Emma suspirou ao negar, balançando a cabeça de um lado para o outro. Os olhos perspicazes de Brandon notaram como ela girava o anel no dedo. Ele desviou o olhar, fixando-o na rua. Mentalmente, ele planejava verificar as câmeras de segurança da livraria após o jantar. A poucos metros do restaurante, ele continuou dirigindo o carro até a entrada do hotel. Brandon saiu do Audi com Emma e entregou as chaves ao manobrista. Ela agarrou o braço dele e caminhou até parar ao lado do CEO. — Por que viemos para o Four Seasons Hotel? — A voz suave de Emma perguntou. — Quero que você experimente a comida do chefe do Il Palagio, — ele disse animado. — O restaurante é famoso por sua culinária toscana contemporânea com um toque de criatividade. Quando chegaram, o recepcionista, vestindo um smoking preto, cumprimentou o casal. Ele os conduziu até a sala privada com uma mesa perto da janela com uma vista deslumbrante do jardim do hotel. Emma piscou algumas vezes quando viu a mesa cheia de flores
Emma pegou o copo e tomou um gole de água para aliviar a garganta seca. Quando o senhor Zucconi a olhou com expressão duvidosa. — Ele tentou ligar para o meu celular e eu não atendi —, disse antes de pegar seus talheres e começar a comer. — Daí, ele ligou para o telefone do escritório livraria. — Por que Matteo tem o telefone do escritório? — Sua voz soava mais possessiva.Após mastigar, ela engoliu a comida. Ela limpou a boca com o guardanapo antes de dar a ele uma resposta adequada. — O Matteo era o meu noivo e era o seu advogado! — Encarando-o, Emma respondeu. — Você está apaixonada pelo Matteo? — O rosto sombrio de Brandon franziu ainda mais. — Não sinto nada por aquele homem. — deu de ombros ao responder.Enciumado, ele custou a acreditar. Emma tinha o péssimo hábito de escolher homens infiéis que nem mesmo a valorizavam. Brandon se perguntava em seus pensamentos sobre como se livrar desse sentimento de incerteza. — Você dormiu com o Matteo antes do meu aniversário? — Ele a
Brandon assentiu com a cabeça, mas havia um leve indício de aflição em seu cenho franzido. — Quero me desculpar pelo meu comportamento no jantar — disse Isabella. — Acabei exagerando um pouco devido à bebida que ingeri. — Espero não ter que passar por isso novamente, — redarguiu Brandon de uma maneira um tanto brusca. — Entretanto, aceito suas desculpas. — É engraçado como o destino sempre nos coloca frente a frente novamente, não é? — A voz de Isabella vacilou. — Oh, sim, é muito engraçado — disse Brandon, parecendo um pouco desdenhoso. — O que faz aqui neste hotel? — A mandíbula dele tencionou. — Negócios. — Isabella suspirou, um sorriso triste brincando em seus lábios. — Tive uma importante reunião aqui na cidade, voltarei para Roma amanhã. Apesar das palavras educadas que trocaram, havia um sentimento de desconforto. Emma odiava a maneira como Isabella olhava para Brandon. — Tentei te ligar para te falar sobre o projeto beneficente, mas você parece muito ocupado e um t
— Estou esperando você relatar. — Os olhos dele se estreitaram quando a confrontou.— A sua mãe não aprova nosso casamento e você sabe disso. Ela fará de tudo para nos colocar um contra o outro.— Não acredito que você e a minha mãe discutiram sobre o nosso casamento na livraria. Aquela discussão se estenderia por horas a fio e Emma sentiu que não deveria desperdiçar o seu tempo.— Com licença, preciso descansar. — A voz de Emma desapareceu em um sussurro.Ela deu um passo para se afastar, mas quando virou, Brandon passou o braço por sua cintura, impedindo Emma de escapar. — O que você quer? — Ela perguntou friamente.Num súbito movimento, ele a girou para si. A palma áspera de Brandon acariciou o rosto dela ao ver os seus olhos lacrimejantes. — Quero que você fale a verdade para mim. Era como se ele pudesse ver sua dor. Talvez seu jeito carinhoso fosse um de seus artifícios para conquistá-la. Ela o empurrou para longe e deu um passo para trás. — Sua mãe quer que eu saia da su
