Cinco anos depois... — Papai, cadê a mamãe? — Lucca indagou coçando os olhinhos. — Ela já vem! — Brandon respondeu suavemente enquanto puxava o cobertor para cobrir os filhos. Do outro lado do amplo quarto, Felipe e Leonardo estavam distraídos com desenho na TV. — Hora de dormir. — O senhor Zucconi pegou o controle e desligou a TV. As três crianças começaram a resmungar. Apesar de estar exausto, Brandon pegou o livro “O pequeno príncipe” do autor Antoine Saint Exupéry e sentou na poltrona. — Olhem esse chapéu! — Mostrou o desenho ao abrir na primeira página do livro. — Não é chapéu, pai — Lucca corrigiu. — É uma jiboia digerindo um elefante. — Vocês concordam com o seu irmão? — Brandon virou o desenho para Leonardo e Felipe. Ambos tinham os olhos e cabelos castanhos como os da mãe. — Elefante! — os gêmeos responderam em uníssono. Brandon sorriu ao ver que as crianças já estavam familiarizadas com um clássico da literatura francesa. Como Dona de uma rede de Livrarias, Emma
Pela madrugada, Emma continuava com a cabeça encostada contra o peito de Brandon. Ela não conseguia dormir. Olhava para as gotas de chuva que escorriam pela vidraça, enquanto a mente tentava formular alguma forma de contar a Brandon sobre adiar a viagem que fariam para comemorar mais um ano de casados. Os ouvidos captavam os batimentos regulares do homem deitado ao seu lado. O braço forte de Brandon a acolhia, aninhando Emma ao seu corpo.— Você continua acordada? — A voz arrastada pelo sono estava mais rouca.— Não! — ciciou Emma elevando o rosto.Brandon a fitava com os olhos semicerrados. Os fios lisos e curtos estavam desgrenhados.Em certo momento, Emma tentou se afastar, mas ele a abraçou, impedindo-a de sair da cama.— Onde pensa que vai?— Vou olhar as crianças e fazer um sanduíche! — A voz serena de Emma falou.— Está com fome? — É óbvio! — respondeu ela, fitando o brilho aos olhos de safira que rivalizavam com os seus. — Vou ver as crianças e já faço um sanduíche para voc
Emma deixou-se levar pelos encantos e carinhos do homem que a levou de volta para cama e se deitou sobre ela, encaixando-se ao meio de suas coxas. Toda a tensão se dissipou no segundo em que a coroa da ereção de Brandon cutucou o molhamento.Pegando o impulso nos pés, ele afundou em sua carne molhada e começou a se mover devagar, depois, de um modo mais selvagem. As pontas de sua cravaram nos músculos das costas largas do marido enquanto ele a levava para um prazer arrebatador. Os gemidos roucos saiam em meio a respiração agitada.Brandon continuava afundando em e saindo em seu canal vaginal, até que cada fibra de seu ser se contraiu e finalmente ela sentiu o jorro quente a invadir. A boca do senhor Zucconi estava colada contra a testa dela e o coração dele estava acelerado.— Amo você, Emma! — confessou ele entre arfadas.Ele se retirou com cuidado e se ajeitou ao lado dela.Após relaxar por alguns minutos, Brandon saiu da cama, foi ao toalete e retornou ao quarto, vestindo um robe
Na sala de conferências, o senhor Zucconi observou os olhares condenatórios da equipe do conselho e um homem com uma postura ereta sentado na outra ponta da mesa. O conselho costumava se reunir uma vez por mês ou em reuniões de emergência quando havia alguma crise. Na equipe, Sir Alfred Whitmore participava daquela reunião. Brandon ergueu os olhos para Sir Alfred e cumprimentou com o aceno de cabeça. Aquele homem era um sábio conselheiro que estava ajudando a prevenir conflitos gerados pelo rombo financeiro que Gustava deixou nas contas de algumas empresas da Corporação Zucconi. — Como foi a reunião com os detetives em Londres? — Giuseppe perguntou. — Ainda não há notícias do paradeiro de Gustava. Uma das assistentes entrou na sala, serviu café e água para os presentes. — Senhores! — Giuseppe limpou a garganta antes de continuar: — É imprescindível que cortemos alguns gastos, mas isso não impedirá que haja uma demissão em massa. Aliás, estaremos abertos às negociações com os que
