Capitulo 31

O silêncio que se instalou era diferente de qualquer outro que Aurora já havia experimentado. Não era incômodo, mas denso, carregado de significados que ambos pareciam ainda tentar decifrar. Deitados lado a lado sobre o colchão improvisado, seus corpos ainda aquecidos contrastavam com o frio que assobiava do lado de fora da cabana. As respirações, antes entrecortadas pelo desejo, agora se acalmavam em um ritmo mais sereno.

Aurora se virou de lado, encarando o teto de madeira. Sua mente ainda tentava processar tudo o que havia acontecido. O que aquilo significava? Ela queria saber, mas ao mesmo tempo temia a resposta. Olhou de relance para Enrico e viu que ele também parecia perdido em pensamentos, os olhos fixos na lareira, onde as chamas dançavam preguiçosamente.

O silêncio se prolongou até que ele suspirou e murmurou, num tom despreocupado:

— Se alguém tivesse me dito que eu terminaria o dia dessa forma eu teria escolhido uma lareira mais elegante. Essa aqui parece estar decidindo s
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