— Estou, obrigada! — Afirmou sem ter coragem de olhar no rosto dele. — Vou para a cama — disse Emma ao se pôr de pé. Brandon olhou para as costas da mulher enquanto ela caminhava com a cabeça baixa. Ele voltou a atenção para o livro “Pense e Enriqueça”, de Napoleon Hill. Havia pegado o livro na antiga coleção de seu pai há alguns anos, mas estava lendo há dois dias. Brandon concentrou-se numa citação onde Hill fala sobre uma aliança amigável com uma ou mais pessoas que incentivava a seguir com seu plano e propósito. Após ler este trecho, ele fechou o livro e acariciou a mandíbula quadrada, pensando que não havia pessoa mais perfeita do que Emma. Ela era inteligente e tinha perfil de liderança. Emma sempre foi proativa em assumir o controle de sua vida e nunca deixou que outra pessoa tomasse decisões por ela. Mesmo que tivesse problemas, sempre seguia em frente com um plano e um objetivo em mente. Perdido em pensamentos, Brandon lembrou-se do dia em que ajudou Emma a se mudar para s
O corpo dele reagiu a visão perfeita da mulher que continuou abrindo os botões da camisa. — O que está fazendo, Emma? — Estou tentando retribuir… — ousadamente, ela subiu na cama, engatinhando até ele.Os olhos estavam presos à abertura da camisa que exibia parte de seus seios firmes de Emma.— Como assim?— Você disse que eu nunca faria nada por você… Então, isso muda hoje! — Emma, não se sinta obrigada a fazer nada que você não queira, — O rosto roçou contra o dela quando Brandon ciciou.— Você não quer me sentir?Seu olhar examinava o rosto anguloso, os lábios entreabertos se moviam para dizer algo, mas ele balançou a cabeça, negando.— Já entendi! — disse ela, com secura.Inibida, Emma segurou a blusa enquanto se afastava.— O que entendeu? — Ele tocou em seu braço, não deixando que saísse da cama.— Eu não sou o tipo de mulher que você deseja — ela disse em tom desdenhoso, os lábios estreitando-se. Desta vez, seu sorriso tinha uma nota de descrédito. — Como pude ser tão boba?
O coração de Emma batia ferozmente. Já haviam se passado dois meses desde que ela viu o rosto do homem que a traiu dias antes do casamento.Inesperadamente, ele olhou para sua amante e disse, — Me dê alguns minutos. — Matteo beijou a testa de Jane. — Preciso falar com a Emma. — Não demore, querido, — Jane disse, lançando um olhar severo para sua rival. — Ainda temos que escolher os sapatos. — Espere, fique com o seu amante, Jane! — Emma se virou enquanto falava. — Não tenho nada para conversar com Matteo — disse, virando as costas para seu ex.Segurando as sacolas firmemente de roupas e calçados, Emma foi para outro canto da loja.A sua mente estava cheia de pensamentos sobre a noite em que estava bêbada. E se Matteo fosse o pai do meu filho? Emma parou. E se foi ele que me encontrou no carro e levou-me para o quarto naquela noite? Ela ponderou sobre essa questão. — Emma, precisamos conversar, — Matteo disse ao se aproximar.— Você já está cansado da sua amante? — A voz ficou mai
Saindo do quarto, Brandon caminhou diretamente até a sala de estar e logo foi para a varanda com vista para o Duomo de Florença. Retornando, apanhou o celular e tentou ligar para Emma.— Atende, atende! — Ele resmungava consigo mesmo enquanto caminhava de um lado para o outro, passando as mãos pelos cabelos.Afundando-se no estofado do sofá, ele olhou para a barra de notificação que indicava uma nova mensagem de Celine. Desta vez, a mãe dele insistia para que tomasse cuidado e não confiasse tanto em Emma. Os ombros estavam tensos, a sola do sapato social batia contra o chão sem parar. Os dedos tocavam na tela, digitando a mensagem quando, de repente, a porta se abriu, fazendo seus batimentos cardíacos se apressarem ao ver Emma entrando com as sacolas.— Onde você estava? — ele perguntou, observando-a com a sobrancelha franzida.Ponderando sobre o que ia falar, Emma foi até a poltrona, onde largou as bolsas, sem dizer nada, apenas o encarando.— Fui às compras! — foi sucinta em sua re