— Estou esperando você relatar. — Os olhos dele se estreitaram quando a confrontou.— A sua mãe não aprova nosso casamento e você sabe disso. Ela fará de tudo para nos colocar um contra o outro.— Não acredito que você e a minha mãe discutiram sobre o nosso casamento na livraria. Aquela discussão se estenderia por horas a fio e Emma sentiu que não deveria desperdiçar o seu tempo.— Com licença, preciso descansar. — A voz de Emma desapareceu em um sussurro.Ela deu um passo para se afastar, mas quando virou, Brandon passou o braço por sua cintura, impedindo Emma de escapar. — O que você quer? — Ela perguntou friamente.Num súbito movimento, ele a girou para si. A palma áspera de Brandon acariciou o rosto dela ao ver os seus olhos lacrimejantes. — Quero que você fale a verdade para mim. Era como se ele pudesse ver sua dor. Talvez seu jeito carinhoso fosse um de seus artifícios para conquistá-la. Ela o empurrou para longe e deu um passo para trás. — Sua mãe quer que eu saia da su
— Estou, obrigada! — Afirmou sem ter coragem de olhar no rosto dele. — Vou para a cama — disse Emma ao se pôr de pé. Brandon olhou para as costas da mulher enquanto ela caminhava com a cabeça baixa. Ele voltou a atenção para o livro “Pense e Enriqueça”, de Napoleon Hill. Havia pegado o livro na antiga coleção de seu pai há alguns anos, mas estava lendo há dois dias. Brandon concentrou-se numa citação onde Hill fala sobre uma aliança amigável com uma ou mais pessoas que incentivava a seguir com seu plano e propósito. Após ler este trecho, ele fechou o livro e acariciou a mandíbula quadrada, pensando que não havia pessoa mais perfeita do que Emma. Ela era inteligente e tinha perfil de liderança. Emma sempre foi proativa em assumir o controle de sua vida e nunca deixou que outra pessoa tomasse decisões por ela. Mesmo que tivesse problemas, sempre seguia em frente com um plano e um objetivo em mente. Perdido em pensamentos, Brandon lembrou-se do dia em que ajudou Emma a se mudar para s
O corpo dele reagiu a visão perfeita da mulher que continuou abrindo os botões da camisa. — O que está fazendo, Emma? — Estou tentando retribuir… — ousadamente, ela subiu na cama, engatinhando até ele.Os olhos estavam presos à abertura da camisa que exibia parte de seus seios firmes de Emma.— Como assim?— Você disse que eu nunca faria nada por você… Então, isso muda hoje! — Emma, não se sinta obrigada a fazer nada que você não queira, — O rosto roçou contra o dela quando Brandon ciciou.— Você não quer me sentir?Seu olhar examinava o rosto anguloso, os lábios entreabertos se moviam para dizer algo, mas ele balançou a cabeça, negando.— Já entendi! — disse ela, com secura.Inibida, Emma segurou a blusa enquanto se afastava.— O que entendeu? — Ele tocou em seu braço, não deixando que saísse da cama.— Eu não sou o tipo de mulher que você deseja — ela disse em tom desdenhoso, os lábios estreitando-se. Desta vez, seu sorriso tinha uma nota de descrédito. — Como pude ser tão boba?
