A noite estava tranquila. Nora e Andrew estavam jantando na mesa da sala, aproveitando um momento de paz depois de semanas intensas. O clima entre eles era leve, embora uma pontinha de preocupação ainda pairasse pelo ar.Andrew segurava a mão de Nora, brincando com os dedos dela enquanto conversavam sobre o futuro, sobre o bebê que estava a caminho e a vida que sonhavam reconstruir. No entanto, a tranquilidade foi interrompida pelo som estridente da campainha.“Eu vou atender,” Nora disse, levantando-se com um sorriso. “Deve ser o carteiro.”Andrew assentiu, observando-a caminhar até a porta. Nora abriu e viu o carteiro, segurando um envelope sem remetente.“Boa noite, senhora Haart. Esta chegou para você,” disse ele com um sorriso educado, entregando o envelope.“Obrigada,” respondeu Nora, pegando o envelope e fechando a porta. Algo no peso do papel e na falta de qualquer identificação fez seu estômago revirar.Ela voltou para a mesa, mas antes de se sentar, abriu o envelope. Dentro
Alguns dias depois. A noite estava calma, e a casa silenciosa. Nora estava sozinha na sala, enquanto Andrew terminava algumas ligações no escritório. Ela estava sentada no sofá, folheando um livro sobre maternidade, tentando se distrair das tensões recentes. De repente, o som de passos ecoou pela casa. Nora olhou para trás, mas não viu nada. "Andrew?" ela chamou, mas não houve respostâ. O silêncio pesou no ar, e uma sensação de inquietação tomou conta dela, Levantando-se lentamente, ela caminhou até o corredor. Andrew, é você?" De repente, uma figura saiu da sombra Michele. Seus olhos estavam cheios de fúria, o rosto distorcido em um sorriso doentio. "Você achou que eu não viria, não é?" Michele sussurrou, aproximando-se devagar, uma faca brilhando em sua mão. Nora deu um passo para trás, o coração disparado. "Michele... o que você está fazendo aqui?" Michele riu, um som frio e perturbador. "Eu vim terminar o que comecei. Você tirou tudo de mim, Nora. Agora, vou tirar tudo de
A manhã começou cinzenta, refletindo o humor de Nora. Ela estava sentada no sofá da sala, abraçando uma almofada, enquanto seus olhos perdidos encaravam a janela. O aroma do café que Andrew preparava na cozinha não trazia consolo algum. Na verdade, nada parecia capaz de dissipar o turbilhão de emoções que dominava seu peito.Ela apertou a almofada contra si, as imagens do ataque de Michele invadindo sua mente como uma tempestade. A risada cruel, os olhares frios dos capangas, as mãos imobilizando-a enquanto Michele sussurrava ameaças. Nora fechou os olhos com força, tentando afastar as lembranças, mas quanto mais lutava, mais vívidas elas se tornavam.“Eu sei onde encontrar você... Eu vou acabar com tudo que você ama.”Aquelas palavras ecoavam como uma maldição, e Nora começou a tremer.Andrew entrou na sala com duas xícaras de café, mas ao vê-la, parou imediatamente. Ele colocou as xícaras na mesa e ajoelhou-se ao lado dela.“Nora? Amor, o que foi? Você está tremendo.”Ela olhou para
Dias haviam se passado desde a tragédia com Michele. A vida de Nora e Andrew começava a voltar ao normal. As noites já não eram tão longas e cheias de tensão, e, embora o medo ainda pairasse no ar, a sensação de segurança parecia, aos poucos, tomar conta novamente da casa. Andrew se recuperava bem, e Nora focava em sua gravidez, tentando deixar para trás tudo que haviam passado. Numa tarde ensolarada, enquanto Andrew lia no sofá da sala e Nora preparava um lanche na cozinha, a campainha tocou. Andrew se levantou calmamente e abriu a porta. Um entregador, com expressão neutra, lhe entregou uma pequena caixa preta. "Quem é, amor?" perguntou Nora, espiando da cozinha. "Um pacote sem remetente" respondeu Andrew, desconfiado. Nora se aproximou, enxugando as mãos no avental. Ele colocou a caixa sobre a mesa e ambos se entreolharam. O silêncio naquele momento parecia ensurdecedor. "Vai abrir?" perguntou Nora, nervosa. Andrew respirou fundo e abriu a caixa com cuidado. Dentro, hav
