirou fundo na intenção de criar coragem e entrou, sem nem bater.O velho estava deitado na cama, parecia estar dormindo dormindo um sono profundo. O quarto estava escuro da mesma forma em que ele gostava desde que ela o conhecia.Estava um ambiente frio, e um pouco desanimado, além da situação em que seu pai se encontrava que não era das melhores.Bianca se aproximou e sentou na beirada da cama. Uma lágrima desceu em seu rosto. Ela se lembrou dos últimos dias de vida da sua mãe. Aquela cena estava se repetindo, ela sentiu um aperto no peito. Seu pai n&aUma intrusa
Ao escutar a porta batendo, Apolo suspirou. Finalmente estava sozinho. Não que a presença de Bianca o incomodava tanto quanto ele fez parecer. Mas ele tinha medo de ficar perto dela de uma forma tão venerável, como saindo de um banho.Ele se apressou em trancar a porta, o que não era um hábito, mas após esse incidente ele iria começar a fazer todas as vezes que entrava pelo quarto.Ele colocou novamente o jazz, aquele som o acalmava, e era uma herança de seu pai, já que era um amante da boa música clássica.Ele se apressou em colocar a roupa, já que ainda estava em horário de serviço. Como nao esperava que Bianca fosse sair aquele dia ele tirou a tarde para relaxar debaixo do chuveiro, já que mais cedo teve que ir atrás dos enrol
—Prazer em te rever Artur. Preciso de você já que o meu advogado resolveu andar por por ai e esquecer que tinha responsabilidade comigo. — Pedro falava com dificuldade para o homem.—Não se preocupe. Soube que quer fazer algumas alterações em seu testamento. Não é o mais correto. Mas se ninguém mais souber, podemos fazer. — Artur colocava a pasta em cima da pequena cômoda. —Sim! Ao menos você já sabe do que se trata, assim fica mais fácil. Preciso que altere a parte da minha filha. — Pedro estendeu o documento para a direção de Artur.Olho com cautela o que estava escrito, folheou algumas páginas. Parecia interessado com o que estava lendo.—Vejamos, em resumo, você deixa 50% de todos os seus bens para sua filha. O restante você vai distribuir para as instituições de caridade, da qual já contribuiu. O que ao certo você quer mudar aqui?—Quero que completamente algumas cláusulas. Não vou deixar o dinheiro fácil para minha filha. Se é que você me entende bem. Os jovens de hoje em dia s