Apolo ficou sem saber o que fazer. Não queria acordar a Bianca no desespero. Mas não queria que o Sr. Pedro a visse naquele estado. -Maldito homem! Nem pra dormir um pouco até mais tarde. — Ele falava ainda irritado sobre o seu chefe.
Ao estacionar, Gerald, o mordomo da Mansão pediu para que Apolo abrisse o vidro, ele parecia ter algo importante para falar.
—Sr. Pedro quer que você desça antes da Bianca. — Ele falou olhando para dentro do carro, verificando se ela de fato estava dormindo.
Apolo abriu a porta. Seu coração estava em disparada. —Acho que a reunião vai ser primeiro comigo. —Suas mãos estavam suando.
—Sr. Pedro. Bom dia! Me desculpe pela demora, houve um contratempo. Mas trouxe a Bianca salva dessa vez. —ele falou sem sequer conseguir respirar.
Pedro estava de costas para ele, estava com o celular na mão. Quando se virou para Apolo ele estendeu as mãos para mostrar principalmente que de fato ele estava lendo. Apolo viu sem acreditar. -Como podem ser tão rápidos assim. - Ele falou pegando o celular na mão do velho.
—Sente - se e me explique como isso aconteceu. Você tinha apenas um trabalho e conseguiu falhar na missão, como todas as outras vezes. Você não passa de um incompetente!.
Apolo respirou fundo, olhou bem no olho do Sr. Pedro. As palavras mal queriam sair mas com um esforço a mais conseguiu pronunciar apenas três singelas palavras.
—Você tem razão! — ele falou abaixando a cabeça, se sentindo esgotado de tudo aquilo.
—Eu só não vou te mandar embora porque você foi o único que conseguiu fazer com que Bianca respeitasse. Ao menos um pouco. —Pedro falava olhando para o carro. Sua filha estava dormindo em um sono tão profundo.
Pedro só queria entender onde tinha errado. Não era culpa de nenhum segurança, isso tudo foi fruto da educação que faltou para Bianca. E mesmo com todo o dinheiro, sendo o mais rico dos Estados Unidos, sua filha andava por aí como uma qualquer. Em um tom de angústia ele vira-se para Apolo.
—Não sei o que fazer. Logo vou morrer. E minha única herdeira age por aí, arrancando a roupa.
Apolo volta o olhar para a postagem no celular. Além da foto, um pouco mais embaixo tinha o vídeo dela seduzindo, ela claramente embriagada. Ele sentiu uma raiva profunda de si mesmo. Era responsabilidade dele não deixar chegar nessa situação. —Talvez eu mereça que me mande embora. Isso aqui também foi culpa minha. — Ele falou se levantando do sofá. Ela não queria ser responsável pela queda de Bianca. E a conhecendo bem, sabia que ela não pararia tão cedo.
—Não! Preciso de você. É a única pessoa em que ela escuta. - Pedro falou com medo de realmente Apolo querer ser demitido.
—Você sabe que ela não vai parar. Talvez devesse dar mais responsabilidades para ela. Ela parece uma adolescente, nem parece que já tem 25 anos! —Ele ainda estava alterado. Estava cansado e ter que lidar com tudo aquilo estava sendo demais para sua mente.
—Não tiro sua razão. Mas já pensei no que vou fazer. A vida dela está boa demais. -Ele olhou para Apolo, chegou próximo e pegou em seu ombro. — Não tenho muito tempo, preciso que me ajude a encontrar um bom homem para ela se casar.
Apolo se assustou, começou a gaguejar. —Porque eu deveria fazer isso? Quer dizer… isso não é um problema meu. E porque ela deveria se casar.
Com um olhar distante, Pedro completou. — Eu confio em você Apolo. Você sabe.. seu pai trabalhou para mim por tantos anos. Finalmente eu consegui te trazer para essa Mansão. Sei a educação que ele te deu. Você é um bom homem, e um bom homem reconhece o outro.
Apolo ainda estava confuso. — Tudo bem, posso dizer que só um bom homem, mas quem deveria escolher com quem vai se casar é a Bianca, e não eu. Sou apenas o segurança dela.
Dessa vez Pedro segurou com mais força o forçando a ficar sentado no sofá. -Me escute! As únicas pessoas que eu me sinto seguro em confiar a minha vida é o Gerald, que está aqui comigo a tantos anos, e você, por causa do seu caráter. Eu não posso deixar a Bianca na mão do Gerald, ela não o respeita. Apolo, você é 5 anos mais velho do que ela. Vocês se conhecem há muito tempo. Eu sei que um mínimo de respeito ela sente por você. Me ajude! Não viu sobreviver, eu vou viver apenas esse ano, e não ficaria em paz em saber que eu não a deixei em boas mãos.
Apolo respirou fundo. —Você está me pedindo para ser o tutor dela? — Ele sabia que seria uma responsabilidade grande, ele via a Bianca como uma mulher indomável.
