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-Como está o jogo?-Muito bom, senta aqui loira.Marco abre um espaço para mim, mal consegue nos olhar de tanto que presta atenção ao jogo. Nunca fui de torcer para clube algum, acho que torço sempre para o mais forte.-Vasco... Que droga.Amanda b**e as mãos na coxa desanimada. Marco a olha sério. Ela não curti futebol como eu, porém ela é ao contrário, torce sempre para o time que está perdendo.-Nem vem torcer para esse time!-Eu torço para quem quiser Marco!-Não o Vasco!-E você pode torcer para o Flamengo? -posiciona a mão ao queixo. -Isso me lembra uma coisa. Nossa filha, ou filho será Vasco da Gama.Ela quer o tirar do sério. Sempre acontece uma dessas. Amanda ama tirar um sarro de Marco, ele nunca perder e cai na jogada.-Só por cima do meu cadáver! Não vai fazer meu filho sofrer. Tadinha da criança, mal nasceu e a mãe quer que ele seja um perdedor na vida!-Ah. -detém um beicinho pequeno. -Você nunca deixa que eu escolha nada.-Claro, só tem ideias que me matam do coração.-C
Almoçamos, Marco foi embora, ele cuidará de Jasmine. Amanda ficará aqui comigo, pelo menos por hoje. Eu disse estar bem, podia ir para casa, mas insistiu em ficar. Ela é assim, quando põe algo na cabeça difícil de ser tirado.-O que está fazendo com isso?Estou com uma tesoura em mãos. Sentada no chão do banheiro, pus o espelho em minha frente. Meu rosto está inchado, o nariz vermelho como uma bola. Penteei meus cabelos que estão abaixo do busto, todo para frente.-Fique tranquila. -sorrio. -Não irei tentar algo contra mim novamente, aprendi a lição. -balanço a tesoura entre os dedos.-O que vai fazer então?-Cortar os cabelos. Eu não quero nada que me lembre ao que eu era antes de saber toda a verdade hoje. Quero deixar para trás essa Iara que me refiz para agradar Joaquim, deixando ser quem eu era por dentro, uma garotinha ainda. Deixei ela aparecer quando meus cabelos resolveram crescer dando o lugar aos fios escuros. -posiciono a tesoura em meus cabelos. Começo a corta-los. -Isso
Boa leitura 🍒//Três meses depois.Hoje é um grande dia para mim. Estou nervosa, muito mais que ansiosa.Esfrego as mãos uma a outra. Em meu camarim ando toda a hora sobre meus saltos negros, de lá pra cá, daqui pra lá. Não cosigo parar quieta, é muita aflição, e tensão saber que meu ex namorado e sua mulher estão ao ponto oposto a cortina, sentados com seus familiares, felizes em comemoração a mais um ano de casamento.Assopro um ar. Se eu não estivesse tão decidida, não iria até o final com esse espetáculo, não sei de meu estômago suportaria vê-los juntos.—Sua hora está chegando amiga.—Como está lá? —sento-me para finalizar a maquiagem. Ela tem muito brilho, olhos marcados, bochechas avermelhadas, boca do mesmo tom. —Muita gente?—Sim. Por incrível que pareça essa mulher tem conhecimento. Creio que não estão só seus parentes, também a alta classe da sociedade, no caso seus amigos também. Muita gente conhecida Iara.—Isso é maravilhoso.Sorrio. Espalho o blush circulando toda a ár
Seu olhar é penetrante, mortal. Queria fazer o que fez da última vez, tirar-me do palco a força, dizer que sou sua e de mais ninguém. Não pode, e eu não quero. Acabou Joaquim. Estou livre se você. Meu coração não te quer mais.Percebo quando ele quase levanta, está furioso, pensa melhor e volta atrás . A íra está estampada em seus olhos. Sei o quanto me deseja, e como se corrói por não poder fazer o tempo voltar.Eu descobri a poucos dias através de Marco que ela o traía. Muito bem, trocou sua amante fiel, por sua ex esposa que todo ao longo do casamento o enganou. Boa escolha Joaquim.Desço do palco.Todos se levantam, caminho em meio aos convidados. Homens dos diversos padrões, em pé, encaram-me descaradamente, erguendo e bebericando suas taças de champanhes.Mulheres, algumas analisando-me com admiração, outras de inveja como Liandra. Em sua mesa provavelmente estão seus pais, uma mulher loira, e Joaquim.Estabiliza ao me ver, sorrio de lado com seu desconforto. A música está ao fi
