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Ficamos conversando durante o restante do trajeto todo. Satisfação prevaleceu quando soube que vai permanecer no Brasil, pelo menos por alguns meses.Acabamos de chegar ao hotel. A vejo abraçar o corpo, não quero que fique resfriada. Também pudera, não há nada aí que cubra seu corpo. Decido a guardar ao meu terno. O tiro, seguro pelas lapelas e quando vou colocar se afasta.-O que foi? Faz beicinho, o mais lindo que já vi. -Não estou com frio.-Sua roupa está curta.Respira suave entortando os lábios.-Tem problema com roupas curtas?-Nao gosto que as usem.-Dois trabalhos.Sai andando a minha frente. Coloco o terno novamente, essa mulher é mais difícil do que eu pensava. Andamos um tanto afastados ao saguão do hotel. Aqui é bem grande, quando vi não reparei mas é bastante luxuoso. Só vejo cara de gente rica.Subimos no elevador, cada um em seu canto da caixa de metal, absortos em seus próprios pensamentos.-Porque resolveu me aceitar agora?Arqueio a expressão sobre sua pergunta de s
Acordo em um sobressalto. Não sei quantas horas dormi. Estou em uma cama quente, mais que enorme, rodeado em lençóis brancos extremamente cheirosos.O cheiro de Iara.Expremo os olhos tirando o embaçado das vistas. Bocejo tentando me situar, acabei ficando mesmo aqui. Bato ao rosto afim de estabilizar meu corpo, isso é real. Tiro o lençol, sinto o vento trazer seu cheiro de morangos. Será que dormiu ao meu lado?Ouço o barulho de chuveiro ligado. Levanto seguindo o som. Atravessado o quarto enorme, chego a uma porta branca com blindagem a vidro.Penso duas vezes antes de entrar, não está certo. Porém minha curiosidade fala mais alto. Subo a
Depois de um tempo saímos do banho. Ainda não acredito que a tive em meus braços, que me entreguei a Iara, e não me arrependo.-Aqui seu café.Entro na cozinha já arrumado para ir ao trabalho. Comecei o início do dia como nunca antes, saí da rotina. Gostei disso. Sento na mesa feliz, tem tudo que eu gosto, e não me perguntem como ela soube.-Quando fez bolo? Que eu não vi.Falo enquanto a vejo me servindo um pedaço. Sabor laranja, a aparência está boa.-Ontem quando apagou no sofá. Eu queria fazer algo, estava alerta, então fiz bolo, bati a massa para a panqu
Iara LaurenEspero que Joaquim não passe mal com a foto que mandei. Rio sozinha. Ele é tão engraçado. Fica envergonhado do jeito que sou, das besteiras que falo, que faço. Bom, é o meu natural, e se quer ficar comigo tem que se acostumar com isso, pelo menos nos meses que ficarei.São exatamente três. Depois disso adeus Joca, e tudo que me lembra ele.-Gostou de alguma?Aponto para as lingeries rosa, branca e azul turquesa.-Essas você pode agrupar a nova coleção, as outras descarta.-Mas são lindas igualmente as outras Iara.Pendo a cabeça.-Acho que não devo lhe lembrar que a dona oficial, que tem a última palavra, e a parte maior nessa empresa sou eu. Então seria bom, você calar a sua insignificância, e se retirar da minha sala.Bato os cílios esperando que saia. George revira os olhos e b**e em retirada. Eu sou grossa sim, fria e não me culpem, a vida me fez esse iceberg.-Tia Iara!!!Ô meu Deus. Todas as folhas voam de minhas mãos a escutar a voz da pequena Jasmine. Afasto a poltr
