Capítulo 74
Bip Bip Bip

Em mais um respirar, o pulmão se expande, acumula um considerável estoque de ar, e relaxa no segundo momento.

Vozes distantes chegam e somem a toda hora. Em algumas passagens de tempo sinto um bem estar tamanho, um formigamento bom ao peito, sorrio por dentro.

A cada vez que minhas mãos eram apertadas, uma energia vibrava de fora para dentro. Era acariciada de um modo tão suave, eu sentia, era de emocionar. Palavras amenas atravessavam aos ouvidos, não podia responder, contudo absorvia a cada sussurro.

Letargia, o meu estado atual. Movi os dedos das mãos, eles responderam. Apertei os olhos.

A boca seca suplicava ao menos poucas gotas d'guas. Suspiros jogados ao ar, minha fala não saía.

—Ela acordou!

Uma comoção grande e inssurrecedora é ouvida ao quarto. A cabeça dói perante a isso, alguém percebe, escuto um chiado, como se pedissem para abaixar o tom.

—A... água... —a saliva rasga a garganta.

—Chamem o médico, por favor! —reconheço a voz, é minha mãe gritando, nem um pouc
Maná Alves

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