—Apenas até eu achar um pretendente para ela se casar. Minha esperança é que após se casar ela tome juízo, e vou fazer isso nem que seja a força! Mas não quero ela nas mãos de qualquer um. Então é aí que você vai fazer o seu papel. Vai me ajudar a encontrar homens certos para ela.
Apolo já estava com vontade de rir. -Ele não pode estar falando sério. Quer arranjar um casamento forçado para a filha e me meter no meio disso. - Ele pensava enquanto os olhos de Pedro estavam ainda ao encontro do seu. E a mão pesada ainda estava sob seus ombros.
—Preciso pensar nisso tudo. Não posso dizer que vou ajudar se essa não for a minha vontade. Me dê um tempo. Logo te darei a resposta. —Ele se levantou de um jeito ríspido, deixando Pedro ali parado, com um olhar vago.
—Posso levar ela até ao quarto? — Ele disse já indo de encontro com a porta.
—A acorde por favor! Quero que ela entre andando por essa porta. Algumas coisas vão mudar de agora pra frente. Mesmo você não aceitando o que te propus, lembre-se que você ainda trabalha para mim.
— Sim! Senhor. Não vou esquecer. Não se preocupe.
Apolo foi em direção ao carro, Bianca estava totalmente apagada, a maquiagem borrada. E o cabelo completamente desalinhado. Ele já estava sem paciência, se antes ele não queria acordar ela de qualquer jeito, já mudou de opinião. Precisava dormir e de uma coisa ele tinha que concordar com o velho. Ela estava sendo extremamente mimada e egoísta com todos à sua volta.
—Bianca! Acorde! Precisa levantar, seu pai está esperando. —Ele fala em um tom sem paciência. Porém sem sucesso.
Ele passa a mão nos seus cabelos para tirar os fios de seu rosto. - Por que tão linda? Não importa o quanto sua maquiagem está borrada. Na verdade você nem precisa de maquiagem, se soubesse o quanto exala beleza. — Ele pensa enquanto faz um singelo carinho em seu rosto, que causa efeito, ela está começando a despertar ainda um pouco sonolenta.
Ela abre os olhos, o sol a incômodo, peça algumas vezes e olha para o Apolo. —Quer dizer que já chegamos? Como está o velho? Ela fala em um tom preguiçoso e despreocupado.
—Acho que vai ter problemas. Vamos! Quero dormir também, ou acha que só você tem o direito ? - Ele fala em um tom de brincadeira. Depois de escutar a voz manhosa de Bianca todo o seu estresse some.
Ela olha para Apolo com os seus olhos verdes, aquele dia ele estava mais escuro que o normal. Provavelmente pelo tanto de bebida que tinha no sangue. -Você deve me odiar, não é? — Ela pergunta, dessa vez com um tom de vergonha.
Os dedos de Apolo ainda estão em seu queixo após o carinho para fazê-la acordar. Ele percebe retira e estende sua mão para a auxiliar sair do carro. -Apenas quando você bebe mais do que aguenta.
Antes de sair ela dá uma ajeitada no cabelo, mas percebe que é em vão. Ela teria que enfrentar seu pai daquele jeito. Ela aceita a ajuda de Apolo. Mas não quer que ele a acompanhe.
—Não precisa entrar comigo. A culpa foi toda minha. Vou garantir que meus problemas não caiam sobre você. Sei o quanto deve precisar desse emprego.
Bianca tinha razão. Apolo realmente precisava daquele emprego, apesar de não ganhar tão mal, ele precisava do dinheiro para sobreviver e pagar as dívidas que o seu pai antes de morrer deixou em seu nome. Ele relutou em aceitar o emprego na Mansão Swan. A proposta apareceu para ele desde que tinha 21 anos e seu pai ainda estava vivo, porém ele sempre soube o que seu pai sofria na mão daquela família bilionária, apesar do Sr. Pedro o considerar parte da família e confiar em seus trabalhos, o preço que pagou foi caro pois ele tinha que fazer trabalhos sujos e imorais o que fez o seu psicológico definir, acabou virando um alcoólatra e viciado em jogos de bar. Apolo se sentiu obrigado a assumir as dívidas ou acabariam matando o seu pai. Mas na verdade o que o matou foi o álcool, por isso a sua preocupação quando a Bianca passa dos limites, não queria que a história se repetisse. Às vezes ele se pega pensando em deixar o emprego, é isso que ocorre pelo menos umas 5 vezes na semana. Ele não
Apesar dela ter virado a noite anterior acordada. Ela não conseguia pregar os olhos. Após girar várias vezes em cima da cama, decidiu ligar o seu Macbook. Ela sentia que mesmo não querendo se importar com o que falavam dela na Internet, sua ansiedade não permitia ela relação. A primeira página do navegador estava lá, a sua foto estampada, seminua. - Ainda bem que o Apolo me tirou daquele lugar. Se já deu tudo isso por causa de uma simples blusa. Nem imagino o que seria de mim se tivesse ido adiante e ficado da forma que vim ao mundo. - Seus pensamentos estamos a milhão por hora, na medida em que rolava a página, mais críticas e pessoas comentando negativamente. "Ela é totalmente sem noção. O pão parece ser tão boa pessoa. Não merece a filha que tem" . —Qual é! Vai me dizer que isso não é inveja da vida que eu tenho? Você nem é tão bonita assim. —Ela estava ficando irritada. Aquilo não costumava mexer com a sua cabeça, mas naquele dia em especial estava mais emotiva.
