Sir George observava Dominic, que estava sentado, com a cabeça baixa, perdida em pensamentos. As luzes da festa refletiam no rosto dele, criando um jogo de sombras que acentuava a sua expressão melancólica. Ele respirou fundo e, com um leve tremor na voz, começou a explicar.— Em uma noite, como era de costume, Dominic saiu para conhecer mulheres e descansar um pouco do trabalho — disse Sir George, fazendo uma pausa para observar a reação de Milena. — Ele me contou que conheceu uma garota incrível naquela festa. Disse que ela era diferente de qualquer outra que já tinha visto. Os olhos de Milena brilhavam com curiosidade e ela inclinou-se ligeiramente para frente, quase como se pudesse sentir a presença dessa garota misteriosa.— Ele te falou o nome da moça? E por que ele ficou... — Milena tocou na mão de George, sentindo a ansiedade e a frustração de Dominic como se fossem suas.— Triste e frustrado? — Sir George completou a pergunta, enquanto sua expressão endurecia. Ele olhou dire
Em seu escritório, Dominic estava imerso em pensamentos distantes. A noite estava sem estrelas, e a sensação de vazio predominava em seu peito. O espaço ao seu redor era um reflexo de sua mente: uma sala ampla, mas fria, com prateleiras repletas de livros organizados de forma impecável e uma grande janela que oferecia uma vista escura da cidade. As luzes suaves das luminárias criavam sombras alongadas nas paredes, conferindo um ar de mistério ao ambiente.Dominic se preparava para ir para casa, recolhendo alguns papéis que estavam espalhados sobre a mesa de mogno. O silêncio do escritório era interrompido apenas pelo som de seus passos e do papel sendo dobrado e organizado. Ele suspirou profundamente, tentando se desvencilhar dos pensamentos que o atormentavam, quando uma batida firme na porta fez com que ele voltasse abruptamente para a realidade.— Entre — disse Dominic, com um tom de voz que traía sua exaustão. A porta se abriu lentamente, revelando Luísa, sua secretária. Ela tinh
— Do que você está falando? — Perguntou Dominic, enquanto olhava para a mulher, uma mistura de confusão e curiosidade dominando seu olhar. Ele franziu a testa, tentando conectar os pontos em sua mente. — Quem é você realmente? — A frustração em sua voz era palpável, enquanto ele tentava desesperadamente se lembrar dela. O rosto de Pamela, porém, não lhe trazia nenhuma memória. Tantas aventuras, tantos rostos; não era surpresa que ele não conseguisse se lembrar. Pamela deu um passo à frente, sua presença preenchendo o espaço com uma aura de tensão. Seus olhos verdes, fixos nos de Dominic, estavam cheios de uma determinação ardente. — Meu nome é Pamela. — Disse ela, sua voz carregada de emoção. — Eu sou a mãe do seu filho. Ou melhor, do nosso filho. — Cada palavra parecia pesar mais que a anterior, carregada de uma história não contada. O impacto das palavras atingiu Dominic como um soco no estômago, fazendo-o recuar instintivamente. Suas mãos foram à cabeça, tentando processar a re
Dominic saiu da empresa, com Pâmela ao seu lado, seu coração batendo acelerado. Ele tentava esconder a confusão que sentia, acreditando que, apesar de não ser a moça com quem ele passou a noite e que depois desapareceu, Pâmela poderia ser outra mulher com quem ele havia se envolvido e esquecido. Quase todas as vezes em que Dominic se envolvia com uma mulher, ele estava bêbado, incapaz de lembrar o nome ou até mesmo o rosto delas na manhã seguinte.Com o olhar fixo na estrada, Dominic falou, a voz tensa e sem olhar diretamente para Pâmela. Ela, por sua vez, observava-o, sentindo-se realizada por tê-lo ao seu lado. Seu comportamento estranhamente reservado ao tocar em sua mão a deixava intrigada, mas ela estava quase certa de que Dominic acreditava que ela era a mãe do bebê.Quando chegaram à mansão, Dominic dirigiu até a garagem, e Pâmela ficou impressionada com o lugar, seus olhos brilhando de curiosidade enquanto olhava ao redor com um sorriso de satisfação. Dominic estacionou o car