A casa de Andrew e Nora estava imersa em um silêncio tenso, quase palpável. Eles haviam tentado seguir em frente, mas as últimas semanas haviam sido um pesadelo. Cada noite, mais e e-mails, mensagens de texto... todas com o mesmo conteúdo perturbador.Andrew estava na cozinha, seus olhos fixos no celular que piscava com mais uma notificação. Ele olhou para Nora, que estava sentada no sofá, abraçando os joelhos, um olhar vazio perdido em algum ponto da parede. "Mais uma..." Andrew murmurou, a voz tensa.Nora não respondeu imediatamente. Seu olhar parecia distante, como se estivesse em algum lugar onde Michele ainda estivesse viva, controlando tudo ao seu redor.A ligação tocou novamente. Desta vez, era uma mensagem de voz, clara e direta, a voz de Michele ecoando na sala."Você ainda não entendeu, né? Não vá à delegacia. Não confie em ninguém. Você não pode fugir de mim..."Andrew sentiu o estômago embrulhar. O pren drive ainda estava sobre a mesa, suas palavras piscando em uma tela
A sala de emergência era um turbilhão de movimentos e sons. Nora estava ao lado de Andrew, segurando sua mão enquanto ele estava deitado na maca, pálido e inconsciente. O desespero tomava conta dela, mas ela tentava manter a calma para o bebê que crescia em seu ventre. Um médico entrou apressado, analisando o prontuário de Andrew enquanto uma enfermeira ajustava os equipamentos ao redor dele. Nora mal conseguia respirar. “Por favor, doutor, ele vai ficar bem?”, perguntou, a voz embargada. O médico olhou para ela com um semblante calmo, mas sério. “Ele está estabilizando, senhora. Parece ter sido um pico de pressão, possivelmente causado por estresse. Vamos fazer mais exames para garantir que não haja outros problemas.” Nora assentiu, apertando ainda mais a mão de Andrew, como se isso pudesse protegê-lo. Após alguns minutos, ele começou a abrir os olhos lentamente. “Nora?”, ele murmurou, a voz fraca. “Eu estou aqui, meu amor. Estou aqui”, ela respondeu, acariciando seu rosto.
Enquanto Andrew e Nora saíam do hospital, o silêncio no carro era preenchido pelos pensamentos de ambos. Andrew não podia evitar pensar no que o médico havia dito, sobre como o estresse poderia agravar sua condição. A ideia de voltar ao hospital no futuro, possivelmente para enfrentar algo pior, o fazia refletir profundamente sobre a vida. Ele queria garantir que cada momento com Nora fosse significativo. Quando chegaram em casa, Andrew parecia inquieto. Ele rapidamente pegou o telefone e se afastou, ligando para alguns contatos. A conversa durou alguns minutos, e Nora, observando de longe, sentiu-se curiosa. Assim que ele desligou, ela se aproximou. "O que está acontecendo?" ela perguntou, franzindo o cenho. Andrew sorriu, misterioso. "É uma surpresa. Vá tomar um banho e se arrume. Vamos sair." "Mas aonde vamos?" Nora insistiu, desconfiada. "Confie em mim, meu amor. Você vai gostar." Sem mais questionar, Nora seguiu para o banho. Após tudo o que tinham passado recentement
Andrew segurou as mãos de Nora com firmeza, mas sua voz estava carregada de emoção enquanto ele começava: "Só de pensar que você foi a garota que me salvou no parquinho, e que desde então eu não parei de pensar em você... Quando te reencontrei, Nora, tudo que era vazio na minha vida se transformou. Você trouxe cor, alegria e um propósito que eu nem sabia que existia. Com você, eu descobri o que significa amar de verdade. Prometo estar ao seu lado em cada momento, te amar nos dias bons e te segurar nos dias difíceis. Quero ser seu porto seguro, sua força e seu maior admirador. E com o nosso filho a caminho, sei que minha vida só se tornará ainda mais completa. Você é o meu coração, Nora, e hoje, diante de Deus, prometo ser seu para sempre." Os olhos de Nora brilhavam com lágrimas enquanto ele terminava, sua mão tremendo levemente na dele. Nora respirou fundo, lutando para manter a calma diante da emoção que dominava o momento. Com a voz trêmula, ela começou: "E pensar que v