Aquela manhã, após o terrível incidente da foto vazada, aparentemente estava tranquila. Bianca tomou seu café sozinha na mesa da cozinha. Queria evitar ao pai a todo custo, estava correndo de ter que escutar mais um sermão.Apolo não apareceu naquela manhã, o que deixou Bianca um pouco inquieta, já que só poderia sair da Mansão acompanhada por ele.—Sabe me dizer por onde anda o Apolo— Ela perguntou para Gerard que estava próximo a porta, apenas a observando. —Ele saiu com o carro a mando de seu pai. Volta para a hora do almoço.—Isso quer dizer que não vou poder ir a lugar algum. — Ela pensou distraída. Mas foi interrompida novamente pela voz rouca de Gerard.—Seu pau me deu ordens para não deixar você sair hoje. Nem mesmo com Apolo.—Disso eu já estava imaginando. Mas onde ele está? Vi que ele não desceu para fazer café.—Ele não está muito bem, achei melhor levar alguma coisa para ele no quarto Interrompeu Suelen, que voltava com a bandeja ainda cheia. —Mas ele não quer comer nada
Bianca conseguiu alcançar a mulher sem muito esforço. Ela sinalizou para que ela encostasse ao lado da pista. Por sorte estava vazio, mas ainda assim ele não percebeu o carro de Apolo passando em direção contrário rumo à Mansão.Ele decidiu então decidiu parar mais a frente para ver o que de fato estava acontecendo, porque Bianca estava perseguindo uma mulher de moto, e mais, porque ela estava com o carro de maior valor do pai.Isso poderia dar uma confusão, e a culpa seria sua, já que ele fica responsável por guardar as chaves. Ele não quis se intrometer na conversa, mas estava atento, caso Bianca fosse um pouco mais rápido, ele teria que intervir.A mulher pa
—Pelo visto ele quer morrer em paz. — Bianca falou enquanto tomava um gole do seu suco de abacaxi. Mas estava doce demais o que a resultou em uma careta não muito agradável.—Pensei em publicar uma matéria, falando sobre os seus problemas mais recentes. E por fim uma mensagem motivacional sobre você querer melhorar como pessoa.Bianca deu uma risada se engasgando com sua própria saliva. Ela parecia desacreditada que isso pudesse funcionar.—Mas o que vai escrever? Que sou uma jovem imatura que dá trabalho para o pai doente. Quem vai acreditar que eu vou mudar assim?—Seu pai me ligou ontem a noite. Ela disse que você
Bianca continuava imóvel na cadeira do lago. Observou Apolo se afastar. E as últimas palavras dele soavam mais fortes em seu ouvido. —Talvez se eu falasse com meu pai, com jeito, talvez ele mudasse de ideia. — Ela repetia as palavras dentro de sua mente várias vezes.Era o melhor a se fazer no momento, na verdade a única coisa a ser feita. Todas as coisas e planos que ela pensava só a levava em um lugar, de qualquer jeito teria que seguir os planos de seu pai. O que achava injusto, já que era a única filha.—Não era mais fácil ele me dar a herança e pronto. Não precisa disso, de nada disso. — Ela ainda resmungava, tentando arrumar coragem em ir atrás do pai. Bianca subiu as escadas, passou pela porta de seu quarto, no qual quase entrou, mas decidiu continuar e parou na frente da porta do seu pai. Respirou fundo na intenção de criar coragem e entrou, sem nem bater.O velho estava deitado na cama, parecia estar dormindo dormindo um sono profundo. O quarto estava escuro da mesma forma em que ele gostava desde que ela o conhecia.Estava um ambiente frio, e um pouco desanimado, além da situação em que seu pai se encontrava que não era das melhores.Bianca se aproximou e sentou na beirada da cama. Uma lágrima desceu em seu rosto. Ela se lembrou dos últimos dias de vida da sua mãe. Aquela cena estava se repetindo, ela sentiu um aperto no peito. Seu pai n&aUma intrusa
Ao escutar a porta batendo, Apolo suspirou. Finalmente estava sozinho. Não que a presença de Bianca o incomodava tanto quanto ele fez parecer. Mas ele tinha medo de ficar perto dela de uma forma tão venerável, como saindo de um banho.Ele se apressou em trancar a porta, o que não era um hábito, mas após esse incidente ele iria começar a fazer todas as vezes que entrava pelo quarto.Ele colocou novamente o jazz, aquele som o acalmava, e era uma herança de seu pai, já que era um amante da boa música clássica.Ele se apressou em colocar a roupa, já que ainda estava em horário de serviço. Como nao esperava que Bianca fosse sair aquele dia ele tirou a tarde para relaxar debaixo do chuveiro, já que mais cedo teve que ir atrás dos enrol