Estaciono em uma das vagas da escola. Saio do carro não esquecendo de meus óculos Rayban cinza. Fecho o veículo e começo a bater os saltos passando pelos pais e suas crianças pirracentas, umas parecem que mandam neles. Gritam invertendo os papeis, filho meu não faria isso, daria logo uma banda que iria parar na China.Parece que virei holofote, homens e mulheres olham para mim como se eu fosse um álien. Acho que deva ser pela minha vestimenta, uso um traje bem colado ao corpo, sou uma "mamãe" periguete, que que tem?Jogo meus cabelos loiros, entrando ao colégio. Quase tombo para trás com a quantidade de gente correndo. Nem sei para onde vou. Saio andando pelos corredores, aqui é tão sem graça tudo branco ou cinza, precisa de vida.Paro no lugar quando fito uma menina sendo agredida por umas mais velhas. Corro com meus saltos agulha, merda, posso torcer o pé. Me apresso em tiralos, e com eles em mãos volto a correr. Odeio injustiça.-Ei vocês.Deixo os sapatos caírem ao chão. Empurro as
Estaciono na Burgão. A maior e melhor lanchonete que já vi, é bem pé de chinelo, tem lugares mais chiques, só que para a falar a verdade. Aqui é bem mais gostoso.-Come desgrama, se entope de gordura.Ri com os dentes sujos de gema de ovo.Fico com meu pão árabe com recheio de frango e cenoura ralada.-Muto ruim tia.-Tem como a senhorita não me chamar de tia?Faz bico ainda mastigando.-Pode me chamar de Iara.Pede um minuto enquanto engole.-Bela.-Bela? Repito.-A senhola é bela.-Então tá. Pode me chamar de bela.-Tia bela. Sorri sapeca.Tento manter meu olhar duro mas acabo rindo.-Você adora me irritar.Don't Stop The Music começa a tocar, sei que é meu amigo Bernardo para confirmar nossa noite de filmes.-Fala moço.-Iae gostosa. Abafo o som. -Vai ter mesmo a nossa noite de brincadeiras?-Noite de brincadeiras eu não sei, só conheço a noite de filmes...Olho para Jasmine que está absorta em seu sanduíche.-Ainda nem sei o que vamos assistir, tem alguma ideia?-Crepúsculo.-Num b
Joaquim TrevorMarco acabou me pegando desprevenido. Agradeço que foi ele, por um momento tive medo que tivesse sido Liandra, Deus me livre o escândalo que teria feito.Pus a mão rapidamente tapando o celular e o guardei ao bolso.-Uma mulher.-Uma mulher? Se inclina pondo uma mão em minha poltrona e a outra apoiando a mesa. -Uma baita gostosa de uma mulher.Prendo o lábio inferior na tentativa de me controlar, me irrita tanto quando se referem dela assim.-É só uma amiga Marco, esquece.-Sei.Coça o ouvido. Dá a volta e senta na cadeira a frente.-Engraçado você falar isso, dessa amiga...-O nome dela é Iara.-Iara. Pois é. Engraçado que eu a vi ontem dançando. Pausa gesticulando. -Não tenho o que dizer, estava linda.Cerro os punhos.-E sabe uma coisa que me chamou atenção, além dela é claro.Nego o vendo pôr o indicador ao queixo.-Um homem a beijando.Fecho os olhos com o frio na barriga subindo ao estômago. Se ele pode ter me visto, outros também podem. Fui imprudente, deveria te
Com alguns botões abertos, toco a campanhia de sua porta um tanto esperançoso em vê seus olhos novamente.Iara me causa uma série de sensações, tudo em meu peito está bagunçado. Eu a quero mas tenho medo, medo de me perder, medo de me apegar demais. Não sei o que será de nós. Ela não vai se machucar, mas e eu?-Opa. Uma parte de mim desfalece, o homem reconhece quem sou e abre um sorriso pequeno. -Oi Joaquim, lembra de mim? Eu sou o Bernardo.Olho para sua mão estendida.-O que está fazendo aqui?É a única coisa que consigo pensar.-Noite de filmes com Iara. Abaixa a mão sem graça. -Cara, ela é só mi...Não deixo terminar a frase e lhe meto um soco potente no rosto. Seu corpo cai batendo forte ao piso. Desmaia na hora.Jogo a caixa de doce e o bilhete ao chão. Balanço a mão aliviando a dor. Dessa vez, está doendo até meus dedos.Está na cara, que não são só amigos, quem quer enganar, sinto cheiro de sexo no ar.-Bê!Só vejo o vulto de Iara se agachar ao chão. Controlo minha vontade de