A mão abria e fechava ao lado do corpo. Ele precisava colocar aquele homem no lugar dele. Brandon se posicionou ao lado da esposa e encarou o homem um pouco mais baixo do que ele. — Olá, meu amigo! — David o cumprimentou educadamente. — Estava parabenizando a Emma pelo casamento e pelos filhos lindos de vocês! — Ele exibiu um sorriso torto. — Obrigado! — Agradeceu e virou-se para Emma, que estava com a testa franzida. — Eu já estava me despedindo do seu amigo, querido, tenho muito trabalho para fazer hoje… — Os lábios de Emma se esticaram numa linha fina. — Fique à vontade e se precisar de ajuda, peça outro funcionário para te ajudar… — A sugestão saiu entre dentes. Pondo o braço no ombro de Emma, ele a conduziu pelos corredores até o setor onde havia uma sessão reservada apenas para livros raros. Em silêncio, Emma visualizou uma das primeiras edições de Dom Quixote de La Mancha de Miguel Cervantes e então, pegou o exemplar. — Trouxe o meu celular? — Ela quebrou o gelo do sil
De repente, David pegou o celular e umedeceu os lábios com a língua ao olhar para a tela, sem se dar conta do homem que se aproximava por suas costas. Os olhos perspicazes de Brandon focaram em um nude de uma mulher de cabelos castanhos. O Sr. Zucconi espremeu mais os olhos e então sentiu-se aliviado ao ver que não era Emma.— Temos que conversar! — Brandon puxou a cadeira. — Não vou levar muito tempo. — Acomodou-se do outro lado da mesa.— E aí, irmão! — Largou o celular. — Olha essa gostosa que peguei ontem! — Ele empurrou o aparelho celular, exibindo o nude que a mulher tinha enviado para ele. — Natasha é russa e está no país há poucos meses e tem uma irmã gêmea. Posso te apresentar a irmã gostosa e…— Sou casado! — Brandon devolveu o celular. — E daí? Também sou… — Pois é, você não tem respeito algum por sua esposa, mas não admito que desrespeite a minha. — Brandon estava furioso quando vociferou entre dentes. — Fica longe da minha mulher!— Gosto de frequentar a livraria.— Ach
— Fala comigo, meu amor! — A voz desesperada do senhor Zucconi cortava o ar. Ele estava ajoelhado ao lado de sua esposa, que continuava desacordada numa poça de sangue se espalhando lentamente ao redor dela. O rosto de Zucconi estava pálido, seus olhos arregalados de terror. — Chamem um médico! Agora! — A voz profunda berrava. — Ela está perdendo muito sangue. O senhor Zucconi estava prestes a pegar a sua esposa nos braços quando um homem calvo, com alguns cabelos grisalhos ladeando o rosto, o impediu. — Não mexa nela! — O homem agachou-se ao lado da mulher desmaiada. Ele colocou os dois dedos no pulso dela e murmurou: — O pulso dela está fraco. Pessoas ainda saiam da livraria. Havia resquícios de sangue em alguns livros e cacos de vidros espalhados por todo piso vinílico. Brandon podia sentir os olhares de alguns dos funcionários se fixando neles. Ele pegou o celular e discou rapidamente para a emergência. — Chamem logo a porra da ambulância, — a voz rouca do senhor Zuc
O neurocirurgião entrou na sala de espera onde Brandon aguardava ansiosamente.— Sr. Zucconi, a cirurgia foi um sucesso. Conseguimos remover a bala sem complicações — começou o médico. — No entanto, precisamos esperar a sua esposa despertar para saber se a lesão não causou nenhum problema cognitivo.Brandon respirou fundo, uma onda de alívio e preocupação ainda inundava o seu coração.— Ela é forte e vai reagir. — Brandon respondeu, segurando-se na esperança de que sua esposa não teria nenhuma sequela. — Posso vê-la?— Claro, venha comigo! — O neurocirurgião convidou, gesticulando para o seguir.Após ajustar as lapelas de seu blazer, Brandon acompanhou o médico até o quarto onde Emma repousava sobre a cama. O som ritmado dos aparelhos ecoava pelo ambiente, quebrando o silêncio pesado.Assim que entrou no quarto, Brandon sentiu-se destruído por dentro. A imagem de Emma, frágil e vulnerável, fez com que as suas emoções transbordassem. Ele se aproximou da cama, sentindo as lágrimas arden