O coração de Emma batia ferozmente. Já haviam se passado dois meses desde que ela viu o rosto do homem que a traiu dias antes do casamento.Inesperadamente, ele olhou para sua amante e disse, — Me dê alguns minutos. — Matteo beijou a testa de Jane. — Preciso falar com a Emma. — Não demore, querido, — Jane disse, lançando um olhar severo para sua rival. — Ainda temos que escolher os sapatos. — Espere, fique com o seu amante, Jane! — Emma se virou enquanto falava. — Não tenho nada para conversar com Matteo — disse, virando as costas para seu ex.Segurando as sacolas firmemente de roupas e calçados, Emma foi para outro canto da loja.A sua mente estava cheia de pensamentos sobre a noite em que estava bêbada. E se Matteo fosse o pai do meu filho? Emma parou. E se foi ele que me encontrou no carro e levou-me para o quarto naquela noite? Ela ponderou sobre essa questão. — Emma, precisamos conversar, — Matteo disse ao se aproximar.— Você já está cansado da sua amante? — A voz ficou mai
Saindo do quarto, Brandon caminhou diretamente até a sala de estar e logo foi para a varanda com vista para o Duomo de Florença. Retornando, apanhou o celular e tentou ligar para Emma.— Atende, atende! — Ele resmungava consigo mesmo enquanto caminhava de um lado para o outro, passando as mãos pelos cabelos.Afundando-se no estofado do sofá, ele olhou para a barra de notificação que indicava uma nova mensagem de Celine. Desta vez, a mãe dele insistia para que tomasse cuidado e não confiasse tanto em Emma. Os ombros estavam tensos, a sola do sapato social batia contra o chão sem parar. Os dedos tocavam na tela, digitando a mensagem quando, de repente, a porta se abriu, fazendo seus batimentos cardíacos se apressarem ao ver Emma entrando com as sacolas.— Onde você estava? — ele perguntou, observando-a com a sobrancelha franzida.Ponderando sobre o que ia falar, Emma foi até a poltrona, onde largou as bolsas, sem dizer nada, apenas o encarando.— Fui às compras! — foi sucinta em sua re
Ao esticar a mão, Emma tentou tomar o celular de Brandon. — Devolva o meu celular! — Ela avançou. — Você não pode fazer isso. — Está com medo de eu descobrir sobre o que vocês conversaram? — Você é tão idiota. Quando Emma pulou para tomar o iPhone, ele levantou o braço e saiu de perto. Os passos ágeis levaram-no direto para o banheiro, onde se trancou. — O que você quer, Matteo? — indagou grosseiramente. — Abra logo, Brandon. — Do outro lado, ela socava na porta com o punho fechado e movia a maçaneta. Emma detestava a maneira como ele estava tomando a frente de sua vida. Tudo bem que Brandon tinha intenção de ajudar, mas havia uma parte abstrusa de sua mente que não aceitava esse jeito imponente e intrusivo do Sr. Zucconi. Era difícil acreditar que, às vezes, ele deixava de lado as boas maneiras. — Sim, a Emma é minha noiva — comunicou em voz alta para que ela pudesse ouvi-lo. — Não importa se ela era minha amante, ela é minha mulher! Um leve sorriso apareceu no ro
Em algum lugar da cidade, mas precisamente na centralíssima Piazza della Repubblica, uma das praças mais bonitas de Florença. Uma jovem caminhava graciosamente após sair de seu carro e seguiu pela calçada até a entrada do Café Gilli. Ao atravessar as portas, os olhos de Isabella pelo ambiente com paredes de cor de marfim, lustres de Murano, tetos decorados com afrescos e arcos, mas ela não encontrou a pessoa que procurava. — Posso ajudá-la, senhorita? — O garçom gentil perguntou. — Traga-me apenas um capuccino cremoso, — pediu um sorriso forçado. A jovem esguia passeou e se acomodou ao lado da enorme janela com vista para a praça. Logo, ela viu o luxuoso carro, apenas uma pessoa ostentaria tanto luxo… Ela esboçou um sorriso enquanto seus olhos acompanhavam até Celine entrar na cafeteria. O salto ecoou pelo piso de madeira enquanto vinha na direção da mesa onde Isabella aguardava. — Não tinha um local mais reservado! — Celine não abandonava o seu costumeiro hábito de reclamar de
Emma piscava incessantemente, olhando para o homem com cabelos caindo ao lado da testa. A sensualidade que emanava dele a envolvia de forma que a deixava sem escapatória. Passou anos tentando fugir, mas no fim, ela foi enlaçada por seu amigo sedutor. — Precisa de algo? — ele passou a toalha, que segurava, em torno do pescoço. Sim, ela precisava! Ela ficou absorta, pensando em Brandon, tomando em seus braços fortes e levando para o quarto assim como aqueles personagens dos livros de romance que leu… mas sacudiu a cabeça, abandonando tal fantasia. — É que acordei e não vi você por aqui. — respondeu, pouco convincente. — Pensei que você estava numa reunião ou tinha ido falar com meu ex. — Devia fazer isso, mas não fui! — Com um semblante franzido, ele a encarou. — Preferi fazer uma massagem no SPA e depois, eu fui nadar — mencionou ao passar por ela e abrir a porta de seu quarto. — Precisava relaxar um pouco, estou muito estressado nos últimos dias. — Compreendo! — Emma baixou o olh