Pâmela caminhou pela sala com passos firmes e decididos, seus olhos fixos em Milena, que estava sentada em uma poltrona confortável, segurando o bebê nos braços. A ternura com que Milena alimentava o bebê apenas alimentava a raiva e a inveja dentro de Pâmela. Cada movimento suave de Milena parecia um golpe direto no coração de Pâmela, intensificando seu desprezo.Pâmela sentiu o sangue ferver enquanto se aproximava mais. Milena, por um breve momento, desviou o olhar para a janela, talvez para aproveitar um instante de paz. Quando ela se virou novamente, encontrou o olhar feroz de Pâmela, tão próximo que quase podia sentir o calor da raiva que emanava dela.— Está olhando o quê? — Pâmela cuspiu as palavras com veneno, sua expressão distorcida pelo ódio. Em um movimento brusco e determinado, ela agarrou o bebê dos braços de Milena, seus dedos apertando com força, deixando marcas na pele do pequeno. — Me dê o meu filho!Milena ergueu a cabeça lentamente, seus olhos fixando-se nos de Pâme
Pamela hesitou por um momento, mas o olhar firme de George a desarmou. Relutante, ela entregou o bebê, que chorava inconsolavelmente. — Não percebe que o Andrew não para de chorar? — George segurou a criança com ternura, acalmando-o quase que instantaneamente. Milena, sentindo um alívio momentâneo, caminhou em direção a George. Suas mãos tremiam e os olhos estavam marejados. — Senhor George, essa mulher é uma impostora! — declarou, apontando um dedo acusador para Pamela, que imediatamente adotou uma expressão de falsa inocência. — É você que está ficando louca! — gritou Pamela, sua voz carregada de veneno. — Você está com inveja porque eu encontrei o meu filho e você nunca encontrará o seu! — Seus olhos se arregalaram de raiva e sua respiração acelerou de desprezo por Milena. — Você nunca irá encontrar o seu filho! — repetiu com malícia. — Nunca! Milena abaixou a cabeça, os ombros tremendo com a lembrança dolorosa de seu bebê sendo arrancado de seus braços. Uma lágrima solitária
Pâmela o conduziu até o sofá, seus olhos brilhando com um olhar sedutor que prometia mais do que apenas um descanso. Dominic sentou-se no sofá, sem dizer uma palavra, sentindo o peso da tensão no ar. Pâmela deslizou a mão delicadamente sobre o tecido macio da blusa de Dominic, seus dedos traçando linhas invisíveis que faziam sua pele se arrepiar. Chegando até a gravata, ela a folgou um pouco, liberando o nó apertado como se estivesse libertando algo mais profundo dentro dele. Dominic segurou o braço dela, sua mão tremendo ligeiramente ao toque. Seus olhos fixaram-se nos dela, um misto de conflito e desconfiança refletido em seu olhar. Ele respirou fundo, tentando controlar as batidas aceleradas de seu coração. — O que você está fazendo? — perguntou ele, sua voz saindo baixa e rouca, carregada de emoção. — Não acha que está indo longe demais? — Ele fez uma pausa, lutando para encontrar as palavras certas. — Você é apenas a mãe do meu filho. Nada mais do que isso. Pamela sorriu e pe
Pâmela saiu do quarto, fechando a porta atrás de si com um clique suave. Ela respirou fundo, sentindo uma mistura tumultuada de raiva, frustração e desejo agitando-se dentro dela. Seus olhos estreitaram-se enquanto ela tentava recuperar a compostura, lembrando-se do olhar vulnerável de Dominic. Ela sabia que poderia ter explorado mais essa vulnerabilidade, mas também sabia que precisava ser cuidadosa. Dominic não era um homem fácil de controlar e qualquer passo em falso poderia pôr tudo a perder.Caminhando pelo corredor em direção ao outro quarto, Pâmela passou as mãos pelos cabelos, tentando acalmar os pensamentos que corriam selvagens em sua mente. O quarto que ela entrou era decorado com cores suaves e elegantes. Ela se deitou na cama, o colchão macio abraçando seu corpo enquanto ela fechava os olhos. Sabia que precisava dormir para estar fresca e pronta para o dia seguinte.Enquanto isso, no outro quarto, Dominic acordou, sentindo-se confuso e desorientado. Seus olhos se abriram