Dominic interviu por um momento e disse, tentando manter a compostura, a voz firme mas gentil:— Sim, acredito que o senhor não a conhece. — Ele olhava para a mulher sentada no sofá, com as pernas cruzadas elegantemente, e um semblante sério. George, se sentou no outro sofá, de frente para Dominic e Pamela. Ele murmurou, coçando o queixo pensativamente, a expressão de desconfiança se aprofundando em seu rosto:— Sim, você tem razão. Deve ser a minha idade. — Disse sir George, sorrindo levemente, mas seus olhos revelavam a desconfiança que sentia. Para ele, algo não estava certo. Ele pegou um livro antigo da mesa ao lado e folheou distraidamente, mas seu olhar estava fixo em Pamela.Dominic deu um leve sorriso antes de falar novamente, tentando acalmar o avô. George não era tão velho, mas sempre brincava sobre a idade. Dominic se aproximou da lareira, colocando uma mão sobre a moldura de mármore, como se buscasse apoio:— Bom... Acho que vocês podem se conhecer melhor. — propôs Domini
Na manhã seguinte, o sol raiou, iluminando o quarto de Dominic. Ele ouviu o choro de seu filho e, apesar dos funcionários já estarem cuidando dele, Dominic fez questão de se levantar rapidamente para ver seu filho. Descendo as escadas com passos apressados, ele encontrou uma funcionária segurando o bebê. Dominic se aproximou, sorriu para a funcionária e disse que ele mesmo cuidaria de seu filho.— Oi, meu pequeno. Vem com o papai. — Andrew se encolheu nos braços do pai sentindo a proteção que ali encontrava, seu choro incessante se acalmou ao ouvir as batidas do coração do pai. O bebê estava enrolado em um pequeno cobertor e, ao ajeitar o cobertor, o pequeno sorriu para ele. Dominic sorriu de volta, dando-lhe um beijo na testa.Ao notar que o filho estava com fome, com um toque delicado no pequeno rosto de Andrew,ele chamou sua funcionária para preparar a mamadeira, quando uma batida na porta fez com que Dominic estranhasse, ele franziu a testa curioso.— Quem será tão cedo? — pergun
Pâmela olhou para Milena de cima a baixo com desdém, seus olhos avaliando as roupas simples da mulher com uma expressão de superioridade. No entanto, apesar de sua atitude arrogante, ela não pôde deixar de notar a beleza natural de Milena.— Se você acha que vai encontrar o seu filho, isso é problema seu. — Pâmela balançava o bebê em seu colo com impaciência, sua voz carregada de frustração. O pequeno começou a chorar, seu choro ecoando pela sala luxuosamente decorada, enquanto o aroma do perfume importado de Pâmela começava a se misturar ao ar. — Fica quieto! Porque você chora tanto. — Murmurou, com um tom agressivo, franzindo o cenho e apertando os lábios.Milena, com uma expressão de preocupação, deu um passo à frente, seus olhos fixos no bebê chorando. Ela estendeu a mão delicadamente, tentando tocar no pequeno com um gesto suave e confortador.— Ele deve estar com fome... Faz um carinho nele para que assim ele pare de chorar. — Disse Milena, sua voz suave contrastando com a rigid
Pâmela caminhou pela sala com passos firmes e decididos, seus olhos fixos em Milena, que estava sentada em uma poltrona confortável, segurando o bebê nos braços. A ternura com que Milena alimentava o bebê apenas alimentava a raiva e a inveja dentro de Pâmela. Cada movimento suave de Milena parecia um golpe direto no coração de Pâmela, intensificando seu desprezo.Pâmela sentiu o sangue ferver enquanto se aproximava mais. Milena, por um breve momento, desviou o olhar para a janela, talvez para aproveitar um instante de paz. Quando ela se virou novamente, encontrou o olhar feroz de Pâmela, tão próximo que quase podia sentir o calor da raiva que emanava dela.— Está olhando o quê? — Pâmela cuspiu as palavras com veneno, sua expressão distorcida pelo ódio. Em um movimento brusco e determinado, ela agarrou o bebê dos braços de Milena, seus dedos apertando com força, deixando marcas na pele do pequeno. — Me dê o meu filho!Milena ergueu a cabeça lentamente, seus olhos fixando-se nos de Pâme