Boa leitura ❤️Endireito a poltrona. Poucas pessoas a primeira classe. Aceito uns petisquinhos que uma das aeromoças oferecem, eu amo com louvor amendoim.Alongo o pescoço, enquanto mastigo e olho por fora do avião. Um novo lugar para recomeçar. Onde eu possa acalmar meu coração, aspirar ar puro e não me preocupar com o passado.Quase todo ele. Respiro pesado. Minha filha eu nunca deixarei, sinto sua falta, é claro, e nem por uma distância enorme eu a esquecerei. Espero que me perdoe um dia, perceba que fiz isso tudo porque eu precisava.—Loira.—Bernardo! —quase grito de surpresa. Ainda em choque arqueio minimamente o corpo e abraço meu amigo de longa data. Logo senta-se ao meu lado. —O que faz aqui seu louco!—Imagina que eu iria deixar minha melhor amiga, linda e maravilhosa, viajar sozinha para o caribe! Terra da la cucaracha.Gargalho quando acaba de falar em sua pose de Carmem Miranda.—Eu nem sei se é a terra da la cucaracha. —tento parar de sorrir. Ele é um presente em minha v
Gabriela está encantada, jamais viajou de avião, somente algumas horas de carro que foram aliás a ida dela para aquela casa de campo de Iara.Essa também é a primeira vez que conseguimos estar juntos, unidos novamente. Foram anos! É o que leram, anos para que minha filha voltasse a falar comigo, para que tivéssemos a mesma convivência de quando nasceu, de quando a peguei em meus braços e ela sorriu banguela para mim.Ainda saindo da maternidade, enrrolada a manta verde água, com a saída do meu clube de coração. Flamengo. Ela estava linda, e até hoje em dia, em cada vez que sorri, meu coração de pai se derrete.—Pai eu estou cansada.Reviro os olhos.—Dorme, eu te falei para dormir que a viajem duraria bastante tempo, está mais de oito horas acordada.—Eu não consigo dormir. —junta os lábios fazendo um biquinho.—É só fechar os olhos. —digo e volto a ler meu jornal. Não posso dar muita corda para Bibi que ela já quer puxar.A menina é teimosa como os pais. Não pregou os olhos. Cruzou a
Iara LaurenUm grande dia, movimentado e conturbado era o que me esperava. Estiquei meus longos braços debruçados sobre a cama, alongando o mais longe que eu pudesse.Relaxei a bochecha ao colchão quase derrotada pelo cansasso, eu não queria sair, talvez não fosse um dia de sair, o universo dezendo-me fica, e eu não poderia ficar. Teria que visitar uma de minhas lojas, a principal, no centro. Colocar em ordem algumas de minhas pendências deixadas de lado, enfim, trabalhar.A todo instante é o que mais faço desde minha chegada, ocupar minha mente, despiar literalmente da minha vida, dedicar aos estudos, o aprimoramento do dia a dia, o meu melhor em cada roupa que desenho e lanço ao mercado. É o que eu gosto, o que me motiva, o que escolhi para minha vida. Algo que está sarando, ou melhor, ocupando um lugar nunca antes descoberto em meu peito, o amor todo que dediquei-me aos outros, toda minha nova face, o que eu descobri de novo, dar e receber, amar e ser amada, coloquei o trabalho ao l
Desamarro meu cabelo a presilha, sorrindo boba enquanto ando pelo hotel. Muitas pessoas passam e olham estranho. Eu continuo a sorrir. Não acredito que há um serzinho aqui em minha barriga, eu prometo amar e o proteger muito, dar todo o carinho da terra, ser tudo o que ele precisa, ser pai e mãe, estar nas piores e melhores horas. Eu juro meu amor.—Marcelle Campos.—A mesa está pronta, esperando as senhoras. —a recepcionista loira, de um um coque um pouco baixo sorri animada para mim. Suspeito que saiba quem eu sou. —Mesa 07.—Ok. Obrigada. —sorrio de volta.Aos saltos batendo leves como meu humor ultimamente, caminho despreocupada pelo hall do hotel. Aqui não é muito luxuoso, o hotel é modesto, uma boa idealização de decoração, artes bacanas, quadros inovadores. Gostei muito.Dou dois passos para trás quando uma fã de óculos de garrafa, chega de supetão, parando-me ao meio do caminho, empolgada, muito empolgada com seu caderninho e caneta em mãos.—Iara Lauren! Eu não acredito, sou