O dia amanhece lentamente, os primeiros raios de sol tímidos atravessam as cortinas. Dominic está deitado na cama, seus olhos começam a abrir-se aos poucos. Ele sente uma dor latejante na cabeça e instintivamente coloca a mão na testa, tentando aliviar o desconforto. — O que aconteceu ontem à noite? — ele pensa, sua mente ainda envolta em névoa.Ele se senta na cama, esfregando os olhos e massageando as têmporas. Fragmentos da noite anterior começam a surgir em sua mente, como flashes de memória borrados. A imagem dela aparece e desaparece rapidamente, deixando-o confuso e intrigado.— A Milena... Eu a vi, não vi? Ela estava lá... — sua voz é baixa, quase um sussurro. Ele pressiona os dedos contra as têmporas, tentando se concentrar.Outro flash invade sua mente: Milena, tão próxima, os olhos dela fixos nos dele. Ele pode quase sentir a suavidade da pele dela sob seus dedos, a proximidade do beijo. Dominic balança a cabeça, tentando separar o que é real do que pode ser apenas um sonh
Pâmela, com passos leves e silenciosos, aproximou-se por trás de Milena. Sua expressão estava séria e determinada. Quando estava bem próxima, sussurrou em tom ameaçador:— Já saquei qual é a sua, Milena.Milena ficou tensa, segurando Andrew um pouco mais apertado, mas tentou manter a compostura. — Não sei do que você está falando, Pâmela — respondeu Milena, tentando soar calma, embora sua voz traísse um leve tremor.Pâmela arqueou uma sobrancelha, a desconfiança evidente em seu olhar.— Acha mesmo que eu não percebi? — continuou Pâmela. — Seus joguinhos, suas intenções... Não vou deixar você destruir o que temos aqui.Disse Pâmela. Ela olhava para Milena com um olhar feroz que deixava claro suas intenções. Milena respirou fundo, tentando reunir coragem. — Pâmela, eu juro que minhas intenções não são essas. Tudo que eu quero é...Antes que pudesse terminar a frase, Pâmela interrompeu:— Poupe suas palavras, Milena. Eu já sei o suficiente. A tensão no ar era palpável, enquanto as du
O relógio marcava nove da noite quando Milena chegou à casa de Rafaella. Com sua bolsa pendurada no ombro, ela abriu um dos bolsos e das chaves. Sentindo um misto de ansiedade e cansaço, ela entrou na casa, fechando a porta suavemente atrás de si.Ao cruzar a sala, Milena jogou-se no sofá, ainda abalada com tudo o que havia acontecido. As ameaças de Pâmela continuavam ecoando em sua mente, como um pesadelo do qual não conseguia acordar. Rafaella, que estava no quarto, percebeu a chegada da amiga e foi recebê-la com um olhar preocupado.— Milena!? — sussurrou Rafaella, esfregando os olhos sonolentos enquanto se aproximava. — Aconteceu alguma coisa?Milena, com o rosto escondido atrás de uma almofada, levantou a cabeça lentamente. Seus olhos estavam avermelhados e marejados. Ela jogou os cabelos para trás e, com uma voz carregada de frustração, respondeu:— Uma maluca farsante! — balbuciou, balançando a cabeça em negação. — Dominic não percebe que aquela louca não é a mãe do filho dele.
Pamela estava fingindo sentir uma dor intensa. O tombo, no entanto, não fora forte, pois ela soubera exatamente como cair para não se machucar. Suas expressões exageradas e os gemidos altos deixavam claro que ela estava teatralizando.Milena, frustrada e ainda sem acreditar no que tinha testemunhado, saiu da mansão com raiva e passos firmes. Seu rosto estava ruborizado e suas mãos tremiam ligeiramente. Antes que pudesse se afastar da porta da frente, foi interrompida por Sir George, que saíra de seu quarto ao ouvir os gritos de Pamela. Ao ver Milena tão perturbada, ele ajeitou seus óculos, franziu as sobrancelhas e perguntou:— Milena!... Aconteceu alguma coisa?Milena virou-se rapidamente, fixando seu olhar intenso em George. Respondeu com um tom alto, mas controlado:— Aquela mulher é uma mentirosa farsante! Uma maluca, senhor George. — Suas palavras saíram carregadas de indignação, enquanto seus olhos brilhavam de raiva. Após desabafar, Milena suspirou profundamente, desejou boa no